Radio Católica On-line

Homens a Luz de Deus.

Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !

2011/04/11

Quinta-feira do 2 Domingo da Quaresma

O tema das riquezas leva a Lucas a inserir, no seu evangelho, a parábola do rico esbanjador e do pobre sofredor. Lucas serve-se da versão de um conto egípcio, copiado na Palestina por judeus que moravam na Alexandria, onde o conto era muito conhecido. Foi Jesus quem a usou? É possível!.

A descrição do conto é minuciosa onde entram detalhes irreais (v. 20-24). Destacados, por Lucas, para conseguir melhor a finalidade do tema.. Trata-se de uma parábola. A finalidade dela é expressa no contraste das duas personagens: o pobre e o rico; duas sortes distintas: o rico, na terra, goza e, depois pena; o pobre, na terra pena, depois goza.

A finalidade da parábola oferece duas hipóteses: 1) Trata-se de expressar, apenas, a possibilidade de que o rico possa condenar-se, dado que as riquezas não garantem a salvação? A mentalidade do AT. supunha que as riquezas eram bênção de Deus dada por uma conduta reta; assim pensavam os fariseus; enquanto acreditavam que a pobreza era uma maldição de Deus.

Trata-se do resultado, apenas, do mau uso das riquezas que levam à maldição de Deus? Enquanto, que o pobre, por ser pobre ,”aní ”, submisso à vontade de Deus, se salva?

Na parábola, não se fala da possibilidade; trata-se de um fato: condenação ou salvação. A condenação supõe o uso errado das riquezas, pois elas, por si mesmas, nem são boas e nem más; tudo depende do uso que se fizer delas. Igualmente, a pobreza nem é má e nem é boa; depende da atitude assumida diante dela. Nesta parábola, não se fala somente da possibilidade de que, no outro mundo, se mude a sorte dos ricos e dos pobres, mentalidade do A.T., mas se trata da possibilidade da condenação pelo mau uso delas e a salvação pela resignação diante de pobreza.
Esta parábola é o mais belo detalhe dos ensinamentos do Senhor: “Bem-aventurados os pobres”. (Lc 6,20).

Um outro elemento doutrinal que aparece na parábola é o grande valor dado ao testemunho de Moisés e dos profetas (v.13). sobre a existência das sortes distintas no “sheol ”. Com relação à existência de outra vida, além desta, estaria indigitando os saduceus que negavam a vida eterna.
O nome de Lázaro é abreviatura de Eleazar e significa: “ Deus ajuda ”. Versões posteriores, dão-se ao rico os nomes de “ ninive ” ou “ Fineas ”. (v. 20).

O seio de Abraão está expresso na literatura extra-bíblica. Mais do que indicar o lugar onde moram as almas dos justos, é o estado afetivo da alma em que se encontram os crentes. “ Lázaro foi levado pelos anjos ”. A literatura rabínica afirma, em diversas passagens, que no paraíso só entravam os que eram levados pelos anjos (v.22).

“ O rico foi sepultado ” (v.23). A tradução “ sepultus est in inferno ” da Vulgata não é exata. “No inferno ele levanto os olhos e viu a Abraão” . É o “ sheol ”, nesta época, inferno dos condenados e que Lucas traduz como estados próximos, onde podem ver-se e falar-se; a possibilidade aumenta o sofrimento dos condenados (4 Esd 7,85-93; Henoc 9,13). É o que insinuam os elementos descritivos da parábola.

As regiões são infranqueáveis; “ Há, entre elas, um abismo. Não é possível passar de um lugar ao outro ”. Refere-se à eternidade dos destinos (vv.26 e 23).

” O rico foi condenado e pede a Abraão, que preside a mansão dos justos, que envie a Lázaro a seus irmãos para que corrijam seu comportamento e não venham cair neste abismo ” (v 27-31); a resposta é negativa: “eles têm Moisés e aos profetas, que ouvem nas sinagogas; seus irmãos sabem o que tem que fazer para não vir ao inferno ”. Nem fariam caso a um morto que lhes viesse a avisar. Pensariam ser um fantasma, como pensavam de Jesus ressuscitado. O que pensavam os saduceus das ressurreições que Cristo fez na sua vida? No fundo, não está o problema em avisos extraordinários, mas na atitude moral de cada dia. Eles já acreditam no que Deus exige para salvar-se: Cumprir o que Moisés e os profetas afirmam.

Comentaristas acham que a parábola responde a uma situação de “crise ” da primeira comunidade cristã que acreditava na vinda iminente do Senhor, Jesus. A acentuação, no segundo ponto da parábola, (vv.27-31) era a urgência de que os cinco irmãos assumissem uma atitude decisiva de modificar sua conduta para escapar da condenação eterna. O que podemos esperar do mau uso das riquezas? O que podemos esperar do bom uso da pobreza? Ficha limpa ou ficha suja. Também vale na eternidade.

Pe. Victoriano Baquero,sj.

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2011/04/11

Quinta-feira do 2 Domingo da Quaresma

O tema das riquezas leva a Lucas a inserir, no seu evangelho, a parábola do rico esbanjador e do pobre sofredor. Lucas serve-se da versão de um conto egípcio, copiado na Palestina por judeus que moravam na Alexandria, onde o conto era muito conhecido. Foi Jesus quem a usou? É possível!.

A descrição do conto é minuciosa onde entram detalhes irreais (v. 20-24). Destacados, por Lucas, para conseguir melhor a finalidade do tema.. Trata-se de uma parábola. A finalidade dela é expressa no contraste das duas personagens: o pobre e o rico; duas sortes distintas: o rico, na terra, goza e, depois pena; o pobre, na terra pena, depois goza.

A finalidade da parábola oferece duas hipóteses: 1) Trata-se de expressar, apenas, a possibilidade de que o rico possa condenar-se, dado que as riquezas não garantem a salvação? A mentalidade do AT. supunha que as riquezas eram bênção de Deus dada por uma conduta reta; assim pensavam os fariseus; enquanto acreditavam que a pobreza era uma maldição de Deus.

Trata-se do resultado, apenas, do mau uso das riquezas que levam à maldição de Deus? Enquanto, que o pobre, por ser pobre ,”aní ”, submisso à vontade de Deus, se salva?

Na parábola, não se fala da possibilidade; trata-se de um fato: condenação ou salvação. A condenação supõe o uso errado das riquezas, pois elas, por si mesmas, nem são boas e nem más; tudo depende do uso que se fizer delas. Igualmente, a pobreza nem é má e nem é boa; depende da atitude assumida diante dela. Nesta parábola, não se fala somente da possibilidade de que, no outro mundo, se mude a sorte dos ricos e dos pobres, mentalidade do A.T., mas se trata da possibilidade da condenação pelo mau uso delas e a salvação pela resignação diante de pobreza.
Esta parábola é o mais belo detalhe dos ensinamentos do Senhor: “Bem-aventurados os pobres”. (Lc 6,20).

Um outro elemento doutrinal que aparece na parábola é o grande valor dado ao testemunho de Moisés e dos profetas (v.13). sobre a existência das sortes distintas no “sheol ”. Com relação à existência de outra vida, além desta, estaria indigitando os saduceus que negavam a vida eterna.
O nome de Lázaro é abreviatura de Eleazar e significa: “ Deus ajuda ”. Versões posteriores, dão-se ao rico os nomes de “ ninive ” ou “ Fineas ”. (v. 20).

O seio de Abraão está expresso na literatura extra-bíblica. Mais do que indicar o lugar onde moram as almas dos justos, é o estado afetivo da alma em que se encontram os crentes. “ Lázaro foi levado pelos anjos ”. A literatura rabínica afirma, em diversas passagens, que no paraíso só entravam os que eram levados pelos anjos (v.22).

“ O rico foi sepultado ” (v.23). A tradução “ sepultus est in inferno ” da Vulgata não é exata. “No inferno ele levanto os olhos e viu a Abraão” . É o “ sheol ”, nesta época, inferno dos condenados e que Lucas traduz como estados próximos, onde podem ver-se e falar-se; a possibilidade aumenta o sofrimento dos condenados (4 Esd 7,85-93; Henoc 9,13). É o que insinuam os elementos descritivos da parábola.

As regiões são infranqueáveis; “ Há, entre elas, um abismo. Não é possível passar de um lugar ao outro ”. Refere-se à eternidade dos destinos (vv.26 e 23).

” O rico foi condenado e pede a Abraão, que preside a mansão dos justos, que envie a Lázaro a seus irmãos para que corrijam seu comportamento e não venham cair neste abismo ” (v 27-31); a resposta é negativa: “eles têm Moisés e aos profetas, que ouvem nas sinagogas; seus irmãos sabem o que tem que fazer para não vir ao inferno ”. Nem fariam caso a um morto que lhes viesse a avisar. Pensariam ser um fantasma, como pensavam de Jesus ressuscitado. O que pensavam os saduceus das ressurreições que Cristo fez na sua vida? No fundo, não está o problema em avisos extraordinários, mas na atitude moral de cada dia. Eles já acreditam no que Deus exige para salvar-se: Cumprir o que Moisés e os profetas afirmam.

Comentaristas acham que a parábola responde a uma situação de “crise ” da primeira comunidade cristã que acreditava na vinda iminente do Senhor, Jesus. A acentuação, no segundo ponto da parábola, (vv.27-31) era a urgência de que os cinco irmãos assumissem uma atitude decisiva de modificar sua conduta para escapar da condenação eterna. O que podemos esperar do mau uso das riquezas? O que podemos esperar do bom uso da pobreza? Ficha limpa ou ficha suja. Também vale na eternidade.

Pe. Victoriano Baquero,sj.

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