Radio Católica On-line

Homens a Luz de Deus.

Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !

2010/05/01

Vocação, o que é?


A origem da palavra “vocação”: ela vem do verbo latino “vocare”, que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado. No âmbito religioso, a vocação é sempre um chamado de Deus para alguma coisa.

A pessoa chamada se sente impelida, atraída para aquilo a que justamente é chamada. A pessoa do vocacionado se sente atraída para aquilo que considera belo, grandioso, importante e necessário que se faça. A vocação é sempre vista como algo que se pode fazer de útil para os outros, e que é, portanto, um serviço que se pode prestar aos outros.

É importante dizer que a vocação tem sempre essa dimensão da “alteridade”, é sempre “alter”, isto é, é sempre voltada para o outro. É um serviço, uma doação. Para nós, cristãos, a vocação é enriquecida de um sentido profundo, que nos é dado pelo próprio Cristo.

Todo batizado é chamado a ser - sempre e em todo lugar - “sal da terra e luz do mundo”. Essa incumbência de todo cristão já é, em si, uma vocação, chamada de vocação fundamental.

Os tipos de vocações são:

1. Leiga;

Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. São pessoas não consagradas que trabalham na construção do reino de Deus, isto é, de uma sociedade justa e mais fraterna, conforme o desejo de Jesus. Exercem ministérios diversos na comunidade, conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são: catequese, obras sociais, animação da liturgia, etc. O leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuando assim nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração da Igreja.

2. Religiosa;

Os religiosos, ou religiosas, são pessoas que foram chamadas para seguir a Jesus dentro de uma congregação religiosa, consagrando-se a Ele através dos votos religiosos de pobreza, castidade e obediência além de outros específicos de cada congregação. Através do voto o religioso faz uma oferenda de si mesmo a Deus. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência a serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida.

3. Sacerdotal.

O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens. O padre é alguém tirado do meio do povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. Ele é o grande mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à missão de Jesus Cristo, cabeça da Igreja. Além de celebrar a missa e ministrar os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração das pessoas.

4. Familiar;

O casamento é um chamado cheio de amor que Deus faz a um homem e uma mulher para viverem juntos e constituírem família. São dois filhos de Deus que Deus mesmo entrega um para o outro, para que um seja do outro e para o outro. Quando a família vive verdadeiramente o amor está correspondendo ao amor de Deus, está educando os filhos nesse amor e está dando exemplo de fidelidade a Deus e a seu projeto de amor. Essa fidelidade se dá através de uma vivência dos valores cristãos. Assim a família se torna espaço e ambiente ideal para que os filhos possam discernir o chamado de Jesus. O lar fica sendo um templo vivo de Deus e uma Igreja em miniatura. Sendo a 1ª educadora, é na família que nascem e crescem as vocações, e onde se forma a responsabilidade vocacional de todos.





Por Tiago J. Theisen

Por que buscamos a Deus?


Diante da multiplicação dos pães, a multidão, no dia seguinte, procura novamente Jesus – talvez para pedir novo milagre e, assim, ter pão com fartura sem necessidade de se empenhar na solução do problema da fome. A partir disso, cabe uma pergunta também para nós: por que buscamos a Deus?

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É possível que muitos o procurem para ver se conseguem uma graça especial para solucionar algum problema particular: a saúde, o emprego, a harmonia familiar… Sim, tudo isso é importante e deve ser buscado com muito empenho, mas Jesus não no-lo oferece de forma mágica, ele nos ensinou como superar esses problemas. The Omega Code film The Dead Zone trailer

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Outras vezes nos interessamos por ele para pedir algum milagre e, assim, podermos “mostrar e dizer” aos outros que recebemos tal favor extraordinário, provando que somos melhores que muitos de nossos companheiros ou que a nossa religião é mais importante que as outras…

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Outros

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talvez pensem que Deus ajuda a quem é fiel em certas práticas religiosas e, portanto, têm “direitos” de serem atendidos por ele e serem livres de alguma desventura ou desgraça… Não é que não podemos pedir isso a Deus, mas nossa fidelidade a ele não deve depender de algum benefício recebido.

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A multidão lança outra pergunta a Jesus: o que, então, devemos fazer? O próprio Jesus responde que é preciso buscar o alimento que permanece até a vida eterna. Ninguém vive sem alimento, mas devemos reconhecer que há necessidade de outro alimento que mate nossas fomes. Esse alimento é o próprio Jesus (“eu sou o pão da vida”). Alimento que deve ser buscado continuamente, que não perece e que nos fortalece na fé e na missão. Jesus começou dando o pão material e agora dá-se a si mesmo como pão de vida e penhor de liberdade.


Por Pe. Nilo Luza, ssp

2010/04/30

VOCAÇÃO NA BÍBLIA



A palavra VOCAÇÃO é muito usada e, quase sempre, usada indevidamente. É comum identificarmos vocação com tendência pessoal ou profissional. Antes de tudo é bom ver a origem e o sentido desta palavra. Vocação vem da palavra latina vocare = chamar. Vocatio = chamamento, chamar, eleger, escolher.

Então, se vocação é chamamento, deve haver alguém que chama e alguém que é chamado. Portanto, não é simples tendência ou inclinação pessoal, mas é chamada. E, se alguém chama, chama para alguma coisa, não chama atôa...

Estamos falando de vocação numa perspectiva de fé e de Igreja. Então podemos definir a vocação como: o chamado que brota do mais íntimo do ser humano, onde ressoa a voz de Deus. Portanto, vocação aqui tem uma dimensão essencialmente religiosa.

Vamos tentar refletir um pouco sobre a vocação na Bíblia, a vocação num enfoque bíblico e religioso. E o fazemos sem nenhuma preocupação interpretativa ou exegética, mas simplesmente segundo o texto.



A. A vocação no Velho Testamento

Podemos dizer que a vocação é um fato bíblico. O nosso Deus é um Deus que fala, que escolhe e chama pessoas para o serviço, para missões concretas e determinadas. Esta sempre foi a convicção presente na consciência do povo bíblico. Deus conduz a história e a iniciativa é sempre dele. Javé elege Israel porque o ama (Dt. 7,6-8). - Não foram os discípulos que escolheram Jesus, mas foi ele que os escolheu. "Não foram vocês que me escolheram, mas foi eu que escolhí vocês. Eu os destinei para ir e dar frutos, para que o fruto de vocês permaneça" (Jo. 15,16). A vocação é profundamente pessoal - Deus conhece e chama. Aliás é convicção bíblica que Deus conhece e chama as pessoas desde o ventre de sua mãe. "Eu ainda estava no ventre materno e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de minha mãe, e ele pronunciou o meu nome" (Is. 49,1).
O Velho Testamento fala de diversos tipos de vocação. Em contexto histórico concreto Deus escolhe pessoas para missões específicas. Encontramos na vocação bíblica alguns elementos característicos de toda vocação. Podemos dizer que duas coisas são fundamentais:

Ø toda vocação comporta o envio para uma missão,
Ø toda vocação exige ruptura com o passado.

Deus chama patriarcas, reis, sacerdotes, profetas, homens e mulheres...

A primeira grande história de vocação na Bíblia e a vocação de Abraão (Gn. 12, 1...). Abraão é chamado o pai da fé. Ele é chamado, acredita, deixa o seu povo e parte para o desconhecido.
Vocação de Moisés - num momento difícil da vida do povo hebreu Deus escolhe, chama e envia Moisés (Ex. 3).


Vocação de Samuel (1 Sam. 3).

Como Samuel, Davi é escolhido menino para ser rei e condutor do povo. Deus envia Samuel para ungir quem ele escolhera para ser o seu sucessor. Deus diz a Samuel: "Não se impressione com a aparência e estatura dele. Não é esse que eu quero, porque Deus não vê como o homem, porque o homem olha as aparências, e Javé olha o coração" (1 Sam. 16,7).
No Vellho Testamento o sacerdote é alguém que recebe um chamamento para uma missão especial. Ele é ungido para o serviço do templo (Ex.28,1; 29,1;30,30). "A unção lhes conferirá o sacerdócio perpétuo..."(Ex.40, 15b).

Muito significativa na Bíblia é a vocação-chamamento e envio dos profetas. Os grandes profetas bíblicos falam da própria vocação, dando testemunho do chamado divino individual, direto e imediato.

Ø Vocação de Isaias - Is. 6. Uma visão que se dá em um ambiente de glória...
Ø Vocação de Jeremias - Jr. 1
Ø Vocação de Ezequiel - Ez. 2,8-3 - O profeta come o rolo... doce como mel...
Ø Vocação de Jonas - Jonas 1 - O profeta tenta fugir de Javé para não cumprir a ordem que lhe é dada... - 3, de novo Javé o envia a Ninive.

Quase todos os profetas começam dizendo que a palavra de Javé lhes é dirigida. É a credencial do profeta. Ele não fala nem age em nome próprio. Ele é porta-voz. Nele é Deus que age.
A história do povo de Deus é uma história de teofania. Deus sempre se manifesta e conduz a história. É um Deus presente no caminho, na luta, na vida...

Na história do povo hebreu há duas linhas: a sacerdotal e a profética. Mas os sacerdotes, que deveriam estar a serviço do templo e do povo, acabam formando uma casta, mais comprometida com uma política corrupta do que com a fé.

É interessante observar que os profetas nada têm de oficial ou institucional . O profeta não está ligado ao templo ou à religião oficial. É alguém chamado e enviado para missões específicas. Pela sua coragem de questionar a situação presente e as estruturas que oprimem ele quase sempre foi visado e perseguido. O profeta é alguém que tem coragem de falar e agir, mesmo ferindo as tradições. Ele está comprometido com o Deus de Moisés, o Deus do Exodo,, o Deus que liberta...
Há algo interessante na tradição bíblica: quase sempre o vocacionado coloca obstáculo e resiste ao chamamento:

Ø Moisés diz que é gago e tem dificuldade em se comunicar. Deus coloca Aarão ao seu lado... (Ex. 4,10 segs.)
Ø Isaias diz que é um pecador - tem os lábios impuros... Um anjo toca os seus lábios com uma brasa, para o purificar.
Ø Jeremias diz que é apenas uma criança... Javé responde: "não diga que você é uma criança, você irá para aqueles que eu mandar falar e falará em meu nome..."
Ø Jonas foge...
Ø Maria diz: "eu não conheço homem..."

O vocacionado que assume a missão já não é o mesmo. Ele rompe com o passado. Deixa as redes...



B. A Vocação no Novo Testamento

No Novo Testamento, em Cristo, Deus está muito mais perto de nós. Em Cristo, todos são chamados, vocacionados para a santidade. Aqui Deus nos fala pelo seu próprio Filho (Heb. 1,2). Jesus afirma mais vezes que ele é enviado pelo Pai. Ele é o grande vocacionado para o projeto de Deus no mundo.

Ø Podemos dizer que a primeira vocacionada do NT é Maria (Lc. 1,26 segs.)
Ø João Batista é chamado desde o seio de sua mãe para ser o precursor e o profeta que recebeu não só a missão de anunciar, mas de preparar a chegada do Senhor... O 4º Evangelho diz que "João é enviado por Deus para dar testemunho da luz" (Jo. 1,6-8).
Ø Vocação dos Apóstolos - No início da sua atividade pública Jesus escolheu um pequeno número de homens. Ele chama 12 para o seu seguimento e já lhes deixa entrever a sua missão - "farei de vocês pescadores de homens (Mc. l,16-20). O atendimento é imediato, eles "deixam as redes e o seguem"... Ele chama gente do povo, nem mesmo chama os melhores, pois ele não veio para os justos, mas para os pecadores, Mt. 9,13. Chama para que ficassem com ele.
Ø Chama os 72 - (Lc. 10)...
Ø Chama o jovem rico... (Mc. 10,17-22)
Ø Quem é chamado deve seguir incondicionalmente (Lc. 9,57-62)...
Ø Vocação de Paulo (At. 9,1-30).

Partindo da tradição bíblica de que Deus chama pessoas para um profetismo ou uma missão no seio do povo, a Igreja sempre acreditou que Deus continua chamando para a evangelização e articulação da fé no seio do povo. O nosso Deus não é um Deus que falou no passado, mas que continua falando, comunicando-se conosco, chamando aquele que ele quer.


Fr. Humberto Pereira de Almeida OP

Arcebispo Metropolitano de Brasília


Dom João Braz de Aviz

Nascimento: 24/04/1947
Ordenação presbiteral: 26/11/1972
Sagração episcopal: 31/05/1994


Biografia

Natural de Mafra-SC, nascido no dia 24 de abril de 1947, é um dos 8 filhos do casal João Avelino de Aviz e Juliana Hacke de Aviz, ambos falecidos. Ainda na infância, a família veio para Borrazópolis, pequeno município do Norte paranaense. Aí se criou juntamente com os irmãos.

Prestes a completar 11 anos, foi encaminhado, em 21 de abril de 1958, ao Seminário Menor São Pio X, dos padres do PIME - Pontifício Instituto das Missões Exteriores, em Assis-SP, onde estudavam na época os seminaristas menores da diocese de Londrina.

Com a criação, em março de 1964, da Diocese de Apucarana, para ela se transferiu, de vez que a Paróquia Imaculada Conceição de Borrazópolis passou à jurisdição da nova diocese.

Seus estudos de filosofia foram feitos no Seminário Maior Provincial Rainha dos Apóstolos, em Curitiba. Transferiu-se, a seguir, para Roma, onde obteve, na Pontifícia Universidade Gregoriana, a licenciatura em Teologia. Ordenou-se presbítero na Catedral de Apucarana, no dia 26 de novembro de 1972.

Entre os encargos pastorais exercidos contam-se: pároco de várias paróquias; diretor espiritual e reitor do Seminário Maior-Instituto de Filosofia de Apucarana; diretor espiritual no Seminário do Ipiranga-SP, e reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina-PR. De 1989 a 1992 esteve novamente em Roma, estudando na Pontifícia Universidade Lateranense para o doutorado que obteve em Teologia Dogmática.

Eleito bispo auxiliar de Vitória, recebeu, dia 31 de maio de 1994, em Apucarana, a ordenação episcopal. Todos sejam um (Jo 17, 21) é o lema de sua missão de bispo. Empossado a 9 de junho do mesmo ano, permaneceu na capital do Espírito Santo por 4 anos.

Recebeu a nomeação em 12 de agosto de 1998, de bispo diocesano de Ponta Grossa, sede que assumiu no dia 15 de outubro daquele ano.

Aos 17 de julho de 2002, surpreendeu-o a comunicação de sua transferência para Maringá, onde tomou posse como 3º Arcebispo de Maringá, no dia 4 de outubro de 2002 permanecendo no governo da mesma durante 14 meses.

No dia 28 de janeiro de 2004 foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II para Arcebispo Metropolitano de Brasília onde tomou posse dia 27 de março do mesmo ano.

Vocação


Vocação é uma palavra que vem do latim: "vocare" que significa chamar, chamado: ato de chamar, de escolher. O chamado é sempre uma iniciativa da parte de Deus; é Ele que escolhe e chama. Da pessoa chamada depende uma resposta livre e consciente, para que a vocação se concretize.
Deus nos chamou. Desde toda a eternidade destinou o ser humano a uma vocação natural: a existência, e nos chama constantemente em cada circunstância de nossa vida. Ele nos vocacionou à vida: ser gente, à imagem e semelhança d' Ele. (Gen 1,26). O verbo chamar sempre nos direciona a uma missão: somos chamados a realizar o que Deus nos confia.
Ele deixou toda criação aos cuidados do ser humano, vocacionando-o ao amor, à união e à perpetuação da espécie, mas essa vocação só se realiza plenamente, quando o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança de Deus, entram em comunhão com a Trindade.
O ser humano é chamado a prosseguir no caminho do Senhor, Verdade e Vida. É no Batismo que a pessoa humana assume a verdadeira Identidade Cristã, tornando-se servidora do Reino.
A verdadeira vocação humana e cristã é de viver em comunhão e participação: ser povo de Deus. Logo, a vocação primeira de toda pessoa é a vocação "batismal". Pelo Batismo, o cristão é chamado pelo Pai, adotado como filho e justificado de seus pecados; é incorporado a Jesus Cristo, ungido pelo Espírito Santo. Começa a pertencer à Igreja e é enviado para a missão: povo de Deus comprometido com a Igreja.
Viver a vocação batismal exige: uma Igreja sem discriminação, onde a dignidade de cada um dos seus membros é respeitada; todos os batizados têm direito de participar, pois todos são vocacionados a serem Santos e Santas; Inspirar-se no Espírito de Jesus recebido no Batismo.
A redescoberta da vocação batismal, segundo o Concílio Vaticano II, nos leva a perceber que as vocações específicas são apenas desdobramento do batismo e não novas vocações. A única e verdadeira consagração é a que acontece no batismo.
As vocações específicas não são novas consagrações, mas sim a realização do batismo, através de uma resposta pessoal. O Mistério do nosso chamado, da nossa vocação, atua sempre no segredo do coração, nesse espaço do espírito, onde cada um de nós se encontra com Deus, qualquer que seja a maneira, esse encontro é sempre único para cada um.
O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano (CIC 2392). Mas o encontro com o Deus amor, quando autêntico, sempre está acompanhado da tomada de consciência de pertencer a uma comunidade, que o próprio Deus reúne e convida à mesa, e somos introduzidos neste mistério pelo batismo, e como família compartilhamos da vida de Deus pela eucaristia, unidos no mesmo Espírito, convocados à missão de evangelizar.
Não há vida sem engajamento efetivo no serviço à igreja e à sua missão, cada um deve assumir a sua parte nas responsabilidades e nas tarefas, é exigência do batismo. Qualquer que seja a forma pela qual queremos viver concretamente o evangelho, qualquer que seja o nosso estado de vida, nenhum de nós pode se eximir dessa contribuição para a vitalidade da missão na Igreja. O Espírito de Jesus deve nos animar de tal modo que todas as nossas relações tenham a sua marca.
Nesta família de Deus, todos temos um rosto humano, e está situado em cada um de nós com as nossas raízes. Deus não desenraiza, não quebra vínculos, mesmo quando nos convida a deixar tudo para seguí-lo, nunca nos pede para renegar as nossas origens, nosso sangue, nosso meio, nosso país e nossa raça.
De fato pertencemos ao povo de Deus que é a Igreja, e por natureza o homem é um ser religioso, porque provém de Deus e para Ele caminha, e o homem só vai viver uma vida plenamente humana se viver livremente a sua vida com Deus. Cabe a todos nós corresponder ao desejo imenso de Deus que quer reunir todos os homens em tomo da sua mesa.


Eduardo Rocha Quintella

Eduardo Rocha Quintella
Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora / Minas Gerais
Portal na Internet: www.eduardoquintella.com.br
E-mail: contato@eduardoquintella.com.br

O DESAFIO DE VIVER A VOCAÇÃO CRISTÃ NO MUNDO DE HOJE


Vivemos num mundo onde os valores do poder, do ter e do prazer são objetos de adoração e de idolatria. A luta pelo poder torna as pessoas desumanas. As guerras, o ódio e as tensões ameaçam o mundo que já encontra-se dividido entre ricos e pobres e divida-se cada vez mais em bandos antagônicos e inimigos que lutam para aniquilar o adversário. A sexualidade tornou-se presa fácil e objeto de prazer despojando o ser humano de sua dignidade e intimidade. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária e torna-se uma guerra onde os homens se desumanizam as serviço de valores-objetos como o poder, o ter e o prazer.

A secularização se expande cada vez mais e vai tomando conta das pessoas. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço.

É dentro dessa realidade toda que nos encontramos como pessoas cristãs, chamadas a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos no Batismo.

Lembro-me que, em 1989, o Papa João Paulo II fazia um apelo aos jovens da época, muito válido aos jovens e a todos os cristãos de todos os tempos:

“… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele ‘manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação’ (GS 22).

Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos, superando as divisões e os ódios que se escondem no coração humano, reconciliando os homens com as criaturas, os homens entre si e os homens com Deus. Eis aqui o enorme projeto que se vos apresenta. Compete-vos pô-lo em prática!

… Ide também vós, por todos os lugares, sempre conscientes do desejo de (Jesus) Cristo: ‘Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero eu senão que ele se tenha ateado?’ (Lc 12,49). Fazei com que arda este fogo que Jesus trouxe, o fogop do Espírito Santo, que queima toda a miséria humana, todo o mesquinho egoísmo, todo o mau pensamento. Deixai este fogo que se propague em seu coração”. (L’Osservatore Romano, nº 39/09/1991).

Em março de 1991, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, entre outras, o Papa dirige estas palavras à juventude em cadeia de rádio: “É tarefa dos jovens lembrar à humanidade, por palavras e pelo testemunho, que Deus é Pai de todos. (…) Exorto-vos a colocarem Cristo no centro de vossas vidas e a darem testemunho de Cristo, para construírem um mundo mais justo e mais fraterno”.

O desafio está lançado, transformar este mundo que está se estruturando como se Deus não existisse, de tal forma que as pessoas estão caindo na solidão, no vazio: drogas, alcoolismo, depressão, prostituição, ganância, corrupção, abortos, violência ... e aumenta cada vez mais o numero dos suicídios. O homem vai se afastando cada vez mais de Deus e atraindo para si a morte, pois está esquecendo que Deus é o princípio, o fim e a presença da vida. Ele é a Vida.

O homem está esquecendo que é imagem e semelhança de Deus. Que Deus lhe preparou todo um universo, o ambiente da vida, e que é a presença de Deus, a união, a intimidade com Ele que mantém a vida.

Estamos esquecendo que Deus se fez um de nós, encarnou-se, veio recuperar, resgatar em nós esta imagem e semelhança sua maculada pelo pecado. Que Ele veio resgatar e nos mostrar pessoalmente a dignidade da vida.

Esta perda da consciência daquilo que somos é visível. Basta nos perguntar sobre a postura que temos diante da vida. Basta ver a realidade do matrimônio e da família como centro de formação da vida. Olhar para o número de abortos praticados a cada ano. E tantas outras realidades onde as cenas de morte parece ser normais nos dias de hoje.

A proposta de Jesus vem ao encontro de todas essas realidades como uma proposta de VIDA, proposta de amor.

Jesus Cristo nos revela que o Pai é AMOR, que ele quer a vida de seus filhos, pecadores, e não a morte. Já o Livro de Ezequiel nos aponta para esta vontade do senhor quando diz: “Certamente não tenho prazer na morte do ímpio; mas antes na sua conversão, em que ele se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel” (Ez 33,11). Já Lucas nos apresenta as seguintes palavras de Jesus: “Os sãos não têm necessidade de médico e sim os doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5,31).

Cristo tem uma proposta concreta, baseada no mandamento do amor. Esta proposta se concretiza em várias dimensões:

PERDÃO – Deus nos perdoa e vem fazer-se presente no meio de nós. Ele mostra que o perdão é essencial como caminho, como condição para voltar à verdadeira vida. Cristo é a união de Deus com os homens e disse: “Eu vim para que todos tenham vida” ( Jo 10,10).

ANÚNCIO DA BOA NOVA – Cristo ensina ao mundo qual é a Vontade de Deus, ou seja, o que é essencial para a vida do ser humano.

TESTEMUNHO – Cristo dá a sua vida pela nossa vida. Testemunha, vive tudo o que fala, e finalmente morre na cruz para nos reconciliar plenamente com Deus.

VIDA ETERNA – Ressurreição. Nos dá a razão, o sentido da fé. Garante-nos a eternidade.

Cristo mostra que todos são filhos de Deus e têm os mesmos direitos diante de Deus. Sua proposta é de fraternidade, de encontro e união entre todos. Para que isto aconteça, Ele propõe o AMOR: amor a tal ponto de amar os inimigos. Sua proposta é radical. Vai contra os valores individualistas do mundo.

A fim de que mude a situação de pecado é necessário que haja a conversão. A conversão é um “parto doído”, um sair das estruturas de pecado (do individualismo), para entrar numa nova estrutura: a comunidade do amor.

Nós já fomos perdoados por Cristo, através do seu mistério Pascal. Pelo Batismo assumimos o compromisso com Cristo: tornamo-nos cristãos. Somos herdeiros de Deus, elevados por Cristo à condição de filhos (cf. Gal 4, 1-7).

Ser cristão é reproduzir hoje a imagem de Cristo em nós. É perdoar a ponto de amar o inimigo. É anunciar ao mundo a Boa Nova que assumimos, testemunhando-a com a vida. Fazer do Evangelho, dos valores do reino a nossa conduta de vida. Viver o Evangelho no mundo de hoje como viveram as primeiras comunidades cristãs em seu tempo e em seu mundo (cf. At 2, 42 ss). Encontrar formas de mostrar ao mundo de hoje os valores nops quais nós acreditamos. Ter uma postura de vida coerente: traduzir a fé em gestos concretos, em atitude permanente. Tantas vezes temos medo de ser diferentes. Esquecemos que se é necessário conversão, temos que ser o testemunho vivo daquilo que diferencia a situação.

Ser cristão hoje, necessita “nadar contra a correnteza” que o mundo apresenta. E o próprio cristo nos alerta que o mundo nos odiará. Por isso Ele pede para vigiarmos sem cessar.

Portanto, é necessário perseverar na luta. E todos sabemos como isso é difícil. Mas o próprio Cristo nos mostra que o reino de Deus é conquistado com esta força: a força da nossa vontade, consoante com a vontade e a graça de Deus que se faz presente.

Para isso, necessitamos da oração, da leitura e reflexão da Palavra de Deus, do silêncio e da escuta, a fim de descobrirmos a Vontade de Deus que nos levará à caridade, à vivência desta proposta.

Tudo isto começa pela fé em Jesus Cristo. Como poderemos manifestar o nosso testemunho ao mundo se não estivermos convictos de que aquilo no que e em Quem acreditamos é a Verdade?

Nós afirmamos que Deus é Amor, é Vida, é Pai. Não estamos satisfeitos com a situação do mundo hodierno. Dizemos que o Evangelho é Verdade... Mas, nos perguntemos agora: quanto tempo por dia dedicamos à leitura e à meditação da Verdade – da Palavra de Deus? Como está a nossa freqüência à Eucaristia? Como tornamos presente, no cotidiano da vida, o Cristo que recebemos na Palavra e na eucaristia? Façamos um exame de consciência.

Nós, cristãos, temos as três grande virtudes: Fé, Esperança e Caridade. Estas virtudes nos identificam como cristãos. Mas, se não as vivermos, que esperança, que sinal seremos para o mundo? Não seremos sal e luz para o mundo. Como é triste um cristão sem esperanças!

Se a nossa vida no dia-a-dia, o nosso modo de ser e de viver, a partirem das menores coisas e momentos que sejam, a nossa honestidade, coerência, caridade, fidelidade, não esquentarem o coração das pessoas, não as atraírem para Deus, estamos sendo falsos cristãos, nossa vida não está sendo de acordo com a nossa fé.

Nosso momento é agora. Não importa os passos dados, mas os que estamos e estaremos dando a partir de agora.

Que São Paulo, o perseguidor que converteu-se no maior missionário e testemunho de Cristo de todos os tempos, nos sirva de modelo e inspiração em nossa vivência cristã do dia-a-dia.



Pe. Royk

Rumo ao XVI Congresso Eucarístico Nacional


Capital Federal sedia encontro durante comemoração de 50 anos de fundação da cidade



Em 2010, Brasília estará em festa. Não só pelos 50 anos de fundação da cidade, como também pelo Jubileu da Arquidiocese de Brasília e pela realização de mais um grande evento eucarístico na capital federal. O XVI Congresso Eucarístico Nacional (CEN) será realizado de 13 a 16 de maio e terá como tema Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários e por lema Fica conosco, Senhor! (cf. Lc 24,29).



O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade em 1957 e o VIII Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970.



Durante a 46ª Assembléia Geral da CNBB, realizada em abril de 2008, ao apresentar o tema e o lema do XVI Congresso Eucarístico Nacional, Dom João Braz de Aviz, Arcebispo Metropolitano de Brasília, declarou que, “para a Igreja, a realização do Congresso Eucarístico possibilita uma maior vivência da Eucaristia e é fonte inesgotável para a vida cristã, por isso deve haver um empenho para sua melhor realização”.



A programação do Congresso envolverá atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais. Para essa autêntica festa, toda a Igreja é convocada, e o evento deverá contar com a presença de cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, diáconos permanentes, membros de institutos de vida consagrada, leigos e representantes de todas as dioceses do País.



O Congresso será antecedido pela realização da 48ª Assembléia Geral da CNBB, cuja missa de abertura, em 3 de maio de 2010, fará memória da Primeira Missa em Brasília, na Praça do Cruzeiro.



A Arquidiocese de Brasília, responsável pela organização do XVI CEN, vem trabalhando com empenho para providenciar toda a estrutura necessária ao Congresso. Já foram constituídas a Comissão Central e as Comissões Executivas, que trabalham em conjunto com diversos voluntários para a realização deste momento dedicado à celebração do grande dom da Sagrada Eucaristia.



Segundo Dom João Braz, “em nossos trabalhos queremos formar um corpo unido, onde cada parte desse, cada membro, e cada comissão, sejam um corpo vivo, um corpo que faz um trabalho unido a todos os outros. O Congresso Eucarístico deve ser a expressão de um trabalho de comunhão, que tem sua fonte na eucaristia”.

Papa Bento XVI fala sobre o XVI CEN


Saiba o que disse o santo padre em seu discurso às autoridades eclesiais da Conferência Nacional dos bispos do Brasil



O Santo padre, o Papa Bento XVI, falou hoje, do XVI Congresso Eucarístico Nacional que acontecerá em Brasília, entre 13 a 16 de maio.



Em discurso aos prelados da conferência Nacional dos bispos do Brasil, o Papa Bento XVI disse:



"Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o “ouro” da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado!"

VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE NORTE II) , 15.04.2010

VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE NORTE II)

Alle ore 12.15 di questa mattina, il Santo Padre Benedetto XVI incontra gli Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORTE II), ricevuti in questi giorni, in separate udienze, in occasione della Visita "ad Limina Apostolorum", e rivolge loro il discorso che pubblichiamo di seguito:


DISCORSO DEL SANTO PADRE

Amados Irmãos no Episcopado,

A vossa visita ad Limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento penetrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36).

A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazônica, com as suas paróquias e outras realidades que as compõe como os movimentos e novas comunidades e as comunidades eclesiais de base em comunhão com o seu bispo (cf. Documento de Aparecida, 179). Nada poderia alegrar-me mais do que saber-vos em Cristo e com Cristo, como testemunham os relatórios diocesanos que me enviastes e que vos agradeço. Reconhecido estou de modo particular a Dom Jesus Maria pelas palavras que acaba de me dirigir em nome vosso e do povo de Deus a vós confiado, sublinhando a sua fidelidade e adesão a Pedro. No regresso, assegurai-o da minha gratidão por tais sentimentos e da minha Bênção, acrescentando: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24,34).

Nesta aparição, palavras - se as houve - diluíram-se na surpresa de ver o Mestre redivivo, cuja presença diz tudo: Estive morto, mas agora vivo e vós vivereis por Mim (cf. Ap 1,18). E, por estar vivo e ressuscitado, Cristo pode tornar-Se «pão vivo» (Jo 6, 51) para a humanidade. Por isso sinto que o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados.

Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar – porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum Concilium, 2). Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora.

Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambigüidades e reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem. Este, porém, «descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias» (Const. Gaudium et spes, 13). A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.

Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. «A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro.

«Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o "ouro" da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado! Hoje e aqui, tudo isto desejo à esperançosa parcela deste Corpo que é o Regional Norte 2, ao conceder a cada um de vós, extensiva a quantos convosco colaboram e a todos os fiéis cristãos, a Bênção Apostólica.

[00519-06.01] [Texto original: Português]

[B0221-XX.01]

A Vocação Sacerdotal


A vocação sacerdotal
A vocação sacerdotal é algo que não se pode explicar e nem se compreender totalmente, pois é um mistério de Deus na vida daqueles que são chamados e escolhidos á serem ministro de deus no sacerdócio de Jesus Cristo foi o próprio Jesus quem instituiu tão sublime ministério (na ultima ceia) e dando a seus apóstolos total autoridade em celebrar os mistérios de seu corpo e de seu sangue. Algumas pessoas perguntam: como é que surge a vocação ao sacerdócio? Mas é algo que não dá pra explicar, só pode-se dizer que é um chamado que Jesus fez. Outras pessoas perguntam: porque você escolheu este caminho? Mas não se escolhe ser sacerdote, mas sim Jesus, Ele mesmo diz: “Não fostes vos que me escolhestes, mas fui eu que te escolhi, e te destinei para ir a dar frutos, e para que o vosso fruto permaneça.” ( Jo, 15,16). O mesmo Jesus que chamou Pedro e seu irmão André, Tiago e João à beira do mar da Galiléia, continua chamando hoje jovens a deixarem tudo para segui-lo e trabalhar na vinha do Senhor. O chamado do Senhor vem como uma brasa no coração, que só como o passar do tempo se pode perceber que é a voz de Deus dizendo: vem filho meu, preciso de ti para trabalhar na minha messe e salvar almas, pois ela é grande e poucos são os operários. Podemos resumir a vida sacerdotal em duas palavras: AMOR e RENUNCIA. Pois pra se tornar sacerdote do Senhor e necessário amar Cristo e nossos irmãos, e renunciar a tudo e a si próprio. Que todos os chamados e escolhidos dê o seu sim como fez Maria, a Mãe e Mestra das vocações. “Pela ordenação sacerdotal, o ordenado se torna como criança que se joga com toda a confiança nos braços do Pai ainda que não o veja. Acredita e confia nele porque Jesus disse: Não tenhas medo.” (Cf. A ordem sacerdotal- Pe. Erneste N. Roman).
Fonte: V M

2010/05/01

Vocação, o que é?


A origem da palavra “vocação”: ela vem do verbo latino “vocare”, que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado. No âmbito religioso, a vocação é sempre um chamado de Deus para alguma coisa.

A pessoa chamada se sente impelida, atraída para aquilo a que justamente é chamada. A pessoa do vocacionado se sente atraída para aquilo que considera belo, grandioso, importante e necessário que se faça. A vocação é sempre vista como algo que se pode fazer de útil para os outros, e que é, portanto, um serviço que se pode prestar aos outros.

É importante dizer que a vocação tem sempre essa dimensão da “alteridade”, é sempre “alter”, isto é, é sempre voltada para o outro. É um serviço, uma doação. Para nós, cristãos, a vocação é enriquecida de um sentido profundo, que nos é dado pelo próprio Cristo.

Todo batizado é chamado a ser - sempre e em todo lugar - “sal da terra e luz do mundo”. Essa incumbência de todo cristão já é, em si, uma vocação, chamada de vocação fundamental.

Os tipos de vocações são:

1. Leiga;

Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm a missão de anunciar Jesus Cristo: caminho, verdade e vida. São pessoas não consagradas que trabalham na construção do reino de Deus, isto é, de uma sociedade justa e mais fraterna, conforme o desejo de Jesus. Exercem ministérios diversos na comunidade, conforme os dons que Deus lhes deu. Esses serviços são: catequese, obras sociais, animação da liturgia, etc. O leigo representa a Igreja no coração do mundo, atuando assim nos mais diversos ambientes (escola, trabalho, família), com o testemunho de sua vida, sua palavra oportuna, sua ação concreta. Por outro lado, ele é o homem do mundo no coração da Igreja.

2. Religiosa;

Os religiosos, ou religiosas, são pessoas que foram chamadas para seguir a Jesus dentro de uma congregação religiosa, consagrando-se a Ele através dos votos religiosos de pobreza, castidade e obediência além de outros específicos de cada congregação. Através do voto o religioso faz uma oferenda de si mesmo a Deus. O fundamento evangélico da vida consagrada está na relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, convidando-os a colocarem sua existência a serviço do Reino, deixando tudo e imitando mais de perto a sua forma de vida.

3. Sacerdotal.

O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens. O padre é alguém tirado do meio do povo e consagrado por Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus. Ele é o grande mediador entre Deus e o povo. Seu papel é dar continuidade à missão de Jesus Cristo, cabeça da Igreja. Além de celebrar a missa e ministrar os sacramentos (como o Batismo, a Confissão), cabe a ele fazer crescer o amor nas comunidades, nas famílias, no coração das pessoas.

4. Familiar;

O casamento é um chamado cheio de amor que Deus faz a um homem e uma mulher para viverem juntos e constituírem família. São dois filhos de Deus que Deus mesmo entrega um para o outro, para que um seja do outro e para o outro. Quando a família vive verdadeiramente o amor está correspondendo ao amor de Deus, está educando os filhos nesse amor e está dando exemplo de fidelidade a Deus e a seu projeto de amor. Essa fidelidade se dá através de uma vivência dos valores cristãos. Assim a família se torna espaço e ambiente ideal para que os filhos possam discernir o chamado de Jesus. O lar fica sendo um templo vivo de Deus e uma Igreja em miniatura. Sendo a 1ª educadora, é na família que nascem e crescem as vocações, e onde se forma a responsabilidade vocacional de todos.





Por Tiago J. Theisen

Por que buscamos a Deus?


Diante da multiplicação dos pães, a multidão, no dia seguinte, procura novamente Jesus – talvez para pedir novo milagre e, assim, ter pão com fartura sem necessidade de se empenhar na solução do problema da fome. A partir disso, cabe uma pergunta também para nós: por que buscamos a Deus?

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É possível que muitos o procurem para ver se conseguem uma graça especial para solucionar algum problema particular: a saúde, o emprego, a harmonia familiar… Sim, tudo isso é importante e deve ser buscado com muito empenho, mas Jesus não no-lo oferece de forma mágica, ele nos ensinou como superar esses problemas. The Omega Code film The Dead Zone trailer

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Outras vezes nos interessamos por ele para pedir algum milagre e, assim, podermos “mostrar e dizer” aos outros que recebemos tal favor extraordinário, provando que somos melhores que muitos de nossos companheiros ou que a nossa religião é mais importante que as outras…

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Outros

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talvez pensem que Deus ajuda a quem é fiel em certas práticas religiosas e, portanto, têm “direitos” de serem atendidos por ele e serem livres de alguma desventura ou desgraça… Não é que não podemos pedir isso a Deus, mas nossa fidelidade a ele não deve depender de algum benefício recebido.

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A multidão lança outra pergunta a Jesus: o que, então, devemos fazer? O próprio Jesus responde que é preciso buscar o alimento que permanece até a vida eterna. Ninguém vive sem alimento, mas devemos reconhecer que há necessidade de outro alimento que mate nossas fomes. Esse alimento é o próprio Jesus (“eu sou o pão da vida”). Alimento que deve ser buscado continuamente, que não perece e que nos fortalece na fé e na missão. Jesus começou dando o pão material e agora dá-se a si mesmo como pão de vida e penhor de liberdade.


Por Pe. Nilo Luza, ssp

2010/04/30

VOCAÇÃO NA BÍBLIA



A palavra VOCAÇÃO é muito usada e, quase sempre, usada indevidamente. É comum identificarmos vocação com tendência pessoal ou profissional. Antes de tudo é bom ver a origem e o sentido desta palavra. Vocação vem da palavra latina vocare = chamar. Vocatio = chamamento, chamar, eleger, escolher.

Então, se vocação é chamamento, deve haver alguém que chama e alguém que é chamado. Portanto, não é simples tendência ou inclinação pessoal, mas é chamada. E, se alguém chama, chama para alguma coisa, não chama atôa...

Estamos falando de vocação numa perspectiva de fé e de Igreja. Então podemos definir a vocação como: o chamado que brota do mais íntimo do ser humano, onde ressoa a voz de Deus. Portanto, vocação aqui tem uma dimensão essencialmente religiosa.

Vamos tentar refletir um pouco sobre a vocação na Bíblia, a vocação num enfoque bíblico e religioso. E o fazemos sem nenhuma preocupação interpretativa ou exegética, mas simplesmente segundo o texto.



A. A vocação no Velho Testamento

Podemos dizer que a vocação é um fato bíblico. O nosso Deus é um Deus que fala, que escolhe e chama pessoas para o serviço, para missões concretas e determinadas. Esta sempre foi a convicção presente na consciência do povo bíblico. Deus conduz a história e a iniciativa é sempre dele. Javé elege Israel porque o ama (Dt. 7,6-8). - Não foram os discípulos que escolheram Jesus, mas foi ele que os escolheu. "Não foram vocês que me escolheram, mas foi eu que escolhí vocês. Eu os destinei para ir e dar frutos, para que o fruto de vocês permaneça" (Jo. 15,16). A vocação é profundamente pessoal - Deus conhece e chama. Aliás é convicção bíblica que Deus conhece e chama as pessoas desde o ventre de sua mãe. "Eu ainda estava no ventre materno e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de minha mãe, e ele pronunciou o meu nome" (Is. 49,1).
O Velho Testamento fala de diversos tipos de vocação. Em contexto histórico concreto Deus escolhe pessoas para missões específicas. Encontramos na vocação bíblica alguns elementos característicos de toda vocação. Podemos dizer que duas coisas são fundamentais:

Ø toda vocação comporta o envio para uma missão,
Ø toda vocação exige ruptura com o passado.

Deus chama patriarcas, reis, sacerdotes, profetas, homens e mulheres...

A primeira grande história de vocação na Bíblia e a vocação de Abraão (Gn. 12, 1...). Abraão é chamado o pai da fé. Ele é chamado, acredita, deixa o seu povo e parte para o desconhecido.
Vocação de Moisés - num momento difícil da vida do povo hebreu Deus escolhe, chama e envia Moisés (Ex. 3).


Vocação de Samuel (1 Sam. 3).

Como Samuel, Davi é escolhido menino para ser rei e condutor do povo. Deus envia Samuel para ungir quem ele escolhera para ser o seu sucessor. Deus diz a Samuel: "Não se impressione com a aparência e estatura dele. Não é esse que eu quero, porque Deus não vê como o homem, porque o homem olha as aparências, e Javé olha o coração" (1 Sam. 16,7).
No Vellho Testamento o sacerdote é alguém que recebe um chamamento para uma missão especial. Ele é ungido para o serviço do templo (Ex.28,1; 29,1;30,30). "A unção lhes conferirá o sacerdócio perpétuo..."(Ex.40, 15b).

Muito significativa na Bíblia é a vocação-chamamento e envio dos profetas. Os grandes profetas bíblicos falam da própria vocação, dando testemunho do chamado divino individual, direto e imediato.

Ø Vocação de Isaias - Is. 6. Uma visão que se dá em um ambiente de glória...
Ø Vocação de Jeremias - Jr. 1
Ø Vocação de Ezequiel - Ez. 2,8-3 - O profeta come o rolo... doce como mel...
Ø Vocação de Jonas - Jonas 1 - O profeta tenta fugir de Javé para não cumprir a ordem que lhe é dada... - 3, de novo Javé o envia a Ninive.

Quase todos os profetas começam dizendo que a palavra de Javé lhes é dirigida. É a credencial do profeta. Ele não fala nem age em nome próprio. Ele é porta-voz. Nele é Deus que age.
A história do povo de Deus é uma história de teofania. Deus sempre se manifesta e conduz a história. É um Deus presente no caminho, na luta, na vida...

Na história do povo hebreu há duas linhas: a sacerdotal e a profética. Mas os sacerdotes, que deveriam estar a serviço do templo e do povo, acabam formando uma casta, mais comprometida com uma política corrupta do que com a fé.

É interessante observar que os profetas nada têm de oficial ou institucional . O profeta não está ligado ao templo ou à religião oficial. É alguém chamado e enviado para missões específicas. Pela sua coragem de questionar a situação presente e as estruturas que oprimem ele quase sempre foi visado e perseguido. O profeta é alguém que tem coragem de falar e agir, mesmo ferindo as tradições. Ele está comprometido com o Deus de Moisés, o Deus do Exodo,, o Deus que liberta...
Há algo interessante na tradição bíblica: quase sempre o vocacionado coloca obstáculo e resiste ao chamamento:

Ø Moisés diz que é gago e tem dificuldade em se comunicar. Deus coloca Aarão ao seu lado... (Ex. 4,10 segs.)
Ø Isaias diz que é um pecador - tem os lábios impuros... Um anjo toca os seus lábios com uma brasa, para o purificar.
Ø Jeremias diz que é apenas uma criança... Javé responde: "não diga que você é uma criança, você irá para aqueles que eu mandar falar e falará em meu nome..."
Ø Jonas foge...
Ø Maria diz: "eu não conheço homem..."

O vocacionado que assume a missão já não é o mesmo. Ele rompe com o passado. Deixa as redes...



B. A Vocação no Novo Testamento

No Novo Testamento, em Cristo, Deus está muito mais perto de nós. Em Cristo, todos são chamados, vocacionados para a santidade. Aqui Deus nos fala pelo seu próprio Filho (Heb. 1,2). Jesus afirma mais vezes que ele é enviado pelo Pai. Ele é o grande vocacionado para o projeto de Deus no mundo.

Ø Podemos dizer que a primeira vocacionada do NT é Maria (Lc. 1,26 segs.)
Ø João Batista é chamado desde o seio de sua mãe para ser o precursor e o profeta que recebeu não só a missão de anunciar, mas de preparar a chegada do Senhor... O 4º Evangelho diz que "João é enviado por Deus para dar testemunho da luz" (Jo. 1,6-8).
Ø Vocação dos Apóstolos - No início da sua atividade pública Jesus escolheu um pequeno número de homens. Ele chama 12 para o seu seguimento e já lhes deixa entrever a sua missão - "farei de vocês pescadores de homens (Mc. l,16-20). O atendimento é imediato, eles "deixam as redes e o seguem"... Ele chama gente do povo, nem mesmo chama os melhores, pois ele não veio para os justos, mas para os pecadores, Mt. 9,13. Chama para que ficassem com ele.
Ø Chama os 72 - (Lc. 10)...
Ø Chama o jovem rico... (Mc. 10,17-22)
Ø Quem é chamado deve seguir incondicionalmente (Lc. 9,57-62)...
Ø Vocação de Paulo (At. 9,1-30).

Partindo da tradição bíblica de que Deus chama pessoas para um profetismo ou uma missão no seio do povo, a Igreja sempre acreditou que Deus continua chamando para a evangelização e articulação da fé no seio do povo. O nosso Deus não é um Deus que falou no passado, mas que continua falando, comunicando-se conosco, chamando aquele que ele quer.


Fr. Humberto Pereira de Almeida OP

Arcebispo Metropolitano de Brasília


Dom João Braz de Aviz

Nascimento: 24/04/1947
Ordenação presbiteral: 26/11/1972
Sagração episcopal: 31/05/1994


Biografia

Natural de Mafra-SC, nascido no dia 24 de abril de 1947, é um dos 8 filhos do casal João Avelino de Aviz e Juliana Hacke de Aviz, ambos falecidos. Ainda na infância, a família veio para Borrazópolis, pequeno município do Norte paranaense. Aí se criou juntamente com os irmãos.

Prestes a completar 11 anos, foi encaminhado, em 21 de abril de 1958, ao Seminário Menor São Pio X, dos padres do PIME - Pontifício Instituto das Missões Exteriores, em Assis-SP, onde estudavam na época os seminaristas menores da diocese de Londrina.

Com a criação, em março de 1964, da Diocese de Apucarana, para ela se transferiu, de vez que a Paróquia Imaculada Conceição de Borrazópolis passou à jurisdição da nova diocese.

Seus estudos de filosofia foram feitos no Seminário Maior Provincial Rainha dos Apóstolos, em Curitiba. Transferiu-se, a seguir, para Roma, onde obteve, na Pontifícia Universidade Gregoriana, a licenciatura em Teologia. Ordenou-se presbítero na Catedral de Apucarana, no dia 26 de novembro de 1972.

Entre os encargos pastorais exercidos contam-se: pároco de várias paróquias; diretor espiritual e reitor do Seminário Maior-Instituto de Filosofia de Apucarana; diretor espiritual no Seminário do Ipiranga-SP, e reitor e professor de Teologia Dogmática no Instituto Paulo VI, de Londrina-PR. De 1989 a 1992 esteve novamente em Roma, estudando na Pontifícia Universidade Lateranense para o doutorado que obteve em Teologia Dogmática.

Eleito bispo auxiliar de Vitória, recebeu, dia 31 de maio de 1994, em Apucarana, a ordenação episcopal. Todos sejam um (Jo 17, 21) é o lema de sua missão de bispo. Empossado a 9 de junho do mesmo ano, permaneceu na capital do Espírito Santo por 4 anos.

Recebeu a nomeação em 12 de agosto de 1998, de bispo diocesano de Ponta Grossa, sede que assumiu no dia 15 de outubro daquele ano.

Aos 17 de julho de 2002, surpreendeu-o a comunicação de sua transferência para Maringá, onde tomou posse como 3º Arcebispo de Maringá, no dia 4 de outubro de 2002 permanecendo no governo da mesma durante 14 meses.

No dia 28 de janeiro de 2004 foi nomeado pelo Santo Padre o Papa João Paulo II para Arcebispo Metropolitano de Brasília onde tomou posse dia 27 de março do mesmo ano.

Vocação


Vocação é uma palavra que vem do latim: "vocare" que significa chamar, chamado: ato de chamar, de escolher. O chamado é sempre uma iniciativa da parte de Deus; é Ele que escolhe e chama. Da pessoa chamada depende uma resposta livre e consciente, para que a vocação se concretize.
Deus nos chamou. Desde toda a eternidade destinou o ser humano a uma vocação natural: a existência, e nos chama constantemente em cada circunstância de nossa vida. Ele nos vocacionou à vida: ser gente, à imagem e semelhança d' Ele. (Gen 1,26). O verbo chamar sempre nos direciona a uma missão: somos chamados a realizar o que Deus nos confia.
Ele deixou toda criação aos cuidados do ser humano, vocacionando-o ao amor, à união e à perpetuação da espécie, mas essa vocação só se realiza plenamente, quando o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança de Deus, entram em comunhão com a Trindade.
O ser humano é chamado a prosseguir no caminho do Senhor, Verdade e Vida. É no Batismo que a pessoa humana assume a verdadeira Identidade Cristã, tornando-se servidora do Reino.
A verdadeira vocação humana e cristã é de viver em comunhão e participação: ser povo de Deus. Logo, a vocação primeira de toda pessoa é a vocação "batismal". Pelo Batismo, o cristão é chamado pelo Pai, adotado como filho e justificado de seus pecados; é incorporado a Jesus Cristo, ungido pelo Espírito Santo. Começa a pertencer à Igreja e é enviado para a missão: povo de Deus comprometido com a Igreja.
Viver a vocação batismal exige: uma Igreja sem discriminação, onde a dignidade de cada um dos seus membros é respeitada; todos os batizados têm direito de participar, pois todos são vocacionados a serem Santos e Santas; Inspirar-se no Espírito de Jesus recebido no Batismo.
A redescoberta da vocação batismal, segundo o Concílio Vaticano II, nos leva a perceber que as vocações específicas são apenas desdobramento do batismo e não novas vocações. A única e verdadeira consagração é a que acontece no batismo.
As vocações específicas não são novas consagrações, mas sim a realização do batismo, através de uma resposta pessoal. O Mistério do nosso chamado, da nossa vocação, atua sempre no segredo do coração, nesse espaço do espírito, onde cada um de nós se encontra com Deus, qualquer que seja a maneira, esse encontro é sempre único para cada um.
O amor é a vocação fundamental e originária do ser humano (CIC 2392). Mas o encontro com o Deus amor, quando autêntico, sempre está acompanhado da tomada de consciência de pertencer a uma comunidade, que o próprio Deus reúne e convida à mesa, e somos introduzidos neste mistério pelo batismo, e como família compartilhamos da vida de Deus pela eucaristia, unidos no mesmo Espírito, convocados à missão de evangelizar.
Não há vida sem engajamento efetivo no serviço à igreja e à sua missão, cada um deve assumir a sua parte nas responsabilidades e nas tarefas, é exigência do batismo. Qualquer que seja a forma pela qual queremos viver concretamente o evangelho, qualquer que seja o nosso estado de vida, nenhum de nós pode se eximir dessa contribuição para a vitalidade da missão na Igreja. O Espírito de Jesus deve nos animar de tal modo que todas as nossas relações tenham a sua marca.
Nesta família de Deus, todos temos um rosto humano, e está situado em cada um de nós com as nossas raízes. Deus não desenraiza, não quebra vínculos, mesmo quando nos convida a deixar tudo para seguí-lo, nunca nos pede para renegar as nossas origens, nosso sangue, nosso meio, nosso país e nossa raça.
De fato pertencemos ao povo de Deus que é a Igreja, e por natureza o homem é um ser religioso, porque provém de Deus e para Ele caminha, e o homem só vai viver uma vida plenamente humana se viver livremente a sua vida com Deus. Cabe a todos nós corresponder ao desejo imenso de Deus que quer reunir todos os homens em tomo da sua mesa.


Eduardo Rocha Quintella

Eduardo Rocha Quintella
Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora / Minas Gerais
Portal na Internet: www.eduardoquintella.com.br
E-mail: contato@eduardoquintella.com.br

O DESAFIO DE VIVER A VOCAÇÃO CRISTÃ NO MUNDO DE HOJE


Vivemos num mundo onde os valores do poder, do ter e do prazer são objetos de adoração e de idolatria. A luta pelo poder torna as pessoas desumanas. As guerras, o ódio e as tensões ameaçam o mundo que já encontra-se dividido entre ricos e pobres e divida-se cada vez mais em bandos antagônicos e inimigos que lutam para aniquilar o adversário. A sexualidade tornou-se presa fácil e objeto de prazer despojando o ser humano de sua dignidade e intimidade. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária e torna-se uma guerra onde os homens se desumanizam as serviço de valores-objetos como o poder, o ter e o prazer.

A secularização se expande cada vez mais e vai tomando conta das pessoas. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço.

É dentro dessa realidade toda que nos encontramos como pessoas cristãs, chamadas a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos no Batismo.

Lembro-me que, em 1989, o Papa João Paulo II fazia um apelo aos jovens da época, muito válido aos jovens e a todos os cristãos de todos os tempos:

“… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele ‘manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação’ (GS 22).

Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos, superando as divisões e os ódios que se escondem no coração humano, reconciliando os homens com as criaturas, os homens entre si e os homens com Deus. Eis aqui o enorme projeto que se vos apresenta. Compete-vos pô-lo em prática!

… Ide também vós, por todos os lugares, sempre conscientes do desejo de (Jesus) Cristo: ‘Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero eu senão que ele se tenha ateado?’ (Lc 12,49). Fazei com que arda este fogo que Jesus trouxe, o fogop do Espírito Santo, que queima toda a miséria humana, todo o mesquinho egoísmo, todo o mau pensamento. Deixai este fogo que se propague em seu coração”. (L’Osservatore Romano, nº 39/09/1991).

Em março de 1991, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, entre outras, o Papa dirige estas palavras à juventude em cadeia de rádio: “É tarefa dos jovens lembrar à humanidade, por palavras e pelo testemunho, que Deus é Pai de todos. (…) Exorto-vos a colocarem Cristo no centro de vossas vidas e a darem testemunho de Cristo, para construírem um mundo mais justo e mais fraterno”.

O desafio está lançado, transformar este mundo que está se estruturando como se Deus não existisse, de tal forma que as pessoas estão caindo na solidão, no vazio: drogas, alcoolismo, depressão, prostituição, ganância, corrupção, abortos, violência ... e aumenta cada vez mais o numero dos suicídios. O homem vai se afastando cada vez mais de Deus e atraindo para si a morte, pois está esquecendo que Deus é o princípio, o fim e a presença da vida. Ele é a Vida.

O homem está esquecendo que é imagem e semelhança de Deus. Que Deus lhe preparou todo um universo, o ambiente da vida, e que é a presença de Deus, a união, a intimidade com Ele que mantém a vida.

Estamos esquecendo que Deus se fez um de nós, encarnou-se, veio recuperar, resgatar em nós esta imagem e semelhança sua maculada pelo pecado. Que Ele veio resgatar e nos mostrar pessoalmente a dignidade da vida.

Esta perda da consciência daquilo que somos é visível. Basta nos perguntar sobre a postura que temos diante da vida. Basta ver a realidade do matrimônio e da família como centro de formação da vida. Olhar para o número de abortos praticados a cada ano. E tantas outras realidades onde as cenas de morte parece ser normais nos dias de hoje.

A proposta de Jesus vem ao encontro de todas essas realidades como uma proposta de VIDA, proposta de amor.

Jesus Cristo nos revela que o Pai é AMOR, que ele quer a vida de seus filhos, pecadores, e não a morte. Já o Livro de Ezequiel nos aponta para esta vontade do senhor quando diz: “Certamente não tenho prazer na morte do ímpio; mas antes na sua conversão, em que ele se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos. Por que haveis de morrer, ó casa de Israel” (Ez 33,11). Já Lucas nos apresenta as seguintes palavras de Jesus: “Os sãos não têm necessidade de médico e sim os doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5,31).

Cristo tem uma proposta concreta, baseada no mandamento do amor. Esta proposta se concretiza em várias dimensões:

PERDÃO – Deus nos perdoa e vem fazer-se presente no meio de nós. Ele mostra que o perdão é essencial como caminho, como condição para voltar à verdadeira vida. Cristo é a união de Deus com os homens e disse: “Eu vim para que todos tenham vida” ( Jo 10,10).

ANÚNCIO DA BOA NOVA – Cristo ensina ao mundo qual é a Vontade de Deus, ou seja, o que é essencial para a vida do ser humano.

TESTEMUNHO – Cristo dá a sua vida pela nossa vida. Testemunha, vive tudo o que fala, e finalmente morre na cruz para nos reconciliar plenamente com Deus.

VIDA ETERNA – Ressurreição. Nos dá a razão, o sentido da fé. Garante-nos a eternidade.

Cristo mostra que todos são filhos de Deus e têm os mesmos direitos diante de Deus. Sua proposta é de fraternidade, de encontro e união entre todos. Para que isto aconteça, Ele propõe o AMOR: amor a tal ponto de amar os inimigos. Sua proposta é radical. Vai contra os valores individualistas do mundo.

A fim de que mude a situação de pecado é necessário que haja a conversão. A conversão é um “parto doído”, um sair das estruturas de pecado (do individualismo), para entrar numa nova estrutura: a comunidade do amor.

Nós já fomos perdoados por Cristo, através do seu mistério Pascal. Pelo Batismo assumimos o compromisso com Cristo: tornamo-nos cristãos. Somos herdeiros de Deus, elevados por Cristo à condição de filhos (cf. Gal 4, 1-7).

Ser cristão é reproduzir hoje a imagem de Cristo em nós. É perdoar a ponto de amar o inimigo. É anunciar ao mundo a Boa Nova que assumimos, testemunhando-a com a vida. Fazer do Evangelho, dos valores do reino a nossa conduta de vida. Viver o Evangelho no mundo de hoje como viveram as primeiras comunidades cristãs em seu tempo e em seu mundo (cf. At 2, 42 ss). Encontrar formas de mostrar ao mundo de hoje os valores nops quais nós acreditamos. Ter uma postura de vida coerente: traduzir a fé em gestos concretos, em atitude permanente. Tantas vezes temos medo de ser diferentes. Esquecemos que se é necessário conversão, temos que ser o testemunho vivo daquilo que diferencia a situação.

Ser cristão hoje, necessita “nadar contra a correnteza” que o mundo apresenta. E o próprio cristo nos alerta que o mundo nos odiará. Por isso Ele pede para vigiarmos sem cessar.

Portanto, é necessário perseverar na luta. E todos sabemos como isso é difícil. Mas o próprio Cristo nos mostra que o reino de Deus é conquistado com esta força: a força da nossa vontade, consoante com a vontade e a graça de Deus que se faz presente.

Para isso, necessitamos da oração, da leitura e reflexão da Palavra de Deus, do silêncio e da escuta, a fim de descobrirmos a Vontade de Deus que nos levará à caridade, à vivência desta proposta.

Tudo isto começa pela fé em Jesus Cristo. Como poderemos manifestar o nosso testemunho ao mundo se não estivermos convictos de que aquilo no que e em Quem acreditamos é a Verdade?

Nós afirmamos que Deus é Amor, é Vida, é Pai. Não estamos satisfeitos com a situação do mundo hodierno. Dizemos que o Evangelho é Verdade... Mas, nos perguntemos agora: quanto tempo por dia dedicamos à leitura e à meditação da Verdade – da Palavra de Deus? Como está a nossa freqüência à Eucaristia? Como tornamos presente, no cotidiano da vida, o Cristo que recebemos na Palavra e na eucaristia? Façamos um exame de consciência.

Nós, cristãos, temos as três grande virtudes: Fé, Esperança e Caridade. Estas virtudes nos identificam como cristãos. Mas, se não as vivermos, que esperança, que sinal seremos para o mundo? Não seremos sal e luz para o mundo. Como é triste um cristão sem esperanças!

Se a nossa vida no dia-a-dia, o nosso modo de ser e de viver, a partirem das menores coisas e momentos que sejam, a nossa honestidade, coerência, caridade, fidelidade, não esquentarem o coração das pessoas, não as atraírem para Deus, estamos sendo falsos cristãos, nossa vida não está sendo de acordo com a nossa fé.

Nosso momento é agora. Não importa os passos dados, mas os que estamos e estaremos dando a partir de agora.

Que São Paulo, o perseguidor que converteu-se no maior missionário e testemunho de Cristo de todos os tempos, nos sirva de modelo e inspiração em nossa vivência cristã do dia-a-dia.



Pe. Royk

Rumo ao XVI Congresso Eucarístico Nacional


Capital Federal sedia encontro durante comemoração de 50 anos de fundação da cidade



Em 2010, Brasília estará em festa. Não só pelos 50 anos de fundação da cidade, como também pelo Jubileu da Arquidiocese de Brasília e pela realização de mais um grande evento eucarístico na capital federal. O XVI Congresso Eucarístico Nacional (CEN) será realizado de 13 a 16 de maio e terá como tema Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários e por lema Fica conosco, Senhor! (cf. Lc 24,29).



O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade em 1957 e o VIII Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970.



Durante a 46ª Assembléia Geral da CNBB, realizada em abril de 2008, ao apresentar o tema e o lema do XVI Congresso Eucarístico Nacional, Dom João Braz de Aviz, Arcebispo Metropolitano de Brasília, declarou que, “para a Igreja, a realização do Congresso Eucarístico possibilita uma maior vivência da Eucaristia e é fonte inesgotável para a vida cristã, por isso deve haver um empenho para sua melhor realização”.



A programação do Congresso envolverá atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais. Para essa autêntica festa, toda a Igreja é convocada, e o evento deverá contar com a presença de cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, diáconos permanentes, membros de institutos de vida consagrada, leigos e representantes de todas as dioceses do País.



O Congresso será antecedido pela realização da 48ª Assembléia Geral da CNBB, cuja missa de abertura, em 3 de maio de 2010, fará memória da Primeira Missa em Brasília, na Praça do Cruzeiro.



A Arquidiocese de Brasília, responsável pela organização do XVI CEN, vem trabalhando com empenho para providenciar toda a estrutura necessária ao Congresso. Já foram constituídas a Comissão Central e as Comissões Executivas, que trabalham em conjunto com diversos voluntários para a realização deste momento dedicado à celebração do grande dom da Sagrada Eucaristia.



Segundo Dom João Braz, “em nossos trabalhos queremos formar um corpo unido, onde cada parte desse, cada membro, e cada comissão, sejam um corpo vivo, um corpo que faz um trabalho unido a todos os outros. O Congresso Eucarístico deve ser a expressão de um trabalho de comunhão, que tem sua fonte na eucaristia”.

Papa Bento XVI fala sobre o XVI CEN


Saiba o que disse o santo padre em seu discurso às autoridades eclesiais da Conferência Nacional dos bispos do Brasil



O Santo padre, o Papa Bento XVI, falou hoje, do XVI Congresso Eucarístico Nacional que acontecerá em Brasília, entre 13 a 16 de maio.



Em discurso aos prelados da conferência Nacional dos bispos do Brasil, o Papa Bento XVI disse:



"Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o “ouro” da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado!"

VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE NORTE II) , 15.04.2010

VISITA "AD LIMINA APOSTOLORUM" DEI PRESULI DELLA CONFERENZA EPISCOPALE DEL BRASILE (REGIONE NORTE II)

Alle ore 12.15 di questa mattina, il Santo Padre Benedetto XVI incontra gli Ecc.mi Presuli della Conferenza Episcopale del Brasile (Regione NORTE II), ricevuti in questi giorni, in separate udienze, in occasione della Visita "ad Limina Apostolorum", e rivolge loro il discorso che pubblichiamo di seguito:


DISCORSO DEL SANTO PADRE

Amados Irmãos no Episcopado,

A vossa visita ad Limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento penetrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36).

A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazônica, com as suas paróquias e outras realidades que as compõe como os movimentos e novas comunidades e as comunidades eclesiais de base em comunhão com o seu bispo (cf. Documento de Aparecida, 179). Nada poderia alegrar-me mais do que saber-vos em Cristo e com Cristo, como testemunham os relatórios diocesanos que me enviastes e que vos agradeço. Reconhecido estou de modo particular a Dom Jesus Maria pelas palavras que acaba de me dirigir em nome vosso e do povo de Deus a vós confiado, sublinhando a sua fidelidade e adesão a Pedro. No regresso, assegurai-o da minha gratidão por tais sentimentos e da minha Bênção, acrescentando: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24,34).

Nesta aparição, palavras - se as houve - diluíram-se na surpresa de ver o Mestre redivivo, cuja presença diz tudo: Estive morto, mas agora vivo e vós vivereis por Mim (cf. Ap 1,18). E, por estar vivo e ressuscitado, Cristo pode tornar-Se «pão vivo» (Jo 6, 51) para a humanidade. Por isso sinto que o centro e a fonte permanente do ministério petrino estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados.

Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor. Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar – porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum Concilium, 2). Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora.

Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambigüidades e reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10). Subjacente a várias das motivações aduzidas, está uma mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade duma real intervenção divina neste mundo em socorro do homem. Este, porém, «descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias» (Const. Gaudium et spes, 13). A confissão duma intervenção redentora de Deus para mudar esta situação de alienação e de pecado é vista por quantos partilham a visão deísta como integralista, e o mesmo juízo é feito a propósito de um sinal sacramental que torna presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, a seus olhos, seria a celebração de um sinal que corresponda a um vago sentimento de comunidade.

Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. «A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro.

«Fica conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29): estão rezando os filhos e filhas do Brasil a caminho do XVI Congresso Eucarístico Nacional, daqui a um mês em Brasília, que deste modo verá o jubileu áureo da sua fundação enriquecido com o "ouro" da eternidade presente no tempo: Jesus Eucaristia. Que Ele seja verdadeiramente o coração do Brasil, donde venha a força para todos homens e mulheres brasileiros se reconhecerem e ajudarem como irmãos, como membros do Cristo total. Quem quiser viver, tem onde viver, tem de que viver. Aproxime-se, creia, entre a fazer parte do Corpo de Cristo e será vivificado! Hoje e aqui, tudo isto desejo à esperançosa parcela deste Corpo que é o Regional Norte 2, ao conceder a cada um de vós, extensiva a quantos convosco colaboram e a todos os fiéis cristãos, a Bênção Apostólica.

[00519-06.01] [Texto original: Português]

[B0221-XX.01]

A Vocação Sacerdotal


A vocação sacerdotal
A vocação sacerdotal é algo que não se pode explicar e nem se compreender totalmente, pois é um mistério de Deus na vida daqueles que são chamados e escolhidos á serem ministro de deus no sacerdócio de Jesus Cristo foi o próprio Jesus quem instituiu tão sublime ministério (na ultima ceia) e dando a seus apóstolos total autoridade em celebrar os mistérios de seu corpo e de seu sangue. Algumas pessoas perguntam: como é que surge a vocação ao sacerdócio? Mas é algo que não dá pra explicar, só pode-se dizer que é um chamado que Jesus fez. Outras pessoas perguntam: porque você escolheu este caminho? Mas não se escolhe ser sacerdote, mas sim Jesus, Ele mesmo diz: “Não fostes vos que me escolhestes, mas fui eu que te escolhi, e te destinei para ir a dar frutos, e para que o vosso fruto permaneça.” ( Jo, 15,16). O mesmo Jesus que chamou Pedro e seu irmão André, Tiago e João à beira do mar da Galiléia, continua chamando hoje jovens a deixarem tudo para segui-lo e trabalhar na vinha do Senhor. O chamado do Senhor vem como uma brasa no coração, que só como o passar do tempo se pode perceber que é a voz de Deus dizendo: vem filho meu, preciso de ti para trabalhar na minha messe e salvar almas, pois ela é grande e poucos são os operários. Podemos resumir a vida sacerdotal em duas palavras: AMOR e RENUNCIA. Pois pra se tornar sacerdote do Senhor e necessário amar Cristo e nossos irmãos, e renunciar a tudo e a si próprio. Que todos os chamados e escolhidos dê o seu sim como fez Maria, a Mãe e Mestra das vocações. “Pela ordenação sacerdotal, o ordenado se torna como criança que se joga com toda a confiança nos braços do Pai ainda que não o veja. Acredita e confia nele porque Jesus disse: Não tenhas medo.” (Cf. A ordem sacerdotal- Pe. Erneste N. Roman).
Fonte: V M