Radio Católica On-line
Homens a Luz de Deus.
Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !
2010/05/08
Vocação religiosa o exemplo de Maria
No terceiro domingo do mês de agosto, nós lembramos a vocação religiosa, isto é, a vocação daqueles e daquelas que se consagraram, através dos votos religiosos, a viver em comunidade, uma total consagração ao Senhor, segundo o carisma da respectiva Ordem ou Congregação Religiosa.
Por uma coincidência, no Brasil, a liturgia celebra neste terceiro domingo de agosto a Solenidade da Assunção de Maria, que em outros países continua sendo celebrada no feriado do dia 15 de agosto. Então, a nossa reflexão sobre a vocação religiosa se situa dentro de uma celebração mariana, que comemora precisamente o dogma mais recente da Igreja, proclamado em 1950, pelo Papa Pio XII, no qual ensina que Maria, a Mãe de Jesus, só pode estar com o seu Filho amado, já na glória do céu, em corpo glorioso.
Na verdade, podemos dizer que foi Maria a primeira a viver os votos religiosos, já que ela de fato tinha pensado num casamento josefino, isto é, “sem coabitarem”, como diz o Evangelho, sem a convivência conjugal, um verdadeiro voto de castidade. Ela de fato se tornou mãe, a partir da intervenção direta de Deus, que a escolheu para ser a mãe do Salvador, que viria ao mundo precisamente, para superar o abismo aberto pelo pecado e que se tornou a ponte que une a humanidade com Deus.
Maria, esta mulher extraordinária, instrumento indispensável para a vinda do Salvador do mundo, aparece na primeira leitura deste domingo como “o grande sinal que apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo de seus pés” (Apoc 12, 1).
De forma análoga, podemos dizer que os religiosos que, de fato vivem a sua consagração a Deus, com alegria e disponibilidade para a causa do Reino, são realmente um sinal na terra, que aponta para o infinito e para o transcendente.
Nós vivemos num mundo de consumo e de competição, onde vale o que se tem e o que se consegue aparentar, onde o próprio ser humano se torna objeto de conquista e de ostentação, falar em “voto de pobreza, castidade e obediência” é realmente fazer referência a uma realidade que aponta para a outra vida.
O nosso mundo não tem condições de compreender a alegria e a realização de uma mulher que está no convento e vive atrás de grades, por livre e espontânea vontade, unicamente para agradar ao Senhor, o noivo permanente de suas vidas e poder rezar pela Igreja e por sua obra de santificação no mundo inteiro.
O nosso mundo não consegue compreender um jovem que, aos vinte e poucos anos, faz a oferta de si mesmo à causa do Senhor, vivendo dentro de um Instituto Religioso, onde ele vai poder ser útil à Igreja e à causa da evangelização. Mais tarde, poderá ser ordenado sacerdote, e ser enviado a um país distante, onde trabalhará pelo Reino de Deus, enquanto os seus superiores assim o determinarem.
O nosso mundo tem dificuldades em compreender que uma pessoa estude quase vinte anos, para ser um profissional competente, nas mais diferentes áreas do ensino ou da pesquisa, para depois não ter carteira assinada, não ter seus próprios lucros ou ganhos, não ter sua própria poupança e economia. O voto de pobreza o faz dependente e submisso, não tendo nada pessoalmente, mas tudo está em nome da Ordem ou Congregação.
Graças a Deus, temos muitas vocações religiosas. Especialmente os novos Institutos, fundados no século XX, estão tendo muitas vocações, suas casas e seminários repletos de candidatos à vida religiosa. Rezemos para que todos eles sejam muito felizes.
Escrito por Dom Zeno
No terceiro domingo do mês ...
Caminhada Vocacional
Conhecer a Cristo
Ele é o amigo que os homens procuram.
Pe. Marcial Maciel, L.C.
Você percebeu as guerras que tantos homens travam por não conhecerem a Cristo? Tantos jovens envelhecidos prematuramente pelo vicio, com a alma dilacerada pela falta de sentido na vida, pelo engano, a frustração; as suas vidas perderam o horizonte. Por que eu vivo, e qual é o sentido de tudo isso? Não sabem a resposta? O passo ao suicídio chega a ser algo lógico e infelizmente muitos o dão.
E, no entanto, Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Oh! Se tivesse alguém que lhes mostrasse este caminho, que lhes sugerisse jovialmente que Ele é o amigo que buscam, o amigo que não engana nem defrauda, o amigo paciente, poderoso e bom, que sofre e se alegra com eles e por eles.... Verdadeiramente muitos jovens poderiam ser salvos e encontrariam a verdadeira felicidade.
Conheça as tuas qualidades
Nem todos têm vocação à vida consagrada. Deus chama aos que Ele quer. Pois bem, para ser sacerdote, religioso/a, ou consagrado/a, requerem-se algumas qualidades específicas. Assim como, se você quer ser piloto precisa ter a vista perfeita, certa altura e capacidade intelectual, da mesma forma para ser sacerdote você precisa ter certas qualidades.
As qualidades.
Se Deus te chama, Ele te dará as qualidades necessárias para ser sacerdote. Agora, você precisa saber se tem essas qualidades.
Por isso, converse com um sacerdote orientador vocacional e ele, depois de um período de seguimento e discernimento, vai te ajudar para ver se na realidade você possui essas qualidades.
Conheça um seminário
Falando da vocação
Quando na nossa vida cotidiana procuramos uma opção preferencial, normalmente nós jovens nos encontramos com um inconveniente; não sabemos para onde orientar nossa vida! E começamos a viver uma das crises mais fortes da vida, pois desta decisão dependerá nosso futuro imediato. Oferecem-nos uma gama de elementos que nos levam a distinguir as facilidades das opções do mundo os planos de estudos o interesse por algumas carreiras especialmente por aquelas que ajudem na realização humana; conforme a sociedade o necessita; mas o certo é que depois de finalizá-las ficamos com uma sensação de vazio; não nos levam a realização que esperávamos.
Por que isso acontece? A resposta é bem simples. O homem procura, por natureza, sua própria satisfação; mas esquecemos que o homem é um ser que crê, que está ligado a um ser supremo, a alguém a quem podemos chamar Deus, aqui não importa o credo, a condição social, ou o nível econômico. Esse alguém nos chama a compartilhar com ele a vida, mas se o que nos preocupa é a realização humana, logo então esse alguém fica eliminado de nossos projetos, queremo-nos realizar como profissionais. Mas como nós poderemos nos realizar humanamente, se estamos deixando de lado, um campo essencial da pessoa humana como é o espiritual o campo da fé?
Quando nos arriscamos a pensar, não somente no lado econômico na realização humana segundo os padrões materiais do mundo, mais também na minha felicidade, na minha realização como pessoa, aonde o que importa não é tanto o obter um bem material mais o descobrir o porquê da minha opção, realiza-me a mim e a outros junto comigo. Na verdade não sou só eu que obtenho benefícios da minha opção, mas também outros resultam beneficiados, é aí onde estamos entrando no âmbito do serviço, no âmbito da doação da pessoa mesma, no âmbito, já não de uma carreira, mais de uma Vocação. Exatamente esta é a parte onde nós lhe damos o verdadeiro lugar a esse alguém do qual falamos faz um momento e o convidamos a ser parte da nossa realização, é aqui onde nos descobrimos como pessoas. A vocação nos ajuda na realização pessoal desde a perspectiva da fé.
Finalmente nos perguntamos: O que é a vocação? A vocação é um chamado desse alguém (Deus) que nos convida a transformar nossa vida, poderíamos dizer que é um diálogo com Deus, mas é um diálogo com uma chave, o amor. E um diálogo amoroso com Deus. Este diálogo nos interpela, nos incita a dar uma resposta; e essa resposta deve ser dada numa situação e contexto histórico concreto. Deus nos chama assim como nós somos, nos pede participar de algo; e esse algo se constituirá na nossa missão, a resposta dada é parte da missão que todos temos que realizar, não como obrigação como um agradecimento a voz amorosa de Deus.
Participe num retiro ou convivência vocacional!
Ninguém ama aquilo que não conhece. Os retiros ou convivências vocacionais são meios muito bons para conhecer de perto e com mais detalhe o que é e o que implica uma possível vocação. Recomendamos a que você participe de algum retiro onde poderá conviver com outros jovens da tua idade com as mesmas interrogantes que você, conversar com Deus e pedir a ajuda de algum sacerdote para esclarecer as tuas dúvidas.
Fonte: www.vocacao.org
Catequese do Papa: a missão de santificar dos sacerdotes
Intervenção na audiência geral de hoje
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Publicamos, a seguir, o discurso pronunciado nesta quarta-feira por Bento XVI por ocasião da audiência geral na Praça São Pedro, dedicada à missão confiada aos sacerdotes de santificar os homens.
* * *
Caros irmãos e irmãs,
Domingo passado, durante minha visita pastoral a Turim, tive a alegria de me deter em oração diante do Santo Sudário, unindo-me aos outros dois milhões de peregrinos que durante a solene ostensão destes dias, puderam contemplá-lo. Aquele tecido sagrado pode nutrir e alimentar a fé e revigorar a piedade cristã, pois nos leva a nos voltar ao Rosto de Cristo, ao Corpo de Cristo crucificado e ressuscitado, a contemplar o Mistério Pascal, centro da mensagem cristã. Do Corpo de Cristo ressuscitado, vivo e atuante na história (cf. Rm 12, 5), nós, caros irmãos, somos membros vivos, cada um com sua própria função, associada à tarefa que o Senhor nos quis confiar. Hoje, nesta catequese, eu gostaria de retornar às tarefas específicas dos sacerdotes, que, segundo a tradição, são essencialmente três: ensinar, santificar e governar. Em uma das catequeses precedentes, falei sobre a primeira destas missões: o ensinamento, o anúncio da verdade, o anúncio do Deus revelado em Cristo, ou - com outras palavras - a missão profética de colocar o homem em contato com a verdade, de ajudá-lo a conhecer o essencial de sua vida e da própria realidade.
Hoje, eu gostaria de refletir brevemente convosco sobre a tarefa do sacerdote, a de santificar os homens, principalmente mediante os sacramentos e o culto da Igreja. Aqui devemos, primeiramente, perguntar-nos: o que quer dizer a palavra "santo"? A resposta é: "santo" é a qualidade específica do ser de Deus, isto é, absoluta verdade, bondade, amor, beleza - pura luz. Santificar uma pessoa significa, portanto, colocá-la em contato com Deus, com este seu ser luz, verdade e amor puro. É óbvio que tal contato transforma a pessoa. Na antiguidade, havia esta firme convicção: ninguém poderia ver Deus sem morrer imediatamente.
A força de verdade e de luz é grande demais! Se o homem toca esta torrente absoluta, não sobrevive. Por outro lado, havia também a convicção: sem um mínimo contato com Deus, o homem não pode viver. Verdade, bondade, amor são condições fundamentais de seu ser. A questão é: como pode o homem encontrar aquele contato com Deus, que é fundamental, sem morrer esmagado pela grandeza do ser divino? A fé da Igreja nos diz que o próprio Deus estabelece este contato, que nos transforma paulatinamente em verdadeiras imagens de Deus.
Assim, voltamos à tarefa do sacerdote de "santificar". Nenhum homem, por si mesmo, a partir de suas próprias forças, pode colocar alguém em contato com Deus. Parte essencial da graça do sacerdócio é o dom, a tarefa de criar este contato. Este se realiza no anúncio da Palavra de Deus, na qual sua luz vem ao nosso encontro. Realiza-se de um modo particularmente denso nos sacramentos. A imersão no mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo se dá no Batismo, é reforçada na Confirmação e na Reconciliação, é alimentada pela Eucaristia, sacramento que edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, tmplo do Espírito Santo (cf. João Paulo II, Pastores gregis, n. 32). É, portanto, o próprio Cristo quem nos torna santos, isto é, nos lança na esfera de Deus. Mas, como ato de sua infinita misericórdia, chama alguns a "estar" com Ele (cf. Mc 3, 14) e se tornar, mediante o sacramento da Ordem, a despeito da pobreza humana, participantes de seu próprio sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores de seus mistérios, "pontos de encontro" com Ele, de sua mediação entre Deus e os homens e entre os homens e Deus (cf. n. 5).
Nas últimas décadas, houve tendências orientadas a fazer prevalecer, na identidade e na missão do sacerdote, a dimensão do anúncio, separando-a daquela da santificação; com frequência se afirmou que seria necessário superar uma pastoral meramente sacramental.
Mas é possível exercitar de maneira autêntica o ministério sacerdotal "superando" a pastoral sacramental? O que significa propriamente para os sacerdotes evangelizar, no que consiste a assim chamada primazia do anúncio? Como reportam os Evangelhos, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é o objetivo de sua missão; este anúncio, porém, não é apenas um "discurso", mas inclui, ao mesmo tempo, seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus realiza indicam que o Reino vem como realidade presente e que coincide no fim com sua própria pessoa, com sua doação de si, como pudemos sentir hoje na leitura do Evangelho.
E o mesmo vale para o ministro ordenado: ele, o sacerdote, representa Cristo, o enviado do Pai, dá continuidade à sua missão, mediante a "palavra" e o "sacramento", nesta totalidade de corpo e alma, símbolo e palavra. Santo Agostinho, em uma carta ao bispo honorável de Thiabe, referindo-se aos sacerdotes, afirma: "Que façam, portanto, os servos de Cristo, os ministros de sua palavra e de seu sacramento, aquilo que ele ordenou ou permitiu" (Epístola 228, 2).
É necessário refletir se, em alguns casos, a subvalorização do exercício do munus sanctificandi não teria se refletido num enfraquecimento dessa mesma fé na eficácia salvífica dos sacramentos e, em definitivo, na atuação atual de Cristo e de seu Espírito através da Igreja, no mundo.
Quem, assim, salva o mundo e o homem? A única resposta que podemos oferecer é: Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado. E onde se atualiza o mistério da morte e ressurreição de Cristo, que conduz à salvação? Na ação de Cristo mediante a Igreja, em particular no sacramento da Eucaristia, que torna presente a oferenda sacrifical redentora do Filho de Deus, no sacramento da Reconciliação, no qual da morte do pecado volta-se para a vida nova, e qualquer outro ato sacramental de santificação. Por isso, é importante promover uma catequese adequada, a fim de auxiliar os fiéis a compreenderem o valor dos sacramentos, mas é também necessário, a exemplo de Santo Cura d'Ars, sermos disponíveis, generosos e atentos no doar aos irmãos os tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos, e das quais não somos "proprietários", mas tutores e administradores. Principalmente em nosso tempo, no qual, por um lado, parece que a fé está se enfraquecendo e, por outro, emerge uma necessidade profunda e uma busca difundida por espiritualidade, é necessário que cada sacerdote lembre que, em sua missão, o anúncio missionário, o culto e os sacramentos nunca estão separados, e que promova uma sã pastoral sacramental, a fim de formar o povo de Deus e ajudá-lo a viver em plenitude a liturgia, o culto da Igreja, os sacramentos como dons gratuitos de Deus, atos livres e eficazes de sua ação de salvação.
Como lembrei na santa Missa Crismal deste ano: "No centro do culto da Igreja está o Sacramento. Sacramento significa que, em primeiro lugar, não somos nós, homens, que realizamos algo, mas Deus que, em antecipação, vem ao nosso encontro com seu agir, e nos conduz em direção a Si. (...) Deus nos toca por meio de realidades materiais (...) que Ele coloca a seu serviço, tornando-as instrumentos do encontro entre nós e Ele" (Missa Crismal, 1º de abril de 2010). A verdade segundo a qual no sacramento "não somos nós homens que realizamos algo" remete, e deve remeter, também à consciência sacerdotal: cada presbítero sabe muito bem ser instrumento necessário ao agir salvífico de Deus, mas também sabe ser sempre um instrumento. Tal consciência deve torná-los humildes e generosos na administração dos sacramentos, no respeito às normas canônicas, mas também na profunda convicção que sua própria missão é fazer com que todos os homens, unidos em Cristo, possam oferecer-se a Deus como hóstia viva e santa a Ele agradável (cf. Rm 12, 1).
Exemplar, a respeito da primazia do munus sanctificandi e da correta interpretação da pastoral sacramental é, uma vez mais, São João Maria Vianney, o qual, certo dia, frente a um homem que dizia não ter fé e que desejava discutir com ele, respondeu: "Oh! Meu amigo, não sei raciocinar... mas se precisares de alguma consolação, entre ali... (apontando para o confessionário) e acredite, muitos outros entraram antes de ti e não tiveram de arrepender-se" (cf. Monnin A., Il Curato d'Ars. Vita di Gian-Battista-Maria Vianney, vol. I, Turín 1870, p. 163-164).
Caros sacerdotes, vivei com alegria e com amor a liturgia e o culto: é ação que o Ressuscitado cumpre na potência do Espírito Santo em nós e por nós. Eu gostaria de renovar o convite feito recentemente a "voltar ao confessionário, como local nos qual se celebra o sacramento da Reconciliação, mas também como lugar a ser ‘habitado' com mais frequência, para que o fiel possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, junto à presença real na Eucaristia" (Discurso na Penitenciaria Apostólica, 11 de março de 2010). E gostaria também de convidar cada sacerdote a celebrar e viver com intensidade a Eucaristia, que está no coração da missão de santificar; é Jesus que deseja estar conosco, viver em nós, doar-se a si mesmo, mostrar-nos a infinita misericórdia e ternura de Deus; é o único sacrifício de amor de Cristo que se faz presente, se realiza entre nós e alcança até o trono da Graça, na presença de Deus, abraça a humanidade e nos une a Ele (cf. Discurso ao clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). E o sacerdote é chamado a ser ministro deste grande Mistério, no Sacramento e na vida. Se "a grande tradição eclesial desvinculou com razão a eficácia sacramental da situação existencial concreta do sacerdote, de modo que assim as legítimas expectativas dos fiéis são salvaguardadas", isto não implica na dispensa "da necessária, antes indispensável tensão em direção à perfeição moral, que deve habitar todo coração autenticamente sacerdotal": há também um exemplo de fé e de testemunho de santidade, que o Povo de Deus espera justamente de seus Pastores (cf. Bento XVI, Discurso à Plenária da Congregação para o Clero, 16 de março de 2009). E é na celebração dos Santos Mistérios que o sacerdote encontra a raiz de sua santificação.
Caros amigos, sede cientes do grande dom que os sacerdotes representam para a Igreja e para o mundo; através de seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a se fazer presente, a santificar. Sabei agradecer a Deus, e sobretudo, permanecei próximos de vossos sacerdotes com a oração e o apoio, especialmente nos momentos de dificuldade, para que sejam cada vez mais pastores segundo o coração de Deus. Obrigado.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:
Os sacerdotes são um grande dom para a Igreja e para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a tornar-se presente e a santificar. Como o Santo Cura d'Ars, sejam generosos na distribuição dos tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos. Uma saudação cordial aos grupos do Brasil, designadamente aos fiéis do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Botucatu, e demais peregrinos de língua portuguesa. Com a Virgem Maria, neste mês que lhe é especialmente dedicado, imploremos o Espírito de Amor sobre todos os sacerdotes para que sejam pastores segundo o coração de Deus. Sobre vós, vossas famílias e paróquias, desça a minha Bênção. Aproveito este momento para enviar uma saudação particular ao querido povo de Portugal, país com uma história muito ligada ao Papa, bispo de Roma. Para lá partirei na próxima terça-feira, aceitando o convite que me foi feito pelo Senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa. Sinto-me muito feliz por poder visitar as «Terras de Santa Maria», no décimo aniversário da beatificação dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto. A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto!
[Tradução: Paulo Marcelo de Avellar Silva.
©Libreria Editrice Vaticana]
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Publicamos, a seguir, o discurso pronunciado nesta quarta-feira por Bento XVI por ocasião da audiência geral na Praça São Pedro, dedicada à missão confiada aos sacerdotes de santificar os homens.
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Caros irmãos e irmãs,
Domingo passado, durante minha visita pastoral a Turim, tive a alegria de me deter em oração diante do Santo Sudário, unindo-me aos outros dois milhões de peregrinos que durante a solene ostensão destes dias, puderam contemplá-lo. Aquele tecido sagrado pode nutrir e alimentar a fé e revigorar a piedade cristã, pois nos leva a nos voltar ao Rosto de Cristo, ao Corpo de Cristo crucificado e ressuscitado, a contemplar o Mistério Pascal, centro da mensagem cristã. Do Corpo de Cristo ressuscitado, vivo e atuante na história (cf. Rm 12, 5), nós, caros irmãos, somos membros vivos, cada um com sua própria função, associada à tarefa que o Senhor nos quis confiar. Hoje, nesta catequese, eu gostaria de retornar às tarefas específicas dos sacerdotes, que, segundo a tradição, são essencialmente três: ensinar, santificar e governar. Em uma das catequeses precedentes, falei sobre a primeira destas missões: o ensinamento, o anúncio da verdade, o anúncio do Deus revelado em Cristo, ou - com outras palavras - a missão profética de colocar o homem em contato com a verdade, de ajudá-lo a conhecer o essencial de sua vida e da própria realidade.
Hoje, eu gostaria de refletir brevemente convosco sobre a tarefa do sacerdote, a de santificar os homens, principalmente mediante os sacramentos e o culto da Igreja. Aqui devemos, primeiramente, perguntar-nos: o que quer dizer a palavra "santo"? A resposta é: "santo" é a qualidade específica do ser de Deus, isto é, absoluta verdade, bondade, amor, beleza - pura luz. Santificar uma pessoa significa, portanto, colocá-la em contato com Deus, com este seu ser luz, verdade e amor puro. É óbvio que tal contato transforma a pessoa. Na antiguidade, havia esta firme convicção: ninguém poderia ver Deus sem morrer imediatamente.
A força de verdade e de luz é grande demais! Se o homem toca esta torrente absoluta, não sobrevive. Por outro lado, havia também a convicção: sem um mínimo contato com Deus, o homem não pode viver. Verdade, bondade, amor são condições fundamentais de seu ser. A questão é: como pode o homem encontrar aquele contato com Deus, que é fundamental, sem morrer esmagado pela grandeza do ser divino? A fé da Igreja nos diz que o próprio Deus estabelece este contato, que nos transforma paulatinamente em verdadeiras imagens de Deus.
Assim, voltamos à tarefa do sacerdote de "santificar". Nenhum homem, por si mesmo, a partir de suas próprias forças, pode colocar alguém em contato com Deus. Parte essencial da graça do sacerdócio é o dom, a tarefa de criar este contato. Este se realiza no anúncio da Palavra de Deus, na qual sua luz vem ao nosso encontro. Realiza-se de um modo particularmente denso nos sacramentos. A imersão no mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo se dá no Batismo, é reforçada na Confirmação e na Reconciliação, é alimentada pela Eucaristia, sacramento que edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, tmplo do Espírito Santo (cf. João Paulo II, Pastores gregis, n. 32). É, portanto, o próprio Cristo quem nos torna santos, isto é, nos lança na esfera de Deus. Mas, como ato de sua infinita misericórdia, chama alguns a "estar" com Ele (cf. Mc 3, 14) e se tornar, mediante o sacramento da Ordem, a despeito da pobreza humana, participantes de seu próprio sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores de seus mistérios, "pontos de encontro" com Ele, de sua mediação entre Deus e os homens e entre os homens e Deus (cf. n. 5).
Nas últimas décadas, houve tendências orientadas a fazer prevalecer, na identidade e na missão do sacerdote, a dimensão do anúncio, separando-a daquela da santificação; com frequência se afirmou que seria necessário superar uma pastoral meramente sacramental.
Mas é possível exercitar de maneira autêntica o ministério sacerdotal "superando" a pastoral sacramental? O que significa propriamente para os sacerdotes evangelizar, no que consiste a assim chamada primazia do anúncio? Como reportam os Evangelhos, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é o objetivo de sua missão; este anúncio, porém, não é apenas um "discurso", mas inclui, ao mesmo tempo, seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus realiza indicam que o Reino vem como realidade presente e que coincide no fim com sua própria pessoa, com sua doação de si, como pudemos sentir hoje na leitura do Evangelho.
E o mesmo vale para o ministro ordenado: ele, o sacerdote, representa Cristo, o enviado do Pai, dá continuidade à sua missão, mediante a "palavra" e o "sacramento", nesta totalidade de corpo e alma, símbolo e palavra. Santo Agostinho, em uma carta ao bispo honorável de Thiabe, referindo-se aos sacerdotes, afirma: "Que façam, portanto, os servos de Cristo, os ministros de sua palavra e de seu sacramento, aquilo que ele ordenou ou permitiu" (Epístola 228, 2).
É necessário refletir se, em alguns casos, a subvalorização do exercício do munus sanctificandi não teria se refletido num enfraquecimento dessa mesma fé na eficácia salvífica dos sacramentos e, em definitivo, na atuação atual de Cristo e de seu Espírito através da Igreja, no mundo.
Quem, assim, salva o mundo e o homem? A única resposta que podemos oferecer é: Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado. E onde se atualiza o mistério da morte e ressurreição de Cristo, que conduz à salvação? Na ação de Cristo mediante a Igreja, em particular no sacramento da Eucaristia, que torna presente a oferenda sacrifical redentora do Filho de Deus, no sacramento da Reconciliação, no qual da morte do pecado volta-se para a vida nova, e qualquer outro ato sacramental de santificação. Por isso, é importante promover uma catequese adequada, a fim de auxiliar os fiéis a compreenderem o valor dos sacramentos, mas é também necessário, a exemplo de Santo Cura d'Ars, sermos disponíveis, generosos e atentos no doar aos irmãos os tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos, e das quais não somos "proprietários", mas tutores e administradores. Principalmente em nosso tempo, no qual, por um lado, parece que a fé está se enfraquecendo e, por outro, emerge uma necessidade profunda e uma busca difundida por espiritualidade, é necessário que cada sacerdote lembre que, em sua missão, o anúncio missionário, o culto e os sacramentos nunca estão separados, e que promova uma sã pastoral sacramental, a fim de formar o povo de Deus e ajudá-lo a viver em plenitude a liturgia, o culto da Igreja, os sacramentos como dons gratuitos de Deus, atos livres e eficazes de sua ação de salvação.
Como lembrei na santa Missa Crismal deste ano: "No centro do culto da Igreja está o Sacramento. Sacramento significa que, em primeiro lugar, não somos nós, homens, que realizamos algo, mas Deus que, em antecipação, vem ao nosso encontro com seu agir, e nos conduz em direção a Si. (...) Deus nos toca por meio de realidades materiais (...) que Ele coloca a seu serviço, tornando-as instrumentos do encontro entre nós e Ele" (Missa Crismal, 1º de abril de 2010). A verdade segundo a qual no sacramento "não somos nós homens que realizamos algo" remete, e deve remeter, também à consciência sacerdotal: cada presbítero sabe muito bem ser instrumento necessário ao agir salvífico de Deus, mas também sabe ser sempre um instrumento. Tal consciência deve torná-los humildes e generosos na administração dos sacramentos, no respeito às normas canônicas, mas também na profunda convicção que sua própria missão é fazer com que todos os homens, unidos em Cristo, possam oferecer-se a Deus como hóstia viva e santa a Ele agradável (cf. Rm 12, 1).
Exemplar, a respeito da primazia do munus sanctificandi e da correta interpretação da pastoral sacramental é, uma vez mais, São João Maria Vianney, o qual, certo dia, frente a um homem que dizia não ter fé e que desejava discutir com ele, respondeu: "Oh! Meu amigo, não sei raciocinar... mas se precisares de alguma consolação, entre ali... (apontando para o confessionário) e acredite, muitos outros entraram antes de ti e não tiveram de arrepender-se" (cf. Monnin A., Il Curato d'Ars. Vita di Gian-Battista-Maria Vianney, vol. I, Turín 1870, p. 163-164).
Caros sacerdotes, vivei com alegria e com amor a liturgia e o culto: é ação que o Ressuscitado cumpre na potência do Espírito Santo em nós e por nós. Eu gostaria de renovar o convite feito recentemente a "voltar ao confessionário, como local nos qual se celebra o sacramento da Reconciliação, mas também como lugar a ser ‘habitado' com mais frequência, para que o fiel possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, junto à presença real na Eucaristia" (Discurso na Penitenciaria Apostólica, 11 de março de 2010). E gostaria também de convidar cada sacerdote a celebrar e viver com intensidade a Eucaristia, que está no coração da missão de santificar; é Jesus que deseja estar conosco, viver em nós, doar-se a si mesmo, mostrar-nos a infinita misericórdia e ternura de Deus; é o único sacrifício de amor de Cristo que se faz presente, se realiza entre nós e alcança até o trono da Graça, na presença de Deus, abraça a humanidade e nos une a Ele (cf. Discurso ao clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). E o sacerdote é chamado a ser ministro deste grande Mistério, no Sacramento e na vida. Se "a grande tradição eclesial desvinculou com razão a eficácia sacramental da situação existencial concreta do sacerdote, de modo que assim as legítimas expectativas dos fiéis são salvaguardadas", isto não implica na dispensa "da necessária, antes indispensável tensão em direção à perfeição moral, que deve habitar todo coração autenticamente sacerdotal": há também um exemplo de fé e de testemunho de santidade, que o Povo de Deus espera justamente de seus Pastores (cf. Bento XVI, Discurso à Plenária da Congregação para o Clero, 16 de março de 2009). E é na celebração dos Santos Mistérios que o sacerdote encontra a raiz de sua santificação.
Caros amigos, sede cientes do grande dom que os sacerdotes representam para a Igreja e para o mundo; através de seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a se fazer presente, a santificar. Sabei agradecer a Deus, e sobretudo, permanecei próximos de vossos sacerdotes com a oração e o apoio, especialmente nos momentos de dificuldade, para que sejam cada vez mais pastores segundo o coração de Deus. Obrigado.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:
Os sacerdotes são um grande dom para a Igreja e para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a tornar-se presente e a santificar. Como o Santo Cura d'Ars, sejam generosos na distribuição dos tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos. Uma saudação cordial aos grupos do Brasil, designadamente aos fiéis do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Botucatu, e demais peregrinos de língua portuguesa. Com a Virgem Maria, neste mês que lhe é especialmente dedicado, imploremos o Espírito de Amor sobre todos os sacerdotes para que sejam pastores segundo o coração de Deus. Sobre vós, vossas famílias e paróquias, desça a minha Bênção. Aproveito este momento para enviar uma saudação particular ao querido povo de Portugal, país com uma história muito ligada ao Papa, bispo de Roma. Para lá partirei na próxima terça-feira, aceitando o convite que me foi feito pelo Senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa. Sinto-me muito feliz por poder visitar as «Terras de Santa Maria», no décimo aniversário da beatificação dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto. A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto!
[Tradução: Paulo Marcelo de Avellar Silva.
©Libreria Editrice Vaticana]
Carta Pastoral aos Católicos da Irlânda
1. Queridos irmãos e irmãs da Igreja na Irlanda, eu escrevo com grande preocupação como Pastor da Igreja universal. Como você, eu estou profundamente chocado com a notícia que veio à luz sobre o abuso de crianças vulneráveis e jovens, membros da Igreja em Portugal, sobretudo aos sacerdotes e religiosos. Partilho a ansiedade ea sensação de traição que muitos de vocês têm experimentado at'll descobrir os atos pecaminosos e criminal ea forma em que as autoridades enfrentam a Igreja na Irlanda.
Como vocês sabem, recentemente convidou os bispos da Irlanda, em uma reunião em Roma um relatório sobre como abordou estas questões no passado, e indicar que medidas foram tomadas para resolver esta grave situação. Junto com alguns altos prelados da Cúria Romana ouvi o que eles tinham a dizer, tanto individualmente como em grupos, propondo uma análise dos erros cometidos e as lições aprendidas, e uma descrição de programas e procedimentos em andamento. Nossas discussões foram francas e construtivas. Espero que, como resultado, os bispos estão agora numa posição mais forte para continuar a tarefa de reparar as injustiças do passado e lidar com questões mais amplas relacionadas ao abuso de criança de uma forma coerente com as exigências da justiça e as lições o Evangelho.
2. Pela minha parte, tendo em conta a gravidade do crime ea resposta muitas vezes inadequadas que têm recebido das autoridades eclesiásticas do seu país, eu decidi escrever esta carta para exprimir a minha proximidade com você, e propor uma forma cura, renovação e reparação.
De fato, como indicado por muitas pessoas em seu país, o problema do abuso infantil não é específico para a Irlanda e da Igreja. No entanto, como você tem a tarefa à frente é para resolver o problema de abuso que ocorrem dentro da comunidade católica na Irlanda e para fazê-lo com coragem e determinação. Que ninguém imagine que esta triste situação será resolvida em breve. medidas positivas foram tomadas, mas ainda há muito a ser feito. É preciso perseverança e oração, com grande confiança no poder de cura da graça de Deus.
Ao mesmo tempo, também tenho de expressar a minha convicção de que a recuperação desta ferida dolorosa, a Igreja na Irlanda deve ser reconhecido pela primeira vez diante de Deus e outros pecados graves cometidos contra crianças indefesas. Este reconhecimento, juntamente com um sincero arrependimento pelos danos causados às vítimas e suas famílias, deve liderar um esforço concertado para assegurar que os futuros filhos estão protegidos contra tais crimes.
Como você enfrentar os desafios deste momento, peço que se lembrem do rock "a partir da qual foram cortados" (É 51, 1). Refletir sobre a contribuição generosa e, muitas vezes heróico que têm dado à Igreja e as gerações da humanidade dos homens e mulheres irlandeses e faça uma reflexão impulso honesto exame de consciência pessoal e uma condenação para o programa de renovação eclesial e individual. Eu rezo para que a Igreja na Irlanda, assistida pela intercessão dos santos numerosos e purificada pela penitência, superar esta crise e voltar a ser novamente um testemunho convincente da verdade e da bondade de Deus Todo-Poderoso, que surgiram em Filho Jesus Cristo.
3. Ao longo da história, os católicos irlandeses têm provado, tanto em casa como no exterior, uma força motriz para o bem. Celtic monges como São Columba, a difusão do Evangelho na Europa Ocidental e lançou as bases da cultura monástica medieval. Os ideais de santidade, de caridade e sabedoria transcendente, que nasce da fé cristã, foram incorporados na construção de igrejas e mosteiros, ea criação de escolas, bibliotecas e hospitais, o que contribuiu para fortalecer a identidade espiritual da Europa. Estes missionários irlandeses devido a sua força e inspiração para a firmeza de sua fé, de uma liderança forte e retidão moral da Igreja em sua terra natal.
A partir do século XVI, os católicos na Irlanda experimentou um longo período de perseguição, durante a qual lutaram para manter viva a chama da fé em circunstâncias difíceis e perigosas. St. Oliver Plunkett, martirizado arcebispo de Armagh, é o exemplo mais famoso de uma série de bravos filhos e filhas da Irlanda dispostos a dar sua vida por fidelidade ao Evangelho. Após a Emancipação Católica, a Igreja estava livre para voltar a crescer. Famílias e de muitas pessoas que mantiveram a fé no momento da prova tornou-se a faísca de um grande reavivamento do catolicismo irlandês no século XIX. A escola da Igreja, especialmente os pobres, que foi um contributo importante para a sociedade irlandesa. Entre os frutos de novas escolas católicas aumentou vocações gerações de missionários, padres, irmãs e irmãos deixaram sua pátria para servir em todos os continentes, especialmente no mundo de fala Inglês. Foi notável não só pela vastidão de seus números, mas também pela força da sua fé ea força do seu compromisso pastoral. Muitas dioceses, sobretudo na África, América e Austrália, têm beneficiado da presença do clero irlandês e religioso, que pregava o evangelho e fundou igrejas, escolas e universidades, clínicas e hospitais aberto tanto para os católicos e os do resto da sociedade , com especial atenção às necessidades dos pobres.
Em quase todas as famílias irlandesas tem sido sempre uma pessoa, um filho ou filha, um tio ou tia que deu sua vida à Igreja. Com razão, as famílias irlandeses têm um grande respeito e afeto de seus entes queridos que dedicaram suas vidas a Cristo, partilhando o dom da fé com os outros e levar a fé em prática com um serviço de amor a Deus e ao próximo.
4. Nas últimas décadas, no entanto, a Igreja em seu país teve de enfrentar novos desafios e graves para a fé, devido à rápida transformação e da secularização da sociedade irlandesa. A mudança social tem sido muito rápido e muitas vezes tem um impacto negativo sobre o tradicional apoio dos católicos na educação e valores. Eles também eram frequentemente negligenciado prática sacramental e devocional que o apoio da fé e são capazes de crescer e confissão freqüente, a oração diária e retiros anuais. Ele também foi significativa nesse período a tendência, até mesmo por sacerdotes e religiosos, a adotar formas de pensar e ver as realidades seculares, sem referência suficiente para o Evangelho. O programa de renovação proposto pelo Concílio Vaticano II foi, por vezes, incompreendido e também à luz das profundas mudanças sociais que estavam ocorrendo, não foi fácil discernir a melhor maneira de fazê-lo. Em particular, houve uma tendência, motivada por boas intenções, mas errado, para evitar abordagens criminosas situação canonicamente irregular. Neste contexto geral, devemos tentar compreender o problema desconcertante de abuso sexual infantil, o que contribuiu muito para o enfraquecimento da fé e da falta de respeito para a Igreja e seus ensinamentos.
Só por examinar cuidadosamente os diversos fatores que levaram à atual crise é possível fazer um diagnóstico claro sobre as causas e encontrar soluções. De fato, entre os fatores que contribuíram para isso, podemos enumerar: os procedimentos inadequados para determinação da aptidão dos candidatos para o sacerdócio ea vida religiosa, a insuficiência humana, moral, intelectual e espiritual seminários e noviciado, uma tendência na sociedade incentivar o clero e outras figuras de autoridade e uma preocupação descabida para o bom nome da Igreja e para evitar escândalos, o que resultou na falta de aplicação das sanções canónicas em vigor ea falta de protecção da dignidade de cada pessoa . Devemos agir com urgência para combater esses fatores, que têm tido consequências tão trágicas para a vida das vítimas e suas famílias e têm obscurecido a luz do Evangelho, pois não tinha conseguido até mesmo séculos de perseguição.
5. Em diversas ocasiões, desde a minha eleição à Sé de Pedro, encontrei-me com as vítimas de abuso sexual e estou disposto a fazê-lo no futuro. Falei com eles, ouvir suas histórias, eu achei seu sofrimento, eu rezava com eles e para eles. Mais cedo no meu pontificado, preocupado em resolver este problema, pediu aos bispos da Irlanda, durante a visita "ad Limina" 2006 ", estabelecer a verdade do que aconteceu no passado, tomar todas as medidas necessárias para evitar que se repita em o futuro, para garantir o pleno respeito dos princípios da justiça e, acima de tudo, a cura para as vítimas e todos os afetados por esses crimes hediondos "(Discurso aos bispos da Irlanda, 28 de outubro de 2006: L'Osservatore Romano, edição em língua espanhola, 03 de novembro de 2006, p. 3).
Nesta carta, exorto todos vós como povo de Deus, na Irlanda, para refletir sobre as feridas no corpo de Cristo, sobre as medidas necessárias, às vezes dolorosas, para vender e cura, ea necessidade de unidade, da caridade e da ajuda mútua no longo processo de recuperação e renovação da igreja. Dirijo-me agora com as palavras que vêm do meu coração, e eu quero falar com cada um de vós e todos vós, como irmãos e irmãs no Senhor.
6.Vítimas de abuso e suas famílias
Você já sofreu muito e eu estou realmente triste. Eu sei que nada pode apagar o mal que sofreram. Sua confiança foi traída e sua dignidade violada. Muitos tiveram que quando você teve a coragem de falar sobre o que tinha acontecido com você, ninguém queria ouvir. Aqueles que sofreram abuso em escolas residenciais devem ter sentido que não havia nenhuma maneira fora de seus sofrimentos. É compreensível que seja difícil perdoar ou se reconciliou com a Igreja. Em seu nome, expressar abertamente vergonha e remorso que todos nós sentimos. Ao mesmo tempo, peço-lhe para não perder a esperança. Em comunhão com a Igreja é onde encontramos a pessoa de Jesus Cristo, que era ele mesmo uma vítima da injustiça e do pecado. Como você, ainda carrega as feridas de seu sofrimento injusto. Ele entende a profundidade do seu sofrimento ea persistência dos seus efeitos sobre sua vida e seus relacionamentos com outras pessoas, incluindo sua relação com a Igreja. Sei que alguns de você achar que é difícil mesmo entrar numa igreja, depois do que aconteceu. No entanto, as mesmas feridas de Cristo, transformados pelo seu sofrimento redentor, são os instrumentos que tenham quebrado o poder do mal e que renascem para a vida e esperança. Acredito firmemente no poder de cura do amor sacrificial, mesmo na mais escura e sem esperança, que traz a libertação ea promessa de um novo começo.
Ao falar para você como pastor, preocupado com o bem-estar de todos os filhos de Deus, eu humildemente pedir-lhe para reflectir sobre o que eu disse. Rezo para que se aproximar mais de Cristo e participar na vida da Igreja, uma Igreja purificada pela penitência e na caridade pastoral renovada re-descobrir que é infinito amor de Cristo por cada um de vocês. Tenho certeza que desta forma você será capaz de encontrar a reconciliação, cura interior profundo e de paz.
7.Sacerdotes e religiosos que abusaram de crianças
Você traiu a confiança depositada em você por pais jovens e inocentes. Você deve responder diante de Deus Todo-Poderoso e devidamente constituída tribunais. Você perdeu a estima do povo da Irlanda e da vergonha e desgraça no elenco seu irmão sacerdotes e religiosos. Aqueles que são sacerdotes violaram a santidade do sacramento da Ordem, na qual Cristo está presente em nós e em nossas ações. Além dos imensos prejuízos causados às vítimas, houve enormes prejuízos à Igreja e na percepção pública do sacerdócio e vida religiosa.
Exorto-vos a examinar sua consciência, a assumir a responsabilidade pelos pecados que cometeram e para expressar sua tristeza com humildade. O arrependimento sincero abre as portas para o perdão de Deus e da graça de alteração verdade. Você deve tentar expiar suas ações pessoalmente, oferecendo orações e penitências para quem tem ofendido. O sacrifício redentor de Cristo tem o poder de perdoar até mesmo o mais grave dos pecados e trazer o bem dos mais terríveis males. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus nos chama para dar conta de nossas ações, sem esconder nada. Abertamente admitir sua culpa, e se curvar às exigências da justiça, mas não desespero da misericórdia de Deus.
8.Pais
Você tem sido profundamente chocado ao saber dos terríveis acontecimentos que aconteceram no que deveria ter sido um ambiente mais seguro para todos. No mundo de hoje não é fácil construir uma casa e criar os filhos. Eles merecem a crescer em um ambiente seguro com cuidado e amor, com um forte senso de identidade e valor. Eles têm o direito de ser educadas nos autênticos valores morais enraizados na dignidade da pessoa humana, para desenhar sobre a verdade da nossa fé católica e aprender modos de comportamento e ação que levará a auto-estima saudável e felicidade duradoura. Esta tarefa nobre mas desafiador é confiada em primeiro lugar a você, seus pais. Convido-vos a jogar o seu papel para assegurar que as crianças os melhores cuidados possíveis, tanto em casa como na sociedade em geral, enquanto a Igreja, por sua vez, continua a aplicar as medidas adoptadas nos últimos anos para proteger os jovens paróquia e ambientes escolares. Garanto-vos que estou perto de você e eu ofereço o meu apoio para suas orações, eles estão cumprindo as responsabilidades importantes
9.Crianças e jovens da Irlanda
Dirijo uma palavra especial de encorajamento. Sua experiência da Igreja é muito diferente de seus pais e avós. O mundo mudou muito desde que eles tinham sua idade. No entanto, todas as pessoas em cada geração, são chamados a seguir o mesmo caminho na vida, independentemente das circunstâncias. Estamos todos indignados com os pecados e as faltas de alguns membros da Igreja, especialmente os que foram eleitos para liderar e servir as pessoas, especialmente jovens. Mas na Igreja onde você vai encontrar Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Hb 13, 8). Ele te ama e deu a Si mesmo por você na cruz. Procure um relacionamento pessoal com ele na comunhão da sua Igreja, porque ele nunca trairia sua confiança. Só Ele pode satisfazer os seus mais profundos anseios e dar pleno sentido à sua vida, dirigindo a serviço dos outros. Mantenha seus olhos em Jesus e sua bondade, e proteger a chama da fé em seu coração. Eu confio em você para que, juntamente com seu companheiros católicos na Irlanda, você pode ser fiéis discípulos de nosso Senhor e aportéis o entusiasmo eo idealismo tão necessário para a reconstrução e renovação de nossa amada Igreja.
10.Os sacerdotes e religiosos na Irlanda
Estamos todos sofrendo os pecados de nossos irmãos, que traíram a obrigação sagrada ou não abordados de forma justa e responsável, sobre as alegações de abuso. À luz do escândalo e indignação que estes acontecimentos têm causado, não só entre os leigos, mas também entre si e em suas comunidades religiosas, muitos de vocês pessoalmente, sentimos desencorajados e até mesmo abandonado. Também estou ciente de que, aos olhos de alguns marcados como você parece culpado por associação, e que eu considero como se você fosse responsável pelos crimes dos outros. Neste momento de sofrimento, quero reconhecer a entrega do seu sacerdócio e à vida religiosa, e seu apostolado, e convido-vos para reafirmar sua fé em Cristo, seu amor por sua Igreja e sua fé na promessa do Evangelho da redenção, perdão e renovação interior. Assim, tudo o que demostraréis onde abunda o pecado, a graça abundante (cf. Rm 5, 20).
Sei que muitos de vocês estão decepcionados, perplexos e irritados com a maneira como alguns dos seus superiores hierárquicos têm abordado essas questões. No entanto, é essencial que cooperéis estreitamente com aqueles em posições de autoridade e colaboréis assegurar que as medidas tomadas para responder à crise para ser verdadeiramente evangélica, justo e eficaz. Peço principalmente que os homens cada vez mais claramente e mulheres de oração, juntamente com a fé, o caminho da conversão, purificação e reconciliação. Assim, a Igreja na Irlanda ganhou uma nova vida e vitalidade graças a seu testemunho do poder redentor de Deus que se tornou visível em sua vida.
11.Aos meus irmãos bispos
Não há como negar que alguns de vocês e de seus antecessores falharam, por vezes severamente, ao aplicar as regras, codificada por um longo tempo, o direito canônico sobre os crimes de abuso infantil. Eles cometeram erros graves, em resposta às alegações. Eu reconheço que foi muito difícil para capturar a magnitude e complexidade do problema, informações confiáveis e tomar as decisões adequadas à luz dos diferentes pontos de vista de especialistas. No entanto, devemos reconhecer que erros graves foram julgamento ea falha do governo. Tudo isso minou seriamente a sua credibilidade e eficácia. Eu aprecio os esforços que se comprometeram a corrigir os erros do passado e para garantir que não haja reincidência. Além de implementar plenamente as normas do direito canónico sobre os casos de abuso de criança continuar a cooperar com as autoridades civis na área de competência. É claro que os superiores religiosos devem fazer o mesmo. Eles também participaram de reuniões recentes em Roma com o objectivo de estabelecer uma abordagem clara e consistente a estas questões. É necessário revisar e atualizar constantemente as regras da Igreja na Irlanda para proteger as crianças e aplicá-las integralmente e de forma imparcial, em conformidade com o direito canónico.
Somente a ação determinada realizado com total honestidade e transparência irá restaurar o respeito e apreço do povo irlandês por parte da Igreja a que temos dedicado nossas vidas. Deve emergir, primeiro, de seu pessoal o auto-exame de limpeza interna e renovação espiritual. O povo irlandês esperado justamente para ser homens de Deus, ser santo, para simplesmente viver e buscar cada dia a conversão pessoal. Para eles, nas palavras de Santo Agostinho, que são os bispos, no entanto, eles são chamados a ser discípulos de Cristo (cf. Sermão 340, 1). Exorto-vos, portanto, a renovar o senso de responsabilidade para com Deus, para crescer em solidariedade com seu povo e aprofundar o seu cuidado pastoral para todos os membros de seu rebanho. Em particular, preocupaos pela vida espiritual e moral de cada um de seus sacerdotes. Servi-lo no exemplo com sua própria vida, estar perto deles, ouvir as suas preocupações, oferecer-lhes incentivo neste momento difícil e alimentar a chama do seu amor por Cristo e seu compromisso de servir a seus irmãos e irmãs.
Devemos também incentivar os leigos para desempenhar o seu papel legítimo na vida da Igreja. Afirmar a sua formação para que possam dar conta do Evangelho, de modo articulado e convincente, no meio da sociedade moderna (cf. 1 P 3, 15), a cooperar mais plenamente na vida e na missão da Igreja. Este, por sua vez, irá ajudá-lo a voltar a ser guias e testemunhas credíveis da verdade redentora de Cristo.
12.Para todos os fiéis da Irlanda
A experiência que um jovem faz com que a Igreja deve ser sempre fruto de uma vida pessoal e dando-encontro com Jesus Cristo dentro de uma comunidade que ama e suporta. Neste ambiente, incentivar os jovens a atingir sua estatura humana e espiritual completa, aspirar a altos ideais de santidade, de caridade e de verdade, e aproveitar a riqueza de uma grande tradição religiosa e cultural. Na nossa sociedade cada vez mais secularizada, em que até mesmo os cristãos encontram frequentemente difícil falar da dimensão transcendente da nossa existência, temos de encontrar novas maneiras de ensinar aos jovens a beleza ea riqueza da amizade com Jesus Cristo em comunhão da sua Igreja. Ao abordar a actual crise, as medidas para combater crimes adequadamente individuais são essenciais, mas sozinhos não são o suficiente: precisamos de uma nova visão que inspira gerações atuais e futuras para o tesouro do dom de nossa fé comum. Seguindo o caminho indicado pelo Evangelho, observando os mandamentos e moldar a sua vida mais e mais para a pessoa de Jesus Cristo, sofrerá profunda renovação certamente necessita urgentemente de nossa época. Eu convido a todos a perseverar neste caminho.
13. Queridos irmãos e irmãs em Cristo, profundamente preocupado com todos vocês neste momento de dor, onde a fragilidade da condição humana é revelada de forma tão clara, eu queria oferecer estas palavras de encorajamento e apoio. Espero que o aceptéis como um sinal da minha proximidade espiritual e minha confiança na sua capacidade para enfrentar os desafios do momento, utilizando, como fonte de inspiração e força renovada para as nobres tradições da Irlanda fidelidade ao Evangelho, a perseverança em fé e determinação em busca da santidade. Junto com você, a insistência de ouro que, com a graça de Deus, para curar as feridas infligidas à tantas pessoas e famílias, e para a Igreja em Portugal vai experimentar um tempo de renascimento e renovação espiritual
14. Eu quero propor, além disso, algumas medidas específicas para resolver a situação.
No final do encontro com os bispos da Irlanda, pedi-lhes para a Quaresma deste ano é considerado um tempo de oração para a efusão da misericórdia de Deus e os dons de santidade e força do Espírito Santo sobre a Igreja no seu país. Agora eu convido todos vocês a oferta de um ano a partir de agora até a Páscoa de 2011, sexta-feira da penitência para este fim. Peço-lhe para apresentar o seu jejum, sua oração, a leitura das Escrituras e suas obras de misericórdia para com a graça da cura e da renovação da Igreja na Irlanda. Encorajo-vos a redescobrir o sacramento da Reconciliação com mais freqüência e aproveitar o poder transformador da sua graça.
Temos também uma atenção especial à adoração eucarística, e cada diocese deve ter igrejas ou capelas dedicadas especificamente para esta finalidade. Peço as paróquias, seminários, casas religiosas e mosteiros para organizar momentos de adoração eucarística, para dar a todos a oportunidade de participar. Com fervorosa oração a presença real do Senhor, você pode executar a reparação pelos pecados dos abusos que causaram tanto dano e ao mesmo tempo, implorar a graça de uma força renovada e um profundo senso de missão todos os bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis.
Tenho certeza que este programa vai levar a um renascimento da Igreja na Irlanda, na plenitude da verdade de Deus, porque é verdade que nos torna livres (cf. Jo 8, 32).
Além disso, após ter rezado e consultados sobre este assunto, tenho a intenção de convocar uma visita apostólica em algumas dioceses de Portugal, bem como seminários e congregações religiosas. A visita destina-se a ajudar a Igreja local na forma de renovação e é feito em colaboração com os Dicastérios competentes da Cúria Romana e da Conferência Episcopal Irlandesa. Os detalhes serão anunciados em devido tempo.
Eu também propor a convocação de uma missão nacional para todos os bispos, sacerdotes e religiosos. Espero que, graças à competência de especialistas e organizadores pregadores de retiros em Portugal e noutros países, e re-examinar os documentos conciliares, os ritos litúrgicos da organização e da profissão, e os recentes ensinamentos do Papa, você vem para uma apreciação mais profunda do sua respectivas vocações, para redescobrir as raízes da sua fé em Jesus Cristo e bebida em abundância nos rios de água viva que oferece através de Sua Igreja.
Neste ano dedicado aos sacerdotes, proponho uma maneira especial a figura de São João Maria Vianney, que entendeu tão profundamente o mistério do sacerdócio. "O padre escreveu," é a chave para os tesouros do céu: é ele quem abre a porta, é o ecónomo do bom Deus, o administrador dos seus bens. " O Cura d'Ars entendi completamente o que uma bênção para a comunidade é um bom sacerdote e santo: "Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina ". Que por intercessão de São João Maria Vianney revitalizar o sacerdócio na Irlanda e toda a Igreja em Portugal vai crescer na estima do grande dom do ministério sacerdotal.
Aproveito esta oportunidade para agradecer antecipadamente a todos aqueles que estarão envolvidos na tarefa de organizar a visita e missão apostólica e para muitos homens e mulheres em toda a Irlanda e estamos trabalhando para proteger as crianças em círculos da Igreja . Desde que começou a compreender plenamente a gravidade ea magnitude do problema do abuso sexual infantil em instituições católicas, a Igreja tem feito uma imensa quantidade de trabalho em muitas partes do mundo para enfrentar e resolver. Embora não devem ser poupados esforços para melhorar e actualizar os procedimentos existentes, congratulo-me que as actuais práticas de cuidado pelas igrejas locais são consideradas em algumas partes do mundo, um modelo para outras instituições.
Termino esta carta com um Uma oração especial para a Igreja na Irlanda Eu envio com o pedido de um pai para seus filhos e do carinho de um cristão como você, chocado e magoado com o que aconteceu em nossa amada Igreja. Que, quando você esta oração em suas famílias, paróquias e comunidades, a Virgem Maria será proteger e guiar cada um para uma união mais íntima com seu Filho, crucificado e ressuscitado. Com muito carinho e confiança firme nas promessas de Deus, de coração concedo a minha Bênção Apostólica a todos, como penhor de fortaleza e de paz no Senhor.
Vaticano, 19 de março de 2010, a Solenidade de S. José.
BENEDICTUS PP. XVI
ORAÇÃO PELA IGREJA NA IRLANDA
Deus de nossos pais,
renovar-nos na fé que é a nossa vida e salvação,
na esperança de que as promessas de perdão e renovação interior,
na caridade purifica e abre os nossos corações
amar você, e você, nossos irmãos e irmãs.
Senhor Jesus Cristo,
Igreja na Irlanda renovar seu compromisso antigo
na formação dos nossos jovens na estrada
da verdade e da bondade, santidade e serviço desinteressado para a sociedade.
Espírito Santo, consolador, defensor e guia,
inspira uma nova primavera de santidade e de zelo apostólico
para a Igreja na Irlanda.
A nossa dor e nossas lágrimas,
nosso esforço sincero para corrigir os erros do passado
e firme propósito de emenda,
dão uma colheita abundante de graça
para o aprofundamento da fé
em nossas famílias, paróquias, escolas e comunidades
para o progresso espiritual da sociedade irlandesa,
eo crescimento da caridade
justiça, a alegria ea paz da família humana inteira.
Para você, Trinidad,
com confiança na protecção amorosa de Maria,
Rainha da Irlanda, nossa Mãe,
e São Patrício, Santa Brígida e todos os santos,
elogiamos a nós mesmos,
e os nossos filhos
e as necessidades da Igreja na Irlanda.
Amen.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
2010/05/07
VII Jornada Vocacional foi para todos nós, um encontro de Bênçãos e alegrias.
Passamos o ano nos preparando para esse evento que alimentou a alma de muitos jovens, homens e mulheres que sentiram em seus corações o Chamado de Jesus.
A cada Reunião que tínhamos eram propostas idéias aos quais foram acatadas e discutidas entre a Coordenação Geral para que ao final tudo fosse executada com ênfase e alegria, e assim foi.
Tivemos uma abençoada Missa de envio, que desde então já preencheu de Amor os Corações de todas as equipes que iam estar presente e trabalhando na VII Jornada Vocacional.
Foi feito também uma excelente divulgação nas Paróquias, Comunidades, Rádios, Sites, Blogs, etc. Todos os meios de comunicações possíveis nos levaram ao conhecimento deste evento que é o chamado a conhecer esse Ápice das Vocações.
É muito gratificante ver o empenho dos Coordenadores, dos Sacerdotes e Seminaristas que lutaram dia a dia, minuto a minuto para que os convidados ao chegarem se sentissem bem acolhidos e sentissem no ambiente a presença de Deus.
As Palestras foram bem elaboradas, os Palestrantes com muito amor e dedicação falaram cada um do seu modo e maneira sobre as diversidades da VOCAÇÃO. Os Módulos sendo visitados e cada um em sua simplicidade mostrando a riqueza de suas comunidade. Como foi Belo.
VII Jornada Vocacional 2010, um dia de Luz para Muitos.
Pontos Positivos: Trabalho, união, conjunto, fé, acreditaram e levaram adiante o convite que Jesus nos fez: Ide Vós Também...
Pontos Negativos: Havia nos ambientes vários jovens dispersos.
Em alguns pontos deixamos muitos Jovens sem respostas, jovens que sentado ao centro do pátio, ali ficaram, sem ser questionados, sem se quer observados.
Sugestão: Que no próximo ano visemos o publico alvo que é a juventude e não os deixemos mais sem respostas. Que os grupos animadores incentivem os jovens a participarem dos pólos, dos stands, capela, cinema, música, etc.
Agradecemos a Deus por tão maravilhoso chamado a cada um de Nós que sem medo também dizemos o nosso SIM.
2010/05/06
Teologia moral católica
Segundo a Igreja Católica, a teologia moral é a parte da Teologia católica "que se ocupa do estudo sistemático dos princípios éticos da doutrina sobrenatural revelada", aplicando-os de seguida à vida quotidiana do católico e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática [1].
O Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral. "A doutrina revelada, a rigor, é uma ética, pois apresenta, no seu conjunto, as normas exigidas para o relacionamento dos homens entre si e para com Deus" [1]. Esta ética e moral, que "preparam-nos para sermos o tipo de pessoa que pode viver com Deus" na vida eterna, giram por isso à volta do "desafio da dádiva de si mesmo aos outros" e a Deus [2]. Por isso, estas normas devem ser praticadas no quotidiano "como expressão da plena aceitação da mensagem evangélica" e da vontade de Deus pela humanidade [1]. A prática desta moral católica, cuja parte fundamental e obrigatória são os Dez Mandamentos, serve para libertar o Homem da "escravidão do pecado" [3], que é um autêntico "abuso da liberdade" [4]. Isto porque "só nos tornamos livres se conseguirmos ser melhores" e ser "atraídos para o bem e o belo" [5], visto que a bondade e as bem-aventuranças "definem o contexto para a vida moral cristã" [6].
Segundo a doutrina da Igreja Católica, "a questão moral é o cerne da problemática soteriológica, pois a salvação depende da nossa conduta, após a justificação recebida com a graça do batismo". O objetivo da teologia moral "é levar as virtudes cristãs à excelência", até o fim das vidas de cada católico [1].
Moralidade dos actos
Segundo a doutrina da Igreja Católica, "a moralidade dos actos humanos depende de três fontes: do objecto escolhido, ou seja, dum bem verdadeiro ou aparente; da intenção do sujeito que age, isto é, do fim que ele tem em vista ao fazer a acção; das circunstâncias da acção, onde se incluem as suas consequências". Estas circunstâncias podem anular, "atenuar ou aumentar a responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má", visto que "o fim não justifica os meios". Por isso, a transgressão de uma regra moral implica a escolha do mal e por isso o cometimento de pecados [7].
Moralidade das paixões
Segundo a concepção católica, as paixões são "os afectos, as emoções ou os movimentos da sensibilidade – componentes naturais da psicologia humana – que inclinam a agir ou a não agir em vista do que se percebeu como bom ou como mau. As principais são o amor e o ódio, o desejo e o medo, a alegria, a tristeza e a cólera. A paixão fundamental é o amor, provocado pela atracção do bem." [8].
Ainda segundo a doutrina católica, "as paixões não são nem boas nem más em si mesmas: são boas quando contribuem para uma acção boa; são más, no caso contrário." Logo, elas podem ser assumidas, guiadas e ordenadas pelas virtudes ou pervertidas e desorientadas pelos vícios [9].
Dignidade, Liberdade e Consciência moral
Ver artigo principal: Dignidade e Direitos humanos, Liberdade, Livre-arbítrio e Consciência (moral)
Como já foi tratado nas secções "Homem, a sua Queda e o Pecado original", "Demónios e Mal" e "Justificação, Graça, Misericórdia, Mérito e Liberdade, o Homem possui dignidade, que está radicada na sua "criação à imagem e semelhança de Deus", o que implica necessariamente que o Homem possui liberdade e consciência moral. A liberdade é uma capacidade inseparável e inalienável do Homem [10], dado por Deus, "de agir e não agir", "de escolher entre o bem e o mal", "praticando assim por si mesmo acções deliberadas". Este poder único, que "atinge a perfeição quando é ordenada para Deus" [11], "torna o homem responsável pelos seus actos, na medida em que são voluntários, embora a imputabilidade e a responsabilidade de um acto possam ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência suportada, o medo, as afeições desordenadas e os hábitos" [12]. A "escolha do mal é um abuso da liberdade, que conduz à escravatura do pecado", porque o Homem tem uma consciência moral [11].
Quando escuta esta consciência, "o homem prudente pode ouvir a voz de Deus" [13], que o ordena a praticar o bem e a evitar o mal, em conformidade e guiada pela razão, pela doutrina e pela Lei de Deus, especialmente pela regra de ouro e pelos mandamentos de amor [14]. "Graças a ela, a pessoa humana percebe a qualidade moral dum acto a realizar ou já realizado, permitindo-lhe assumir a responsabilidade." [13]. O Homem, como possui dignidade, não deve ser impedido ou obrigado "a agir contra a sua consciência" [14], devendo por isso "obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência, mas esta também pode emitir juízos erróneos" [15]. Para que isto não aconteça, é preciso rectificá-la e torná-la perfeita, para ela estar em sintonia com a vontade divina, através da educação, "da assimilação da Palavra de Deus e do ensino da Igreja". "Além disso, ajudam muito na formação moral a oração e o exame de consciência", bem como os dons do Espírito Santo e "os conselhos de pessoas sábias" [16].
Lei moral
A Lei moral ou Lei de Deus, sendo uma obra divina, "prescreve-nos caminhos e normas de conduta que levam à bem-aventurança prometida, proibindo-nos os caminhos que nos desviam de Deus" [19]. A Lei moral é percebida pelo Homem devido à sua consciência moral e à sua razão. Esta lei é constituída pela Lei natural, que está "escrita pelo Criador no coração de cada ser humano" [20]; pela Antiga Lei, revelada no Antigo Testamento; e pela Nova Lei, revelada no Novo Testamento por Jesus.
A Lei natural, sendo "universal e imutável", "manifesta o sentido moral originário que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal". Como todos os homens (fiéis ou infiéis) a percebam, ela é de cumprimento obrigatório [20], mas ela nem sempre é totalmente compreendida, devido ao pecado. Por isso, Santo Agostinho afirma que "Deus «escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler nos seus corações»" [21], dando assim origem à Antiga Lei, que "é o primeiro estádio da Lei revelada". Resumida nos Dez Mandamentos, ela "exprime muitas verdades que são naturalmente acessíveis à razão", coloca "os alicerces da vocação do homem, proíbe o que é contrário ao amor de Deus e do próximo e prescreve o que lhe é essencial" [22].
A Antiga Lei, sendo ainda imperfeita, "prepara e dispõe à conversão e ao acolhimento do Evangelho" [23] e da Nova Lei, que é a "perfeição e cumprimento", mas não a substituição, da Lei natural e da Antiga Lei [18]. Esta Nova Lei ou Lei evangélica "encontra-se em toda a vida e pregação de Cristo e na catequese moral dos Apóstolos", sendo o Sermão da Montanha "a sua principal expressão" [17]. Esta Lei já perfeita e plenamente revelada "resume-se no mandamento do amor a Deus e ao próximo", e é considerada por São Tomás de Aquino como «a própria graça do Espírito Santo, dada aos crentes em Cristo» [18].
Virtude
A virtude, que se opõe ao pecado, é uma qualidade moral, "uma disposição habitual e firme para fazer o bem", sendo "o fim de uma vida virtuosa tornar-se semelhante a Deus" [30]. Segundo a Igreja Católica, existe uma grande variedade de virtudes que derivam da razão e da fé humanas. Estas, que se chamam virtudes humanas, regulam os actos, as paixões e a conduta moral humanas [31], sendo as mais importantes as virtudes cardinais, que são quatro [32]:
a Prudência, que "dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir" [33].
a Justiça, que é uma "constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido" [34].
a Fortaleza que "assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem" [35].
a Temperança que "modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados" [36].
Mas, para que as virtudes humanas se atinjam a sua plenitude, elas têm que ser vivificadas e animadas pelas virtudes teologais, que têm "como origem, motivo e objecto imediato o próprio Deus". Elas são infundidas no homem com a graça santificante e tornam os homens capazes de viver em relação com a Santíssima Trindade [37]. As virtudes teologais são três:
Fé: por causa dela, o homem acredita e "entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus" [38].
Esperança: por meio dela, os crentes esperam a vida eterna e o Reino de Deus, colocando a sua confiança perseverante nas promessas de Cristo [39].
Caridade (ou Amor): através dela, "amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da Lei", sendo por isso «o vínculo da perfeição» (Col 3,14) [40]. O Amor é também visto como uma "dádiva de si mesmo" e "o oposto de usar" (ver subsecção Amor, Sexualidade e Castidade) [41].
Pecado
Segundo Santo Agostinho, o pecado "é «uma palavra, um acto ou um desejo contrários à Lei eterna»", causando por isso ofensa a Deus e ao seu amor. Logo, este acto do mal fere a natureza e a solidariedade humanas. "Cristo, na sua morte na cruz, revela plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia" [42]. Há uma grande variedade de pecados, distinguindo-lhes "segundo o seu objecto, ou segundo as virtudes ou os mandamentos a que se opõem. Podem ser directamente contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Podemos ainda distinguir entre pecados por pensamentos, por palavras, por acções e por omissões" [43].
A repetição de pecados gera vícios, que "'são hábitos perversos que obscurecem a consciência e inclinam ao mal. Os vícios podem estar ligados aos chamados sete pecados capitais, que são: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência" [44]. A Igreja ensina também que temos responsabilidade "nos pecados cometidos por outros, quando culpavelmente neles cooperamos" [45].
Quanto à sua gravidade, os pecados cometidos pela humanidade podem ser divididos em:
pecados mortais, que são cometidos quando "há matéria grave [...] e deliberado consentimento". Ao afastarem o Homem da caridade e da graça santificante, eles "conduz-nos à morte eterna do Inferno, se deles não nos arrependermos" sinceramente [46];
pecados veniais, que são cometidos "sem pleno consentimento" ou "se trata de matéria leve". Eles, apesar de afectar o nosso caminho de santificação, merece apenas "penas purificatórias temporais", nomeadamente no Purgatório [47].
Todos estes pecados pessoais devem-se ao enfraquecimento da natureza humana, que passou a ficar "submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado". Isto é causada pelo pecado original (veja a subsecção Homem, a sua Queda e o Pecado original), que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser actualmente perdoado (mas não eliminado) pelo Baptismo. [48]
Perdão e Indulgências
Porém, como o amor de Deus é infinito e como Jesus já se sacrificou na cruz, todos os homems, católicos ou não, podem ser perdoados por Deus a qualquer momento, desde que eles se arrependam de um modo livre e sincero[49] e se comprometam em fazer os possíveis para perdoar os seus inimigos [50]. Os católicos que cometem pecados mortais são considerados membros imperfeitos do Corpo Místico de Cristo, logo é necessário arrependerem-se e serem perdoados para entrarem novamente na comunhão dos santos [51]. Este perdão tão necessário pode ser concedido por Deus sacramentalmente e por meio da Igreja, pela primeira vez, através do Baptismo e depois, ordinariamente, através da Reconciliação [46].
Mas, Deus também pode conceder este perdão através de muitas maneiras diferentes (ou até mesmo directamente), para todos aqueles que se arrependeram (incluindo os não-católicos) [52]. Mas, o perdão divino não significa a eliminação das penas temporais, ou seja, do mal causado como consequência dos pecados cuja culpa já está perdoada. Neste caso, para as eliminar, é necessário obter indulgências e praticar boas obras durante a vida terrena ou ainda, depois de morrer, uma purificação da alma no Purgatório, com a finalidade de entrar puro e santo no Céu [53].
Amor, Sexualidade e Castidade
Em relação à sexualidade, a Igreja Católica convida todos os seus fiéis a viverem na castidade, que é uma "virtude moral e um dom de Deus" [56] que permite a "integração positiva da sexualidade na pessoa" [56]. Esta integração tem por objectivo tornar possível "a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual" [57], supondo por isso de "uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz" [58]. "A virtude da castidade gira na órbita da virtude cardinal da temperança" [59].
Logo, "todo o baptizado é chamado à castidade" [60] porque a sexualidade só se "torna pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher" [57], ambos unidos pelo sacramento do Sagrado Matrimónio (que é indissolúvel) [61]. Por isso, os actos sexuais só podem "ter lugar exclusivamente no Matrimónio; fora dele constituem sempre um pecado grave" [62]. Por estas razões, o sexo pré-marital [63], "o adultério, a masturbação, a fornicação, a pornografia, a prostituição, o estupro" e os actos sexuais entre homossexuais são condenados pela Igreja como sendo "expressões do vício da luxúria" [64].
Para a Igreja, o Amor é uma virtude teologal [40], uma "dádiva de si mesmo" e "é o oposto de usar" [41] e de afirmar-se a si mesmo [65]. Aplicado nas relações conjugais humanas, o Amor verdadeiramente vivido e plenamente realizado é uma "comunhão de entrega e receptividade" [66], de "dádiva mútua do eu e [...] de afirmação mútua da dignidade de cada parceiro". Esta comunhão "do homem e da mulher" [66] é "um ícone da vida do próprio Deus" [67] e "leva não apenas à satisfação, mas à santidade" [66]. Este tipo de relação conjugal proposto pela Igreja "exige permanência e compromisso", que só pode ser autenticamente vivido "no seio dos laços do Matrimónio" [68].
Por esta razão, a sexualidade não exerce só a função de procriar, mas também um papel importante na vida íntima conjugal. Usando as palavras do Catecismo da Igreja Católica, a sexualidade, que "é fonte de alegria e de prazer" [70], "ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher" [71] e para "a transmissão da vida" [72]. A sexualidade (e o sexo) é também considerada como a grande expressão "humana e totalmente humanizada" do Amor recíproco, que é assente na "dádiva de si mesmo", "no encontro de duas liberdades em entrega e receptividade mútuas", onde o homem e a mulher se unem e se complementam [73]. Este verdadeiro e íntegro amor conjugal, onde a relação sexual é vivida honesta e dignamente, só é possível graças à castidade conjugal [74]. Esta virtude permite uma vivência conjugal perfeita assente "na fidelidade e na fecundidade" matrimoniais [72].
Para além da castidade conjugal (que não implica a abstinência sexual dos casados), existem ainda diversos regimes de castidade: a virgindade ou o celibato consagrado (para, como por exemplo, os religiosos, as pessoas consagradas e os clérigos), e "a castidade na continência" ou abstinência (para os não casados) [75].
Preservativos e DSTs
Os actos sexuais entre pessoas com tendências homossexuais são considerados moralmente errados porque "violam a iconografia de diferenciação e complementariedade sexuais [a união homem-mulher], que tornam o amor sexual possível como acto de entrega e reciprocidade mútuas, e porque são, de natureza, incapazes de gerar vida" [77]. Entretanto, para a Igreja, ter tendências homosexuais não é considerado um pecado, mas apenas uma "depravação grave" e uma "provação". O pecado está em ceder a essas tendências e adoptá-las na prática [78]. Na mesma linha de pensamento, a Igreja repudia qualquer reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo [79].
Mas, a Igreja Católica não discrimina os homossexuais e pretende ajudá-los a viver na castidade e "na integridade do amor na entrega de si mesmos e para evitarem actos sexuais que são, pela natureza, moralmente desordenados, porque são actos de afirmação de si mesmo e não dádiva de si mesmo" [77]. A Igreja ainda convida os homossexuais a "aproximarem-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã", através do oferecimento das suas dificuldades e sofrimentos como um sacrifício para Deus, das "virtudes do autodomínio [...], do apoio duma amizade desinteressada, da oração e da graça sacramental" [78].
Vida, Planejamento familiar e Contracepção
A Igreja Católica considera a Vida humana como "sagrada" e como uma das maiores dádivas e criações divinas (logo, é um valor absoluto e inalienável) [81], por isso condena, entre outras práticas, a violência [82], o homicídio, o suicídio, o aborto induzido, a eutanásia [83], a clonagem humana (seja ela reprodutiva ou terapêutica) [84] e as pesquisas ou práticas científicas que usam células-tronco extraídas do "embrião humano vivo" (o que provocam a morte do embrião) [85]. Para a Igreja, a Vida humana deve ser gerada naturalmente pelo sexo conjugal [86] e tem início na fecundação (ou "concepção") e o seu fim na morte natural [87] [88]. Segundo esta lógica, a reprodução medicamente assistida é também considerada imoral porque "dissocia a procriação" do acto sexual conjugal, "instaurando assim um domínio da técnica sobre a origem e o destino da pessoa humana" [89].
Quanto à regulação dos nascimentos, a Igreja defende-a como uma expressão e "componente da paternidade e maternidade responsáveis" à construção prudente de famílias, desde que não seja realizada com base no egoísmo ou em "imposições externas" [90]. Mas, esta regulação só pode ser feita através do Planeamento familiar natural, que utiliza métodos de planeamento naturais como a continência periódica e o recurso aos períodos infecundos [90]. Os outros métodos de contracepção, nomeadamente a pílula, a esterilização directa e o preservativo, são expressamente condenados [91].
A Igreja ensina inclusivamente que os métodos naturais são formas mais humanistas e responsáveis de viver a responsabilidade procriadora porque, quando usados correctamente, aumentam e fortalecem a comunicação e o amor entre os cônjuges; promovem o auto-conhecimento do corpo; nunca tem efeitos colaterais no organismo; e promovem a ideia de que a fertilidade é uma riqueza e dádiva divina que pode e deve ser utilizada em momento oportuno [92].
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Dez Mandamentos e a Moral
Existem várias representações dos Dez Mandamentos, que é a base e o mínimo fundamental da Lei moral (ou Lei de Deus), devido à diversidade de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada actualmente na catequese de língua portuguesa da Igreja Católica:
1º Amar a Deus sobre todas as coisas.2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
3º Guardar domingos e festas de guarda.
4º Honrar pai e mãe.
5º Não matar.
6º Guardar castidade nas palavras e nas obras.
7º Não roubar.
8º Não levantar falsos testemunhos.
9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
10º Não cobiçar as coisas alheias.
Para os católicos, eles são de observância e cumprimento obrigatórios, porque "enuncia deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo" e dão a conhecer também a vontade divina sobre a conduta moral dos homens
Ceia do Senhor
Ex 12,1-8.11-14
Sl 115(116B)
1 Cor 11,23-26
Jo 13,1-15
Iniciamos o tríduo pascal com este celebração da Ceia do Senhor. O clima da última Ceia é diferente para nós que já conhecemos a unidade do mistério pascal e o clima que os apóstolos estavam vivendo sem saber o que viria depois. Um clima de alegria misturada com lágrimas. É a única festa em que cantamos o Glória e não cantamos o Aleluia.
A Igreja comemora a instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial. Esta aparece nos evangelhos Sinóticos e na carta aos Coríntios. O evangelho de João não fala da instituição eucarística, mas faz questão de deixar claro que o lava-pés expressa o significado da Eucaristia na vida.
A Eucaristia tem as suas raízes nas festas judaicas dos pastores nômades que ofereciam a Deus as primícias do seu rebanho que se uniu depois à festa dos agricultores que, por sua vez, ofereciam a Deus os frutos da terra representados pelos pães ázimos. Estas festas serviram de base para a recordação da saída do povo de Israel do Egito, a Páscoa judaica.
É importante entender a Páscoa judaica para uma melhor compreensão da Eucaristia. O livro do êxodo relata o que aconteceu naquela noite da libertação da escravidão do Egito e o rito que até hoje os judeus celebram uma vez por ano “por todas as gerações como instituição perpétua”. Existe um sinal profético: o sacrifício do cordeiro, o sinal do sangue nas casas dos israelitas, a comida apressada e a passagem do Senhor que liberta seu Povo. O evento fundador da vida em liberdade vai se realizar na travessia do mar Vermelho, passagem da escravidão para a liberdade.
O rito instituído em perpetuidade é o que acontece uma vez por ano na celebração da Páscoa. É importante entender o que “memorial” significa para Israel. É muito mais que uma mera recordação! É uma reapresentação ao evento, de tal maneira que através do sinal o povo que celebra a Páscoa, uma vez por ano, “está presente” na passagem do Mar Vermelho.
Na última Ceia de Jesus o sinal profético com o pão e o vinho faz estar presente ao evento fundador que vai acontecer ao dia seguinte. , a morte e a ressurreição de Jesus. “Todas as vezes” que celebramos o rito eucarístico, os nossos pés teológicos sobem ao Calvário e ao túmulo do ressuscitado. “Memorial” é estarmos presentes lá em todos os tempos.
A cerimônia do Lava-pés traduz o significado da Eucaristia. A Cruz é a expressão do amor que serve; a doação até o fim; a entrega da vida por amor. Lavar os pés é um serviço de escravos assim como a cruz é a morte de escravo. Viver eucaristicamente é deixar um rastro de vida. Alimentados pelo pão e o vinho convertidos no Corpo e no Sangue de Jesus vivemos em comunhão de vida com ele; a vida de Jesus. Compreendeis o que acabo de fazer?Vós também deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
Uma coisa me tocou no domingo de Ramos. Após a leitura da Paixão, na hora que nos ajoelhamos na hora da morte de Jesus, uma criança começou a chorar, quebrando o silêncio. Esse choro ressoou em mim como o choro da humanidade de todos os tempos, crianças, pobres e pecadores, que tem em Jesus a sua única esperança. O Amor morreu, e agora que será de nós? Na tarde do mesmo dia levei a comunhão a uma pessoa doente e senti como a sua fé lhe dava força e consolo para suportar as dores com a ajuda de Jesus que carrega nossos sofrimentos. Finalmente, a anoitecer um grupo celebrou o Sêder, a Páscoa judaica. Num momento da celebração os comensais misturam ervas amargas, símbolo da amargura no Egito, com um molho doce e avermelhado, harósset, da cor dos tijolos que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito. A vida humana está feita de acontecimentos doces e amargos, sendo que a presença de Deus alivia os sofrimentos e mantém viva a esperança.
Manuel Eduardo Iglesias S.J.
Orações do Cristão
Introdução
Este breve guia tem por finalidade auxiliar na pré-iniciação cristã, contendo as orações básicas do catolicismo. A primeira catequese deve não só em primeiro lugar ministrada, mas constantemente incentivada pelos pais. A oração deve ser posta como algo preciosíssimo e necessário e a prova disto encontramos na Bíblia, onde lemos que o próprio Jesus passava noites inteiras rezando. Uma vida verdadeiramente cristã não é imaginável, sem que haja uma vida de oração.
Os santos todos eram amigos e cultivadores do espírito de oração. Para perder as almas, o demônio procura tirar-lhes o gosto, o amor por ela. A busca desenfreada por divertimentos, paganização da moda, má imprensa (jornais, revistas, televisão, internet) são muitas vezes instrumentos na mão de Satanás para afastar os fiéis da prática da oração. Quem não reza cai em tentação, como aconteceu com os Apóstolos, no horto das Oliveiras. Não só cairá em tentação: corre o risco de perder a fé e todo o fundamento religioso. A oração é o termômetro da vida na alma.
SINAL DA CRUZ - Há dois modos:
1. Pelo sinal da santa cruz , livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. (Usando a mão direita, com o polegar, faz-se uma pequena cruz na testa, outra nos lábios e outra no peito). Mais propriamente, denominamos este sinal: Benzer-se ou persignar-se.
2. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (Usando a mão direita, encosta-se a ponta do indicador na testa, depois no peito, na extremidade esquerda do ombro e em seguida na extremidade direita do ombro).
CREDO (ou CREIO)
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
PAI NOSSO
Pai nosso , que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
AVE-MARIA
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
GLÓRIA AO PAI
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
SALVE RAINHA
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
SANTO ANJO
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde governe, ilumine. Amém.
ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO
São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, cobri-nos com vosso escudo, contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o, Deus, instantemente o pedimos e vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
São Miguel Arcanjo, protegei-nos na luta para que não pereçamos no tremendo juízo.
Sacratíssimo Coração de Jesus. Tende piedade de nós! (3 X)
ORAÇÃO DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido a vossa proteção, implorando o vosso auxílio, e reclamando o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, ó Virgem das virgens, como à Mãe recorro e de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas dignai-vos de as ouvir propícia e me alcançar o que vos rogo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.
ALMA DE CRISTO
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para vós,
para que com os vossos Santos vos louve,
por todos os séculos dos séculos.
Amém.
ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com
a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
Amém.
OBRIGADO, SENHOR!
Obrigado, Senhor, pela tua presença constante ao meu lado! Tu és a força no momento de fraqueza, a alegria no momento de tristeza. Tu és a paz na tribulação e na angústia, és a rocha que alicerça meus projetos, e o embalo harmonioso que me acalma nas noites de inquietação. Tu és a luz que ilumina o meu caminho e a luz que me faz caminhar. Tu envolves toda a minha vida e estás presente em cada momento que vacilo. Quando caio, me levantas; quando me decepciono, me animas; quando sinto medo, me fortaleces. Em ti confio plenamente e a todo momento rendo graças pelas bênçãos e maravilhas que realizas a cada novo dia. Amém!
Seleção de Maria Regina Neves Ramos - Caetité/BA
ATO DE CONTRIÇÃO (antes de confessar)
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também por perdido o céu e merecido o inferno, e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender, e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.
ATO DE FÉ
Eu creio firmemente que há um só Deus, em três pessoas, realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, que dá o céu aos bons e o inferno aos maus, para sempre. Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar, e que ao terceiro dia ressuscitou. Creio tudo o mais que ensina a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, porque Deus, verdade infalível, lho revelou. E nesta crença, quero viver e morrer. Amém.
ATO DE ESPERANÇA
Eu espero, meu Deus, com firme confiança, que pelos merecimentos de meu Senhor Jesus Cristo me dareis a salvação eterna e as graças necessárias para consegui-la, porque vós, sumamente bom e poderoso, o haveis prometido a quem observar fielmente os vossos Mandamentos, como eu proponho fazer com o vosso auxílio. Amém.
ATO DE CARIDADE
Eu vos amo, meu Deus, de todo o meu coração e sobre todas as coisas, porque sois infinitamente bom e amável, e antes quero perder tudo do que vos ofender. Por amor de vós amo meu próximo como a mim mesmo. Amém.
OBRAS DE MISERICÓRDIA
São as ações ou atitudes que, quando tomadas por um indivíduo, provam o seu amor ao próximo:
- Dar a comer a quem tem fome.
- Dar de beber a quem tem sede.
- Vestir os nus e dar roupas aos que precisam.
- Tratar de doentes e cuidar dos presos.
- Remir os cativos ou ajudar os apenados em suas necessidades materiais e espirituais.
- Hospedar peregrinos ou dar casa aos que não tem.
- Enterrar os mortos.
- Dar bons conselhos.
- Ensinar os ignorantes ou instruir e orientar os deficientes.
- Consolar os aflitos.
- Corrigir os que erram.
- Perdoar as ofensas e injúrias.
- Rezar pelos vivos e falecidos.
- Suportar os defeitos alheios.
OS 5 MANDAMENTOS DA IGREJA
Conforme compêndio do Catecismo da Igreja Católica,
promulgado pelo Papa Bento XVI em 28.06.2005
1° - Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias
"A Igreja obriga os fiéis a participar da santa missa todo domingo e nas festas de preceito, e recomenda que dela se participe também nos outros dias". "Os cristãos santificam o domingo e outras festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também daquelas atividades que impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o necessário descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde". (Itens 289 e 453)
2° - Confessar os próprios pecados, recebendo o sacramento da Reconciliação
pelo menos uma vez ao ano
"O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite da Páscoa, apareceu aos seus Apóstolos e lhes disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos' (Jo 20, 22-23)". "O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores". "Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão" (Itens 298, 299 e 304)
3° - Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa
"A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício". "A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa". (Itens 287 e 290)
4° - Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
"A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencial da sexta-feira". (Item 301)
5° - Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades
promulgado pelo Papa Bento XVI em 28.06.2005
1° - Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias
"A Igreja obriga os fiéis a participar da santa missa todo domingo e nas festas de preceito, e recomenda que dela se participe também nos outros dias". "Os cristãos santificam o domingo e outras festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também daquelas atividades que impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o necessário descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde". (Itens 289 e 453)
2° - Confessar os próprios pecados, recebendo o sacramento da Reconciliação
pelo menos uma vez ao ano
"O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite da Páscoa, apareceu aos seus Apóstolos e lhes disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos' (Jo 20, 22-23)". "O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores". "Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão" (Itens 298, 299 e 304)
3° - Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa
"A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício". "A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa". (Itens 287 e 290)
4° - Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
"A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencial da sexta-feira". (Item 301)
5° - Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades
2010/05/02
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo
A santidade do Senhor Jesus.
Eis que o Senhor é Santo e Pai de todos nós.
O Senhor é o nosso Rei, bendito é todo aquele que vem em nome do Senhor. Hosana nas Alturas, bendito é todo aquele que vem em Nome do Senhor.
Falar da Santidade de Deus é falar do próprio amor que Ele tem para com cada um de seus filhos amados. Falar de Deus como Pai é falar do zelo que Ele tem por todos os seus assim como o Pastor cuida de suas Ovelhas Ele cuida de cada um de nós com o seu puro amor. A cada dia que passa o Senhor Deus nos olha desdos Céus com amor e compaixão e deposita em nossos corações porções de amor com fragrâncias de felicidades.
Nem todos usufruem desta mesma felicidade porque não percebe o quando é valioso esta próximo da Luz e longe das trevas. Quando abrimos os nossos corações para Deus Ele se faz presente com sua compaixão de Pai para com filhos por isso devemos a todos os momentos estar a dizer com todo o coração: Hosana, Hosana, Hosana ao Filho de Davi que se fez Carne para assim nos ensinar mais e mais sobre o amor, o verdadeiro amor.
Louvado seja Deus do Universo.
Ronaldo Alves
Eis que o Senhor é Santo e Pai de todos nós.
O Senhor é o nosso Rei, bendito é todo aquele que vem em nome do Senhor. Hosana nas Alturas, bendito é todo aquele que vem em Nome do Senhor.
Falar da Santidade de Deus é falar do próprio amor que Ele tem para com cada um de seus filhos amados. Falar de Deus como Pai é falar do zelo que Ele tem por todos os seus assim como o Pastor cuida de suas Ovelhas Ele cuida de cada um de nós com o seu puro amor. A cada dia que passa o Senhor Deus nos olha desdos Céus com amor e compaixão e deposita em nossos corações porções de amor com fragrâncias de felicidades.
Nem todos usufruem desta mesma felicidade porque não percebe o quando é valioso esta próximo da Luz e longe das trevas. Quando abrimos os nossos corações para Deus Ele se faz presente com sua compaixão de Pai para com filhos por isso devemos a todos os momentos estar a dizer com todo o coração: Hosana, Hosana, Hosana ao Filho de Davi que se fez Carne para assim nos ensinar mais e mais sobre o amor, o verdadeiro amor.
Louvado seja Deus do Universo.
Ronaldo Alves
MATRIMÔNIO ESPIRITUAL COM DEUS
por Pe. Reginaldo Manzotti
“O rei fez um grande banquete, o povo já foi convidado, a mesa já está preparada, já foi o cordeiro imolado”. Quem já tem mais tempo de caminhada na Igreja, deve lembrar-se desse refrão que tem haver com a Parábola contada por Jesus, no Evangelho de São Mateus: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou seus empregados chamarem os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir.
O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. “Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos.” (Mt 22,1-14)
Trata-se de uma parábola que traz duas partes, distinta e complementar. Complementar por ser sequência, e distinta porque trata de dois temas diferentes.
Deus fez um grande banquete, o detalhe é que trata de um banquete de casamento, uma festa de casamento, mas não diz o nome dos noivos.
Aqui eu gostaria de saltar para um Livro do Antigo Testamento, Cântico dos Cânticos. São João da Cruz, com muita propriedade toma esse livro do Cântico dos Cânticos e faz um dos mais belos poemas, que diz: “Caminho em noite escura, mas ó feliz ventura do amante em seu amado, no repouso descansado”. Porque, nesse casamento o esposo é Deus e a esposa, nossa alma.
É um casamento entre nossa alma e Deus. Esse é o casamento que Deus quer, esse é o casamento que Jesus preparou, porque nossa alma andará inquieta até um dia encontrar repouso em Deus (Santo Agostinho).
Nossa alma, naturalmente, anseia pelo convívio em Deus, mas esse banquete nupcial, esse banquete matrimonial, essa fusão de nossa alma com Deus, muitos não aceitam.
Uns, diz o texto não aceitam esse matrimonio com Deus, porque vão para o campo.
Significa: vão para o trabalho, e às vezes, o trabalho quando desenfreado, quando desproporcional é um empecilho para nossa comunhão com Deus. Os nossos afazeres, o nosso corre-corre, a nossa escravidão do fazer, o nosso ativismo são empecilhos para a oração, e a oração é um banquete com Deus. O campo significa a lida, quando durante o dia nós não temos nem um tempo para rezar, estamos nos privando de Deus.
Outros vão para os negócios que significam o ter. Se o campo é o fazer, os negócios são o ter. A ânsia de sempre querer ter mais, o apego às coisas materiais, são empecilhos para o casamento com Deus.
Nossa alma fica aflita, nossa alma se perde, nossa alma fica cega. A alma pode ficar cega, o espírito nunca. São Paulo faz essa distinção entre alma e espírito. Sobre isso, explica o Prof. Felipe Aquino: “São Paulo diz que a palavra de Deus é como uma espada de dois gumes que penetra entre a alma e o ‘espírito’, isto é, entre a sensibilidade (alma) e o espírito (inteligência e vontade)” (Hb 4, 12; ITs). Então, a alma pode ser prejudicada pelas opções que fazemos. A cegueira da alma, esse anseio de “ter”, impede nosso matrimonio com Deus.
No Antigo Testamento, o relacionamento de Deus com seu Povo é comparado com um casamento. Deus faz uma aliança de amor com seu povo: Israel. Através do casamento de Oséias com uma mulher infiel é apresentada a relação amorosa de Deus com seu povo que se torna infiel a Ele, seu "esposo".
Israel é comparada a uma esposa que abandona seu marido para se prostituir e, na sua infidelidade espiritual não consegue mais sequer estar com ele. Deus é um marido que tem motivo plausível para repudiar Israel: As prostituições e adultérios dela, mas o juízo de Deus contra ela não é de cólera, é conseqüência de um amor desiludido e não correspondido. Um amor que é maior que a humilhação, um amor desesperado para salvar que alimenta a esperança de que ela mude de atitude volte para Ele, seu esposo, e demonstre seu amor e fidelidade. Deus se dispôs a tomá-la de volta e constituir com ela uma nova aliança nupcial (Os 2, 4-25).
Da mesma forma, Deus anseia para perdoar e restaurar seu povo hoje. Muitas vezes, como nos tempos de Oséias, Deus é rejeitado, esquecido, ignorado e traído, mesmo assim não desiste de nós. Castigo e abandono não são gestos de Deus, ao contrário, mesmo diante da infidelidade espiritual, a alma que se arrepende e o busca, Ele diz: “Desposar-te-ei para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com benevolência e ternura. Desposar-te-ei com fidelidade, e conhecerás o Senhor” (Os 2, 21-22).
Continua a parábola: “Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram”. Significa matar o anseio de Deus dentro de nós, matar o anseio do eterno.
Estamos tão conformados nessa vida, estamos tão acomodados no pecado, tão acomodados na lama, que matamos em nós o desejo de Deus, então o banquete não se realiza. A comunhão não se realiza.
Isto é um tratado de espiritualidade, isto é, um itinerário. Essa parábola é muito forte, fala das coisas interiores da nossa vida, fala das nossas resistências a conversão.
É certo que os destinatários desta parábola são os sumos sacerdotes, são os anciãos. Estes é que se negaram ao banquete com Jesus. Mas, os destinatários hoje somos nós, os cristãos.
Jesus está dizendo para nós, e nesse contexto, Jesus está dizendo que, nós somos os primeiros convidados para o banquete, e aqui já entendendo o banquete comunhão. A comunhão que se faz na Eucaristia, a comunhão que se faz no sacrifício da missa, a comunhão que se faz na Palavra, a comunhão que se faz na oração.
A palavra é aberta a todos e todos são convidados. Porém o final do texto apresenta algo até violento, quando todos vieram, alguém apareceu sem o veste da festa e o rei manda amarrar e jogar para fora.
A veste é revestir-se das virtudes de Deus, é revestir-se da prática justiça, é estar vestido do projeto de Jesus. É essa a veste, que como diz no Apocalipse, com a qual devemos nos apresentar diante de Deus, com a veste branca, alvejada no sangue do cordeiro. É a veste de nossa alma alvejada no sangue do cordeiro sacrificado no banquete.
Esse é o itinerário de Jesus. É bem verdade que tratasse de uma parábola um tanto obscura, que num primeiro momento nos passa despercebida, mas já fomos convidados para esse banquete. Hoje, qual esta sendo a nossa desculpa?
Antigamente se casava muito cedo, com quinze ou dezesseis anos, atualmente, é uma enrolação danada, cinco, sete anos de namoro, trinta dois anos de vida e não se decidem a casar.
Acredito que esta mesma morosidade esta acontecendo na nossa decisão da comunhão com Deus. Às vezes, nós passamos a vida inteira no namoro com Deus, até no noivado com Deus. Mas, assim como os jovens estão enrolando com desculpas, eu não caso porque não tenho dinheiro, eu não caso porque não me sinto maduro, eu não caso porque não tenho casa, eu não caso porque não tenho certeza. Qual esta sendo a nossa desculpa para sairmos do namoro com Deus, e fazermos o matrimônio com Deus? Qual esta sendo a nossa desculpa, hoje? É o campo, são os negócios, ou porque já matamos o anseio, a sede de Deus dentro de nós?
Qual está sendo a nossa desculpa para fazermos este matrimônio com Deus e como consequência que nossa alma repouse no amado que é Deus?
Deixemos que nossa alma encontre felicidade. Deixemos que nosso espírito, como diz Jesus, possa encontrar segurança num matrimônio que nunca acabará. Numa aliança eterna no Cordeiro de Deus.
Acordemos, despertemos, a parábola é atualíssima. Muitos foram chamados, mas poucos deram a resposta.
Padre Reginaldo Manzotti
www.padrereginaldomanzotti.org.br
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2010/05/08
Vocação religiosa o exemplo de Maria
No terceiro domingo do mês de agosto, nós lembramos a vocação religiosa, isto é, a vocação daqueles e daquelas que se consagraram, através dos votos religiosos, a viver em comunidade, uma total consagração ao Senhor, segundo o carisma da respectiva Ordem ou Congregação Religiosa.
Por uma coincidência, no Brasil, a liturgia celebra neste terceiro domingo de agosto a Solenidade da Assunção de Maria, que em outros países continua sendo celebrada no feriado do dia 15 de agosto. Então, a nossa reflexão sobre a vocação religiosa se situa dentro de uma celebração mariana, que comemora precisamente o dogma mais recente da Igreja, proclamado em 1950, pelo Papa Pio XII, no qual ensina que Maria, a Mãe de Jesus, só pode estar com o seu Filho amado, já na glória do céu, em corpo glorioso.
Na verdade, podemos dizer que foi Maria a primeira a viver os votos religiosos, já que ela de fato tinha pensado num casamento josefino, isto é, “sem coabitarem”, como diz o Evangelho, sem a convivência conjugal, um verdadeiro voto de castidade. Ela de fato se tornou mãe, a partir da intervenção direta de Deus, que a escolheu para ser a mãe do Salvador, que viria ao mundo precisamente, para superar o abismo aberto pelo pecado e que se tornou a ponte que une a humanidade com Deus.
Maria, esta mulher extraordinária, instrumento indispensável para a vinda do Salvador do mundo, aparece na primeira leitura deste domingo como “o grande sinal que apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo de seus pés” (Apoc 12, 1).
De forma análoga, podemos dizer que os religiosos que, de fato vivem a sua consagração a Deus, com alegria e disponibilidade para a causa do Reino, são realmente um sinal na terra, que aponta para o infinito e para o transcendente.
Nós vivemos num mundo de consumo e de competição, onde vale o que se tem e o que se consegue aparentar, onde o próprio ser humano se torna objeto de conquista e de ostentação, falar em “voto de pobreza, castidade e obediência” é realmente fazer referência a uma realidade que aponta para a outra vida.
O nosso mundo não tem condições de compreender a alegria e a realização de uma mulher que está no convento e vive atrás de grades, por livre e espontânea vontade, unicamente para agradar ao Senhor, o noivo permanente de suas vidas e poder rezar pela Igreja e por sua obra de santificação no mundo inteiro.
O nosso mundo não consegue compreender um jovem que, aos vinte e poucos anos, faz a oferta de si mesmo à causa do Senhor, vivendo dentro de um Instituto Religioso, onde ele vai poder ser útil à Igreja e à causa da evangelização. Mais tarde, poderá ser ordenado sacerdote, e ser enviado a um país distante, onde trabalhará pelo Reino de Deus, enquanto os seus superiores assim o determinarem.
O nosso mundo tem dificuldades em compreender que uma pessoa estude quase vinte anos, para ser um profissional competente, nas mais diferentes áreas do ensino ou da pesquisa, para depois não ter carteira assinada, não ter seus próprios lucros ou ganhos, não ter sua própria poupança e economia. O voto de pobreza o faz dependente e submisso, não tendo nada pessoalmente, mas tudo está em nome da Ordem ou Congregação.
Graças a Deus, temos muitas vocações religiosas. Especialmente os novos Institutos, fundados no século XX, estão tendo muitas vocações, suas casas e seminários repletos de candidatos à vida religiosa. Rezemos para que todos eles sejam muito felizes.
Escrito por Dom Zeno
No terceiro domingo do mês ...
Caminhada Vocacional
Conhecer a Cristo
Ele é o amigo que os homens procuram.
Pe. Marcial Maciel, L.C.
Você percebeu as guerras que tantos homens travam por não conhecerem a Cristo? Tantos jovens envelhecidos prematuramente pelo vicio, com a alma dilacerada pela falta de sentido na vida, pelo engano, a frustração; as suas vidas perderam o horizonte. Por que eu vivo, e qual é o sentido de tudo isso? Não sabem a resposta? O passo ao suicídio chega a ser algo lógico e infelizmente muitos o dão.
E, no entanto, Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Oh! Se tivesse alguém que lhes mostrasse este caminho, que lhes sugerisse jovialmente que Ele é o amigo que buscam, o amigo que não engana nem defrauda, o amigo paciente, poderoso e bom, que sofre e se alegra com eles e por eles.... Verdadeiramente muitos jovens poderiam ser salvos e encontrariam a verdadeira felicidade.
Conheça as tuas qualidades
Nem todos têm vocação à vida consagrada. Deus chama aos que Ele quer. Pois bem, para ser sacerdote, religioso/a, ou consagrado/a, requerem-se algumas qualidades específicas. Assim como, se você quer ser piloto precisa ter a vista perfeita, certa altura e capacidade intelectual, da mesma forma para ser sacerdote você precisa ter certas qualidades.
As qualidades.
Se Deus te chama, Ele te dará as qualidades necessárias para ser sacerdote. Agora, você precisa saber se tem essas qualidades.
Por isso, converse com um sacerdote orientador vocacional e ele, depois de um período de seguimento e discernimento, vai te ajudar para ver se na realidade você possui essas qualidades.
Conheça um seminário
Falando da vocação
Quando na nossa vida cotidiana procuramos uma opção preferencial, normalmente nós jovens nos encontramos com um inconveniente; não sabemos para onde orientar nossa vida! E começamos a viver uma das crises mais fortes da vida, pois desta decisão dependerá nosso futuro imediato. Oferecem-nos uma gama de elementos que nos levam a distinguir as facilidades das opções do mundo os planos de estudos o interesse por algumas carreiras especialmente por aquelas que ajudem na realização humana; conforme a sociedade o necessita; mas o certo é que depois de finalizá-las ficamos com uma sensação de vazio; não nos levam a realização que esperávamos.
Por que isso acontece? A resposta é bem simples. O homem procura, por natureza, sua própria satisfação; mas esquecemos que o homem é um ser que crê, que está ligado a um ser supremo, a alguém a quem podemos chamar Deus, aqui não importa o credo, a condição social, ou o nível econômico. Esse alguém nos chama a compartilhar com ele a vida, mas se o que nos preocupa é a realização humana, logo então esse alguém fica eliminado de nossos projetos, queremo-nos realizar como profissionais. Mas como nós poderemos nos realizar humanamente, se estamos deixando de lado, um campo essencial da pessoa humana como é o espiritual o campo da fé?
Quando nos arriscamos a pensar, não somente no lado econômico na realização humana segundo os padrões materiais do mundo, mais também na minha felicidade, na minha realização como pessoa, aonde o que importa não é tanto o obter um bem material mais o descobrir o porquê da minha opção, realiza-me a mim e a outros junto comigo. Na verdade não sou só eu que obtenho benefícios da minha opção, mas também outros resultam beneficiados, é aí onde estamos entrando no âmbito do serviço, no âmbito da doação da pessoa mesma, no âmbito, já não de uma carreira, mais de uma Vocação. Exatamente esta é a parte onde nós lhe damos o verdadeiro lugar a esse alguém do qual falamos faz um momento e o convidamos a ser parte da nossa realização, é aqui onde nos descobrimos como pessoas. A vocação nos ajuda na realização pessoal desde a perspectiva da fé.
Finalmente nos perguntamos: O que é a vocação? A vocação é um chamado desse alguém (Deus) que nos convida a transformar nossa vida, poderíamos dizer que é um diálogo com Deus, mas é um diálogo com uma chave, o amor. E um diálogo amoroso com Deus. Este diálogo nos interpela, nos incita a dar uma resposta; e essa resposta deve ser dada numa situação e contexto histórico concreto. Deus nos chama assim como nós somos, nos pede participar de algo; e esse algo se constituirá na nossa missão, a resposta dada é parte da missão que todos temos que realizar, não como obrigação como um agradecimento a voz amorosa de Deus.
Participe num retiro ou convivência vocacional!
Ninguém ama aquilo que não conhece. Os retiros ou convivências vocacionais são meios muito bons para conhecer de perto e com mais detalhe o que é e o que implica uma possível vocação. Recomendamos a que você participe de algum retiro onde poderá conviver com outros jovens da tua idade com as mesmas interrogantes que você, conversar com Deus e pedir a ajuda de algum sacerdote para esclarecer as tuas dúvidas.
Fonte: www.vocacao.org
Catequese do Papa: a missão de santificar dos sacerdotes
Intervenção na audiência geral de hoje
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Publicamos, a seguir, o discurso pronunciado nesta quarta-feira por Bento XVI por ocasião da audiência geral na Praça São Pedro, dedicada à missão confiada aos sacerdotes de santificar os homens.
* * *
Caros irmãos e irmãs,
Domingo passado, durante minha visita pastoral a Turim, tive a alegria de me deter em oração diante do Santo Sudário, unindo-me aos outros dois milhões de peregrinos que durante a solene ostensão destes dias, puderam contemplá-lo. Aquele tecido sagrado pode nutrir e alimentar a fé e revigorar a piedade cristã, pois nos leva a nos voltar ao Rosto de Cristo, ao Corpo de Cristo crucificado e ressuscitado, a contemplar o Mistério Pascal, centro da mensagem cristã. Do Corpo de Cristo ressuscitado, vivo e atuante na história (cf. Rm 12, 5), nós, caros irmãos, somos membros vivos, cada um com sua própria função, associada à tarefa que o Senhor nos quis confiar. Hoje, nesta catequese, eu gostaria de retornar às tarefas específicas dos sacerdotes, que, segundo a tradição, são essencialmente três: ensinar, santificar e governar. Em uma das catequeses precedentes, falei sobre a primeira destas missões: o ensinamento, o anúncio da verdade, o anúncio do Deus revelado em Cristo, ou - com outras palavras - a missão profética de colocar o homem em contato com a verdade, de ajudá-lo a conhecer o essencial de sua vida e da própria realidade.
Hoje, eu gostaria de refletir brevemente convosco sobre a tarefa do sacerdote, a de santificar os homens, principalmente mediante os sacramentos e o culto da Igreja. Aqui devemos, primeiramente, perguntar-nos: o que quer dizer a palavra "santo"? A resposta é: "santo" é a qualidade específica do ser de Deus, isto é, absoluta verdade, bondade, amor, beleza - pura luz. Santificar uma pessoa significa, portanto, colocá-la em contato com Deus, com este seu ser luz, verdade e amor puro. É óbvio que tal contato transforma a pessoa. Na antiguidade, havia esta firme convicção: ninguém poderia ver Deus sem morrer imediatamente.
A força de verdade e de luz é grande demais! Se o homem toca esta torrente absoluta, não sobrevive. Por outro lado, havia também a convicção: sem um mínimo contato com Deus, o homem não pode viver. Verdade, bondade, amor são condições fundamentais de seu ser. A questão é: como pode o homem encontrar aquele contato com Deus, que é fundamental, sem morrer esmagado pela grandeza do ser divino? A fé da Igreja nos diz que o próprio Deus estabelece este contato, que nos transforma paulatinamente em verdadeiras imagens de Deus.
Assim, voltamos à tarefa do sacerdote de "santificar". Nenhum homem, por si mesmo, a partir de suas próprias forças, pode colocar alguém em contato com Deus. Parte essencial da graça do sacerdócio é o dom, a tarefa de criar este contato. Este se realiza no anúncio da Palavra de Deus, na qual sua luz vem ao nosso encontro. Realiza-se de um modo particularmente denso nos sacramentos. A imersão no mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo se dá no Batismo, é reforçada na Confirmação e na Reconciliação, é alimentada pela Eucaristia, sacramento que edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, tmplo do Espírito Santo (cf. João Paulo II, Pastores gregis, n. 32). É, portanto, o próprio Cristo quem nos torna santos, isto é, nos lança na esfera de Deus. Mas, como ato de sua infinita misericórdia, chama alguns a "estar" com Ele (cf. Mc 3, 14) e se tornar, mediante o sacramento da Ordem, a despeito da pobreza humana, participantes de seu próprio sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores de seus mistérios, "pontos de encontro" com Ele, de sua mediação entre Deus e os homens e entre os homens e Deus (cf. n. 5).
Nas últimas décadas, houve tendências orientadas a fazer prevalecer, na identidade e na missão do sacerdote, a dimensão do anúncio, separando-a daquela da santificação; com frequência se afirmou que seria necessário superar uma pastoral meramente sacramental.
Mas é possível exercitar de maneira autêntica o ministério sacerdotal "superando" a pastoral sacramental? O que significa propriamente para os sacerdotes evangelizar, no que consiste a assim chamada primazia do anúncio? Como reportam os Evangelhos, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é o objetivo de sua missão; este anúncio, porém, não é apenas um "discurso", mas inclui, ao mesmo tempo, seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus realiza indicam que o Reino vem como realidade presente e que coincide no fim com sua própria pessoa, com sua doação de si, como pudemos sentir hoje na leitura do Evangelho.
E o mesmo vale para o ministro ordenado: ele, o sacerdote, representa Cristo, o enviado do Pai, dá continuidade à sua missão, mediante a "palavra" e o "sacramento", nesta totalidade de corpo e alma, símbolo e palavra. Santo Agostinho, em uma carta ao bispo honorável de Thiabe, referindo-se aos sacerdotes, afirma: "Que façam, portanto, os servos de Cristo, os ministros de sua palavra e de seu sacramento, aquilo que ele ordenou ou permitiu" (Epístola 228, 2).
É necessário refletir se, em alguns casos, a subvalorização do exercício do munus sanctificandi não teria se refletido num enfraquecimento dessa mesma fé na eficácia salvífica dos sacramentos e, em definitivo, na atuação atual de Cristo e de seu Espírito através da Igreja, no mundo.
Quem, assim, salva o mundo e o homem? A única resposta que podemos oferecer é: Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado. E onde se atualiza o mistério da morte e ressurreição de Cristo, que conduz à salvação? Na ação de Cristo mediante a Igreja, em particular no sacramento da Eucaristia, que torna presente a oferenda sacrifical redentora do Filho de Deus, no sacramento da Reconciliação, no qual da morte do pecado volta-se para a vida nova, e qualquer outro ato sacramental de santificação. Por isso, é importante promover uma catequese adequada, a fim de auxiliar os fiéis a compreenderem o valor dos sacramentos, mas é também necessário, a exemplo de Santo Cura d'Ars, sermos disponíveis, generosos e atentos no doar aos irmãos os tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos, e das quais não somos "proprietários", mas tutores e administradores. Principalmente em nosso tempo, no qual, por um lado, parece que a fé está se enfraquecendo e, por outro, emerge uma necessidade profunda e uma busca difundida por espiritualidade, é necessário que cada sacerdote lembre que, em sua missão, o anúncio missionário, o culto e os sacramentos nunca estão separados, e que promova uma sã pastoral sacramental, a fim de formar o povo de Deus e ajudá-lo a viver em plenitude a liturgia, o culto da Igreja, os sacramentos como dons gratuitos de Deus, atos livres e eficazes de sua ação de salvação.
Como lembrei na santa Missa Crismal deste ano: "No centro do culto da Igreja está o Sacramento. Sacramento significa que, em primeiro lugar, não somos nós, homens, que realizamos algo, mas Deus que, em antecipação, vem ao nosso encontro com seu agir, e nos conduz em direção a Si. (...) Deus nos toca por meio de realidades materiais (...) que Ele coloca a seu serviço, tornando-as instrumentos do encontro entre nós e Ele" (Missa Crismal, 1º de abril de 2010). A verdade segundo a qual no sacramento "não somos nós homens que realizamos algo" remete, e deve remeter, também à consciência sacerdotal: cada presbítero sabe muito bem ser instrumento necessário ao agir salvífico de Deus, mas também sabe ser sempre um instrumento. Tal consciência deve torná-los humildes e generosos na administração dos sacramentos, no respeito às normas canônicas, mas também na profunda convicção que sua própria missão é fazer com que todos os homens, unidos em Cristo, possam oferecer-se a Deus como hóstia viva e santa a Ele agradável (cf. Rm 12, 1).
Exemplar, a respeito da primazia do munus sanctificandi e da correta interpretação da pastoral sacramental é, uma vez mais, São João Maria Vianney, o qual, certo dia, frente a um homem que dizia não ter fé e que desejava discutir com ele, respondeu: "Oh! Meu amigo, não sei raciocinar... mas se precisares de alguma consolação, entre ali... (apontando para o confessionário) e acredite, muitos outros entraram antes de ti e não tiveram de arrepender-se" (cf. Monnin A., Il Curato d'Ars. Vita di Gian-Battista-Maria Vianney, vol. I, Turín 1870, p. 163-164).
Caros sacerdotes, vivei com alegria e com amor a liturgia e o culto: é ação que o Ressuscitado cumpre na potência do Espírito Santo em nós e por nós. Eu gostaria de renovar o convite feito recentemente a "voltar ao confessionário, como local nos qual se celebra o sacramento da Reconciliação, mas também como lugar a ser ‘habitado' com mais frequência, para que o fiel possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, junto à presença real na Eucaristia" (Discurso na Penitenciaria Apostólica, 11 de março de 2010). E gostaria também de convidar cada sacerdote a celebrar e viver com intensidade a Eucaristia, que está no coração da missão de santificar; é Jesus que deseja estar conosco, viver em nós, doar-se a si mesmo, mostrar-nos a infinita misericórdia e ternura de Deus; é o único sacrifício de amor de Cristo que se faz presente, se realiza entre nós e alcança até o trono da Graça, na presença de Deus, abraça a humanidade e nos une a Ele (cf. Discurso ao clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). E o sacerdote é chamado a ser ministro deste grande Mistério, no Sacramento e na vida. Se "a grande tradição eclesial desvinculou com razão a eficácia sacramental da situação existencial concreta do sacerdote, de modo que assim as legítimas expectativas dos fiéis são salvaguardadas", isto não implica na dispensa "da necessária, antes indispensável tensão em direção à perfeição moral, que deve habitar todo coração autenticamente sacerdotal": há também um exemplo de fé e de testemunho de santidade, que o Povo de Deus espera justamente de seus Pastores (cf. Bento XVI, Discurso à Plenária da Congregação para o Clero, 16 de março de 2009). E é na celebração dos Santos Mistérios que o sacerdote encontra a raiz de sua santificação.
Caros amigos, sede cientes do grande dom que os sacerdotes representam para a Igreja e para o mundo; através de seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a se fazer presente, a santificar. Sabei agradecer a Deus, e sobretudo, permanecei próximos de vossos sacerdotes com a oração e o apoio, especialmente nos momentos de dificuldade, para que sejam cada vez mais pastores segundo o coração de Deus. Obrigado.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:
Os sacerdotes são um grande dom para a Igreja e para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a tornar-se presente e a santificar. Como o Santo Cura d'Ars, sejam generosos na distribuição dos tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos. Uma saudação cordial aos grupos do Brasil, designadamente aos fiéis do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Botucatu, e demais peregrinos de língua portuguesa. Com a Virgem Maria, neste mês que lhe é especialmente dedicado, imploremos o Espírito de Amor sobre todos os sacerdotes para que sejam pastores segundo o coração de Deus. Sobre vós, vossas famílias e paróquias, desça a minha Bênção. Aproveito este momento para enviar uma saudação particular ao querido povo de Portugal, país com uma história muito ligada ao Papa, bispo de Roma. Para lá partirei na próxima terça-feira, aceitando o convite que me foi feito pelo Senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa. Sinto-me muito feliz por poder visitar as «Terras de Santa Maria», no décimo aniversário da beatificação dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto. A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto!
[Tradução: Paulo Marcelo de Avellar Silva.
©Libreria Editrice Vaticana]
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org). - Publicamos, a seguir, o discurso pronunciado nesta quarta-feira por Bento XVI por ocasião da audiência geral na Praça São Pedro, dedicada à missão confiada aos sacerdotes de santificar os homens.
* * *
Caros irmãos e irmãs,
Domingo passado, durante minha visita pastoral a Turim, tive a alegria de me deter em oração diante do Santo Sudário, unindo-me aos outros dois milhões de peregrinos que durante a solene ostensão destes dias, puderam contemplá-lo. Aquele tecido sagrado pode nutrir e alimentar a fé e revigorar a piedade cristã, pois nos leva a nos voltar ao Rosto de Cristo, ao Corpo de Cristo crucificado e ressuscitado, a contemplar o Mistério Pascal, centro da mensagem cristã. Do Corpo de Cristo ressuscitado, vivo e atuante na história (cf. Rm 12, 5), nós, caros irmãos, somos membros vivos, cada um com sua própria função, associada à tarefa que o Senhor nos quis confiar. Hoje, nesta catequese, eu gostaria de retornar às tarefas específicas dos sacerdotes, que, segundo a tradição, são essencialmente três: ensinar, santificar e governar. Em uma das catequeses precedentes, falei sobre a primeira destas missões: o ensinamento, o anúncio da verdade, o anúncio do Deus revelado em Cristo, ou - com outras palavras - a missão profética de colocar o homem em contato com a verdade, de ajudá-lo a conhecer o essencial de sua vida e da própria realidade.
Hoje, eu gostaria de refletir brevemente convosco sobre a tarefa do sacerdote, a de santificar os homens, principalmente mediante os sacramentos e o culto da Igreja. Aqui devemos, primeiramente, perguntar-nos: o que quer dizer a palavra "santo"? A resposta é: "santo" é a qualidade específica do ser de Deus, isto é, absoluta verdade, bondade, amor, beleza - pura luz. Santificar uma pessoa significa, portanto, colocá-la em contato com Deus, com este seu ser luz, verdade e amor puro. É óbvio que tal contato transforma a pessoa. Na antiguidade, havia esta firme convicção: ninguém poderia ver Deus sem morrer imediatamente.
A força de verdade e de luz é grande demais! Se o homem toca esta torrente absoluta, não sobrevive. Por outro lado, havia também a convicção: sem um mínimo contato com Deus, o homem não pode viver. Verdade, bondade, amor são condições fundamentais de seu ser. A questão é: como pode o homem encontrar aquele contato com Deus, que é fundamental, sem morrer esmagado pela grandeza do ser divino? A fé da Igreja nos diz que o próprio Deus estabelece este contato, que nos transforma paulatinamente em verdadeiras imagens de Deus.
Assim, voltamos à tarefa do sacerdote de "santificar". Nenhum homem, por si mesmo, a partir de suas próprias forças, pode colocar alguém em contato com Deus. Parte essencial da graça do sacerdócio é o dom, a tarefa de criar este contato. Este se realiza no anúncio da Palavra de Deus, na qual sua luz vem ao nosso encontro. Realiza-se de um modo particularmente denso nos sacramentos. A imersão no mistério pascal da morte e ressurreição de Cristo se dá no Batismo, é reforçada na Confirmação e na Reconciliação, é alimentada pela Eucaristia, sacramento que edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, tmplo do Espírito Santo (cf. João Paulo II, Pastores gregis, n. 32). É, portanto, o próprio Cristo quem nos torna santos, isto é, nos lança na esfera de Deus. Mas, como ato de sua infinita misericórdia, chama alguns a "estar" com Ele (cf. Mc 3, 14) e se tornar, mediante o sacramento da Ordem, a despeito da pobreza humana, participantes de seu próprio sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores de seus mistérios, "pontos de encontro" com Ele, de sua mediação entre Deus e os homens e entre os homens e Deus (cf. n. 5).
Nas últimas décadas, houve tendências orientadas a fazer prevalecer, na identidade e na missão do sacerdote, a dimensão do anúncio, separando-a daquela da santificação; com frequência se afirmou que seria necessário superar uma pastoral meramente sacramental.
Mas é possível exercitar de maneira autêntica o ministério sacerdotal "superando" a pastoral sacramental? O que significa propriamente para os sacerdotes evangelizar, no que consiste a assim chamada primazia do anúncio? Como reportam os Evangelhos, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é o objetivo de sua missão; este anúncio, porém, não é apenas um "discurso", mas inclui, ao mesmo tempo, seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus realiza indicam que o Reino vem como realidade presente e que coincide no fim com sua própria pessoa, com sua doação de si, como pudemos sentir hoje na leitura do Evangelho.
E o mesmo vale para o ministro ordenado: ele, o sacerdote, representa Cristo, o enviado do Pai, dá continuidade à sua missão, mediante a "palavra" e o "sacramento", nesta totalidade de corpo e alma, símbolo e palavra. Santo Agostinho, em uma carta ao bispo honorável de Thiabe, referindo-se aos sacerdotes, afirma: "Que façam, portanto, os servos de Cristo, os ministros de sua palavra e de seu sacramento, aquilo que ele ordenou ou permitiu" (Epístola 228, 2).
É necessário refletir se, em alguns casos, a subvalorização do exercício do munus sanctificandi não teria se refletido num enfraquecimento dessa mesma fé na eficácia salvífica dos sacramentos e, em definitivo, na atuação atual de Cristo e de seu Espírito através da Igreja, no mundo.
Quem, assim, salva o mundo e o homem? A única resposta que podemos oferecer é: Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado. E onde se atualiza o mistério da morte e ressurreição de Cristo, que conduz à salvação? Na ação de Cristo mediante a Igreja, em particular no sacramento da Eucaristia, que torna presente a oferenda sacrifical redentora do Filho de Deus, no sacramento da Reconciliação, no qual da morte do pecado volta-se para a vida nova, e qualquer outro ato sacramental de santificação. Por isso, é importante promover uma catequese adequada, a fim de auxiliar os fiéis a compreenderem o valor dos sacramentos, mas é também necessário, a exemplo de Santo Cura d'Ars, sermos disponíveis, generosos e atentos no doar aos irmãos os tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos, e das quais não somos "proprietários", mas tutores e administradores. Principalmente em nosso tempo, no qual, por um lado, parece que a fé está se enfraquecendo e, por outro, emerge uma necessidade profunda e uma busca difundida por espiritualidade, é necessário que cada sacerdote lembre que, em sua missão, o anúncio missionário, o culto e os sacramentos nunca estão separados, e que promova uma sã pastoral sacramental, a fim de formar o povo de Deus e ajudá-lo a viver em plenitude a liturgia, o culto da Igreja, os sacramentos como dons gratuitos de Deus, atos livres e eficazes de sua ação de salvação.
Como lembrei na santa Missa Crismal deste ano: "No centro do culto da Igreja está o Sacramento. Sacramento significa que, em primeiro lugar, não somos nós, homens, que realizamos algo, mas Deus que, em antecipação, vem ao nosso encontro com seu agir, e nos conduz em direção a Si. (...) Deus nos toca por meio de realidades materiais (...) que Ele coloca a seu serviço, tornando-as instrumentos do encontro entre nós e Ele" (Missa Crismal, 1º de abril de 2010). A verdade segundo a qual no sacramento "não somos nós homens que realizamos algo" remete, e deve remeter, também à consciência sacerdotal: cada presbítero sabe muito bem ser instrumento necessário ao agir salvífico de Deus, mas também sabe ser sempre um instrumento. Tal consciência deve torná-los humildes e generosos na administração dos sacramentos, no respeito às normas canônicas, mas também na profunda convicção que sua própria missão é fazer com que todos os homens, unidos em Cristo, possam oferecer-se a Deus como hóstia viva e santa a Ele agradável (cf. Rm 12, 1).
Exemplar, a respeito da primazia do munus sanctificandi e da correta interpretação da pastoral sacramental é, uma vez mais, São João Maria Vianney, o qual, certo dia, frente a um homem que dizia não ter fé e que desejava discutir com ele, respondeu: "Oh! Meu amigo, não sei raciocinar... mas se precisares de alguma consolação, entre ali... (apontando para o confessionário) e acredite, muitos outros entraram antes de ti e não tiveram de arrepender-se" (cf. Monnin A., Il Curato d'Ars. Vita di Gian-Battista-Maria Vianney, vol. I, Turín 1870, p. 163-164).
Caros sacerdotes, vivei com alegria e com amor a liturgia e o culto: é ação que o Ressuscitado cumpre na potência do Espírito Santo em nós e por nós. Eu gostaria de renovar o convite feito recentemente a "voltar ao confessionário, como local nos qual se celebra o sacramento da Reconciliação, mas também como lugar a ser ‘habitado' com mais frequência, para que o fiel possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, junto à presença real na Eucaristia" (Discurso na Penitenciaria Apostólica, 11 de março de 2010). E gostaria também de convidar cada sacerdote a celebrar e viver com intensidade a Eucaristia, que está no coração da missão de santificar; é Jesus que deseja estar conosco, viver em nós, doar-se a si mesmo, mostrar-nos a infinita misericórdia e ternura de Deus; é o único sacrifício de amor de Cristo que se faz presente, se realiza entre nós e alcança até o trono da Graça, na presença de Deus, abraça a humanidade e nos une a Ele (cf. Discurso ao clero de Roma, 18 de fevereiro de 2010). E o sacerdote é chamado a ser ministro deste grande Mistério, no Sacramento e na vida. Se "a grande tradição eclesial desvinculou com razão a eficácia sacramental da situação existencial concreta do sacerdote, de modo que assim as legítimas expectativas dos fiéis são salvaguardadas", isto não implica na dispensa "da necessária, antes indispensável tensão em direção à perfeição moral, que deve habitar todo coração autenticamente sacerdotal": há também um exemplo de fé e de testemunho de santidade, que o Povo de Deus espera justamente de seus Pastores (cf. Bento XVI, Discurso à Plenária da Congregação para o Clero, 16 de março de 2009). E é na celebração dos Santos Mistérios que o sacerdote encontra a raiz de sua santificação.
Caros amigos, sede cientes do grande dom que os sacerdotes representam para a Igreja e para o mundo; através de seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a se fazer presente, a santificar. Sabei agradecer a Deus, e sobretudo, permanecei próximos de vossos sacerdotes com a oração e o apoio, especialmente nos momentos de dificuldade, para que sejam cada vez mais pastores segundo o coração de Deus. Obrigado.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:
Os sacerdotes são um grande dom para a Igreja e para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a tornar-se presente e a santificar. Como o Santo Cura d'Ars, sejam generosos na distribuição dos tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos. Uma saudação cordial aos grupos do Brasil, designadamente aos fiéis do Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Botucatu, e demais peregrinos de língua portuguesa. Com a Virgem Maria, neste mês que lhe é especialmente dedicado, imploremos o Espírito de Amor sobre todos os sacerdotes para que sejam pastores segundo o coração de Deus. Sobre vós, vossas famílias e paróquias, desça a minha Bênção. Aproveito este momento para enviar uma saudação particular ao querido povo de Portugal, país com uma história muito ligada ao Papa, bispo de Roma. Para lá partirei na próxima terça-feira, aceitando o convite que me foi feito pelo Senhor Presidente da República e pela Conferência Episcopal Portuguesa. Sinto-me muito feliz por poder visitar as «Terras de Santa Maria», no décimo aniversário da beatificação dos Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto. A todos, sem excluir ninguém, saúdo cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto!
[Tradução: Paulo Marcelo de Avellar Silva.
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Carta Pastoral aos Católicos da Irlânda
1. Queridos irmãos e irmãs da Igreja na Irlanda, eu escrevo com grande preocupação como Pastor da Igreja universal. Como você, eu estou profundamente chocado com a notícia que veio à luz sobre o abuso de crianças vulneráveis e jovens, membros da Igreja em Portugal, sobretudo aos sacerdotes e religiosos. Partilho a ansiedade ea sensação de traição que muitos de vocês têm experimentado at'll descobrir os atos pecaminosos e criminal ea forma em que as autoridades enfrentam a Igreja na Irlanda.
Como vocês sabem, recentemente convidou os bispos da Irlanda, em uma reunião em Roma um relatório sobre como abordou estas questões no passado, e indicar que medidas foram tomadas para resolver esta grave situação. Junto com alguns altos prelados da Cúria Romana ouvi o que eles tinham a dizer, tanto individualmente como em grupos, propondo uma análise dos erros cometidos e as lições aprendidas, e uma descrição de programas e procedimentos em andamento. Nossas discussões foram francas e construtivas. Espero que, como resultado, os bispos estão agora numa posição mais forte para continuar a tarefa de reparar as injustiças do passado e lidar com questões mais amplas relacionadas ao abuso de criança de uma forma coerente com as exigências da justiça e as lições o Evangelho.
2. Pela minha parte, tendo em conta a gravidade do crime ea resposta muitas vezes inadequadas que têm recebido das autoridades eclesiásticas do seu país, eu decidi escrever esta carta para exprimir a minha proximidade com você, e propor uma forma cura, renovação e reparação.
De fato, como indicado por muitas pessoas em seu país, o problema do abuso infantil não é específico para a Irlanda e da Igreja. No entanto, como você tem a tarefa à frente é para resolver o problema de abuso que ocorrem dentro da comunidade católica na Irlanda e para fazê-lo com coragem e determinação. Que ninguém imagine que esta triste situação será resolvida em breve. medidas positivas foram tomadas, mas ainda há muito a ser feito. É preciso perseverança e oração, com grande confiança no poder de cura da graça de Deus.
Ao mesmo tempo, também tenho de expressar a minha convicção de que a recuperação desta ferida dolorosa, a Igreja na Irlanda deve ser reconhecido pela primeira vez diante de Deus e outros pecados graves cometidos contra crianças indefesas. Este reconhecimento, juntamente com um sincero arrependimento pelos danos causados às vítimas e suas famílias, deve liderar um esforço concertado para assegurar que os futuros filhos estão protegidos contra tais crimes.
Como você enfrentar os desafios deste momento, peço que se lembrem do rock "a partir da qual foram cortados" (É 51, 1). Refletir sobre a contribuição generosa e, muitas vezes heróico que têm dado à Igreja e as gerações da humanidade dos homens e mulheres irlandeses e faça uma reflexão impulso honesto exame de consciência pessoal e uma condenação para o programa de renovação eclesial e individual. Eu rezo para que a Igreja na Irlanda, assistida pela intercessão dos santos numerosos e purificada pela penitência, superar esta crise e voltar a ser novamente um testemunho convincente da verdade e da bondade de Deus Todo-Poderoso, que surgiram em Filho Jesus Cristo.
3. Ao longo da história, os católicos irlandeses têm provado, tanto em casa como no exterior, uma força motriz para o bem. Celtic monges como São Columba, a difusão do Evangelho na Europa Ocidental e lançou as bases da cultura monástica medieval. Os ideais de santidade, de caridade e sabedoria transcendente, que nasce da fé cristã, foram incorporados na construção de igrejas e mosteiros, ea criação de escolas, bibliotecas e hospitais, o que contribuiu para fortalecer a identidade espiritual da Europa. Estes missionários irlandeses devido a sua força e inspiração para a firmeza de sua fé, de uma liderança forte e retidão moral da Igreja em sua terra natal.
A partir do século XVI, os católicos na Irlanda experimentou um longo período de perseguição, durante a qual lutaram para manter viva a chama da fé em circunstâncias difíceis e perigosas. St. Oliver Plunkett, martirizado arcebispo de Armagh, é o exemplo mais famoso de uma série de bravos filhos e filhas da Irlanda dispostos a dar sua vida por fidelidade ao Evangelho. Após a Emancipação Católica, a Igreja estava livre para voltar a crescer. Famílias e de muitas pessoas que mantiveram a fé no momento da prova tornou-se a faísca de um grande reavivamento do catolicismo irlandês no século XIX. A escola da Igreja, especialmente os pobres, que foi um contributo importante para a sociedade irlandesa. Entre os frutos de novas escolas católicas aumentou vocações gerações de missionários, padres, irmãs e irmãos deixaram sua pátria para servir em todos os continentes, especialmente no mundo de fala Inglês. Foi notável não só pela vastidão de seus números, mas também pela força da sua fé ea força do seu compromisso pastoral. Muitas dioceses, sobretudo na África, América e Austrália, têm beneficiado da presença do clero irlandês e religioso, que pregava o evangelho e fundou igrejas, escolas e universidades, clínicas e hospitais aberto tanto para os católicos e os do resto da sociedade , com especial atenção às necessidades dos pobres.
Em quase todas as famílias irlandesas tem sido sempre uma pessoa, um filho ou filha, um tio ou tia que deu sua vida à Igreja. Com razão, as famílias irlandeses têm um grande respeito e afeto de seus entes queridos que dedicaram suas vidas a Cristo, partilhando o dom da fé com os outros e levar a fé em prática com um serviço de amor a Deus e ao próximo.
4. Nas últimas décadas, no entanto, a Igreja em seu país teve de enfrentar novos desafios e graves para a fé, devido à rápida transformação e da secularização da sociedade irlandesa. A mudança social tem sido muito rápido e muitas vezes tem um impacto negativo sobre o tradicional apoio dos católicos na educação e valores. Eles também eram frequentemente negligenciado prática sacramental e devocional que o apoio da fé e são capazes de crescer e confissão freqüente, a oração diária e retiros anuais. Ele também foi significativa nesse período a tendência, até mesmo por sacerdotes e religiosos, a adotar formas de pensar e ver as realidades seculares, sem referência suficiente para o Evangelho. O programa de renovação proposto pelo Concílio Vaticano II foi, por vezes, incompreendido e também à luz das profundas mudanças sociais que estavam ocorrendo, não foi fácil discernir a melhor maneira de fazê-lo. Em particular, houve uma tendência, motivada por boas intenções, mas errado, para evitar abordagens criminosas situação canonicamente irregular. Neste contexto geral, devemos tentar compreender o problema desconcertante de abuso sexual infantil, o que contribuiu muito para o enfraquecimento da fé e da falta de respeito para a Igreja e seus ensinamentos.
Só por examinar cuidadosamente os diversos fatores que levaram à atual crise é possível fazer um diagnóstico claro sobre as causas e encontrar soluções. De fato, entre os fatores que contribuíram para isso, podemos enumerar: os procedimentos inadequados para determinação da aptidão dos candidatos para o sacerdócio ea vida religiosa, a insuficiência humana, moral, intelectual e espiritual seminários e noviciado, uma tendência na sociedade incentivar o clero e outras figuras de autoridade e uma preocupação descabida para o bom nome da Igreja e para evitar escândalos, o que resultou na falta de aplicação das sanções canónicas em vigor ea falta de protecção da dignidade de cada pessoa . Devemos agir com urgência para combater esses fatores, que têm tido consequências tão trágicas para a vida das vítimas e suas famílias e têm obscurecido a luz do Evangelho, pois não tinha conseguido até mesmo séculos de perseguição.
5. Em diversas ocasiões, desde a minha eleição à Sé de Pedro, encontrei-me com as vítimas de abuso sexual e estou disposto a fazê-lo no futuro. Falei com eles, ouvir suas histórias, eu achei seu sofrimento, eu rezava com eles e para eles. Mais cedo no meu pontificado, preocupado em resolver este problema, pediu aos bispos da Irlanda, durante a visita "ad Limina" 2006 ", estabelecer a verdade do que aconteceu no passado, tomar todas as medidas necessárias para evitar que se repita em o futuro, para garantir o pleno respeito dos princípios da justiça e, acima de tudo, a cura para as vítimas e todos os afetados por esses crimes hediondos "(Discurso aos bispos da Irlanda, 28 de outubro de 2006: L'Osservatore Romano, edição em língua espanhola, 03 de novembro de 2006, p. 3).
Nesta carta, exorto todos vós como povo de Deus, na Irlanda, para refletir sobre as feridas no corpo de Cristo, sobre as medidas necessárias, às vezes dolorosas, para vender e cura, ea necessidade de unidade, da caridade e da ajuda mútua no longo processo de recuperação e renovação da igreja. Dirijo-me agora com as palavras que vêm do meu coração, e eu quero falar com cada um de vós e todos vós, como irmãos e irmãs no Senhor.
6.Vítimas de abuso e suas famílias
Você já sofreu muito e eu estou realmente triste. Eu sei que nada pode apagar o mal que sofreram. Sua confiança foi traída e sua dignidade violada. Muitos tiveram que quando você teve a coragem de falar sobre o que tinha acontecido com você, ninguém queria ouvir. Aqueles que sofreram abuso em escolas residenciais devem ter sentido que não havia nenhuma maneira fora de seus sofrimentos. É compreensível que seja difícil perdoar ou se reconciliou com a Igreja. Em seu nome, expressar abertamente vergonha e remorso que todos nós sentimos. Ao mesmo tempo, peço-lhe para não perder a esperança. Em comunhão com a Igreja é onde encontramos a pessoa de Jesus Cristo, que era ele mesmo uma vítima da injustiça e do pecado. Como você, ainda carrega as feridas de seu sofrimento injusto. Ele entende a profundidade do seu sofrimento ea persistência dos seus efeitos sobre sua vida e seus relacionamentos com outras pessoas, incluindo sua relação com a Igreja. Sei que alguns de você achar que é difícil mesmo entrar numa igreja, depois do que aconteceu. No entanto, as mesmas feridas de Cristo, transformados pelo seu sofrimento redentor, são os instrumentos que tenham quebrado o poder do mal e que renascem para a vida e esperança. Acredito firmemente no poder de cura do amor sacrificial, mesmo na mais escura e sem esperança, que traz a libertação ea promessa de um novo começo.
Ao falar para você como pastor, preocupado com o bem-estar de todos os filhos de Deus, eu humildemente pedir-lhe para reflectir sobre o que eu disse. Rezo para que se aproximar mais de Cristo e participar na vida da Igreja, uma Igreja purificada pela penitência e na caridade pastoral renovada re-descobrir que é infinito amor de Cristo por cada um de vocês. Tenho certeza que desta forma você será capaz de encontrar a reconciliação, cura interior profundo e de paz.
7.Sacerdotes e religiosos que abusaram de crianças
Você traiu a confiança depositada em você por pais jovens e inocentes. Você deve responder diante de Deus Todo-Poderoso e devidamente constituída tribunais. Você perdeu a estima do povo da Irlanda e da vergonha e desgraça no elenco seu irmão sacerdotes e religiosos. Aqueles que são sacerdotes violaram a santidade do sacramento da Ordem, na qual Cristo está presente em nós e em nossas ações. Além dos imensos prejuízos causados às vítimas, houve enormes prejuízos à Igreja e na percepção pública do sacerdócio e vida religiosa.
Exorto-vos a examinar sua consciência, a assumir a responsabilidade pelos pecados que cometeram e para expressar sua tristeza com humildade. O arrependimento sincero abre as portas para o perdão de Deus e da graça de alteração verdade. Você deve tentar expiar suas ações pessoalmente, oferecendo orações e penitências para quem tem ofendido. O sacrifício redentor de Cristo tem o poder de perdoar até mesmo o mais grave dos pecados e trazer o bem dos mais terríveis males. Ao mesmo tempo, a justiça de Deus nos chama para dar conta de nossas ações, sem esconder nada. Abertamente admitir sua culpa, e se curvar às exigências da justiça, mas não desespero da misericórdia de Deus.
8.Pais
Você tem sido profundamente chocado ao saber dos terríveis acontecimentos que aconteceram no que deveria ter sido um ambiente mais seguro para todos. No mundo de hoje não é fácil construir uma casa e criar os filhos. Eles merecem a crescer em um ambiente seguro com cuidado e amor, com um forte senso de identidade e valor. Eles têm o direito de ser educadas nos autênticos valores morais enraizados na dignidade da pessoa humana, para desenhar sobre a verdade da nossa fé católica e aprender modos de comportamento e ação que levará a auto-estima saudável e felicidade duradoura. Esta tarefa nobre mas desafiador é confiada em primeiro lugar a você, seus pais. Convido-vos a jogar o seu papel para assegurar que as crianças os melhores cuidados possíveis, tanto em casa como na sociedade em geral, enquanto a Igreja, por sua vez, continua a aplicar as medidas adoptadas nos últimos anos para proteger os jovens paróquia e ambientes escolares. Garanto-vos que estou perto de você e eu ofereço o meu apoio para suas orações, eles estão cumprindo as responsabilidades importantes
9.Crianças e jovens da Irlanda
Dirijo uma palavra especial de encorajamento. Sua experiência da Igreja é muito diferente de seus pais e avós. O mundo mudou muito desde que eles tinham sua idade. No entanto, todas as pessoas em cada geração, são chamados a seguir o mesmo caminho na vida, independentemente das circunstâncias. Estamos todos indignados com os pecados e as faltas de alguns membros da Igreja, especialmente os que foram eleitos para liderar e servir as pessoas, especialmente jovens. Mas na Igreja onde você vai encontrar Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Hb 13, 8). Ele te ama e deu a Si mesmo por você na cruz. Procure um relacionamento pessoal com ele na comunhão da sua Igreja, porque ele nunca trairia sua confiança. Só Ele pode satisfazer os seus mais profundos anseios e dar pleno sentido à sua vida, dirigindo a serviço dos outros. Mantenha seus olhos em Jesus e sua bondade, e proteger a chama da fé em seu coração. Eu confio em você para que, juntamente com seu companheiros católicos na Irlanda, você pode ser fiéis discípulos de nosso Senhor e aportéis o entusiasmo eo idealismo tão necessário para a reconstrução e renovação de nossa amada Igreja.
10.Os sacerdotes e religiosos na Irlanda
Estamos todos sofrendo os pecados de nossos irmãos, que traíram a obrigação sagrada ou não abordados de forma justa e responsável, sobre as alegações de abuso. À luz do escândalo e indignação que estes acontecimentos têm causado, não só entre os leigos, mas também entre si e em suas comunidades religiosas, muitos de vocês pessoalmente, sentimos desencorajados e até mesmo abandonado. Também estou ciente de que, aos olhos de alguns marcados como você parece culpado por associação, e que eu considero como se você fosse responsável pelos crimes dos outros. Neste momento de sofrimento, quero reconhecer a entrega do seu sacerdócio e à vida religiosa, e seu apostolado, e convido-vos para reafirmar sua fé em Cristo, seu amor por sua Igreja e sua fé na promessa do Evangelho da redenção, perdão e renovação interior. Assim, tudo o que demostraréis onde abunda o pecado, a graça abundante (cf. Rm 5, 20).
Sei que muitos de vocês estão decepcionados, perplexos e irritados com a maneira como alguns dos seus superiores hierárquicos têm abordado essas questões. No entanto, é essencial que cooperéis estreitamente com aqueles em posições de autoridade e colaboréis assegurar que as medidas tomadas para responder à crise para ser verdadeiramente evangélica, justo e eficaz. Peço principalmente que os homens cada vez mais claramente e mulheres de oração, juntamente com a fé, o caminho da conversão, purificação e reconciliação. Assim, a Igreja na Irlanda ganhou uma nova vida e vitalidade graças a seu testemunho do poder redentor de Deus que se tornou visível em sua vida.
11.Aos meus irmãos bispos
Não há como negar que alguns de vocês e de seus antecessores falharam, por vezes severamente, ao aplicar as regras, codificada por um longo tempo, o direito canônico sobre os crimes de abuso infantil. Eles cometeram erros graves, em resposta às alegações. Eu reconheço que foi muito difícil para capturar a magnitude e complexidade do problema, informações confiáveis e tomar as decisões adequadas à luz dos diferentes pontos de vista de especialistas. No entanto, devemos reconhecer que erros graves foram julgamento ea falha do governo. Tudo isso minou seriamente a sua credibilidade e eficácia. Eu aprecio os esforços que se comprometeram a corrigir os erros do passado e para garantir que não haja reincidência. Além de implementar plenamente as normas do direito canónico sobre os casos de abuso de criança continuar a cooperar com as autoridades civis na área de competência. É claro que os superiores religiosos devem fazer o mesmo. Eles também participaram de reuniões recentes em Roma com o objectivo de estabelecer uma abordagem clara e consistente a estas questões. É necessário revisar e atualizar constantemente as regras da Igreja na Irlanda para proteger as crianças e aplicá-las integralmente e de forma imparcial, em conformidade com o direito canónico.
Somente a ação determinada realizado com total honestidade e transparência irá restaurar o respeito e apreço do povo irlandês por parte da Igreja a que temos dedicado nossas vidas. Deve emergir, primeiro, de seu pessoal o auto-exame de limpeza interna e renovação espiritual. O povo irlandês esperado justamente para ser homens de Deus, ser santo, para simplesmente viver e buscar cada dia a conversão pessoal. Para eles, nas palavras de Santo Agostinho, que são os bispos, no entanto, eles são chamados a ser discípulos de Cristo (cf. Sermão 340, 1). Exorto-vos, portanto, a renovar o senso de responsabilidade para com Deus, para crescer em solidariedade com seu povo e aprofundar o seu cuidado pastoral para todos os membros de seu rebanho. Em particular, preocupaos pela vida espiritual e moral de cada um de seus sacerdotes. Servi-lo no exemplo com sua própria vida, estar perto deles, ouvir as suas preocupações, oferecer-lhes incentivo neste momento difícil e alimentar a chama do seu amor por Cristo e seu compromisso de servir a seus irmãos e irmãs.
Devemos também incentivar os leigos para desempenhar o seu papel legítimo na vida da Igreja. Afirmar a sua formação para que possam dar conta do Evangelho, de modo articulado e convincente, no meio da sociedade moderna (cf. 1 P 3, 15), a cooperar mais plenamente na vida e na missão da Igreja. Este, por sua vez, irá ajudá-lo a voltar a ser guias e testemunhas credíveis da verdade redentora de Cristo.
12.Para todos os fiéis da Irlanda
A experiência que um jovem faz com que a Igreja deve ser sempre fruto de uma vida pessoal e dando-encontro com Jesus Cristo dentro de uma comunidade que ama e suporta. Neste ambiente, incentivar os jovens a atingir sua estatura humana e espiritual completa, aspirar a altos ideais de santidade, de caridade e de verdade, e aproveitar a riqueza de uma grande tradição religiosa e cultural. Na nossa sociedade cada vez mais secularizada, em que até mesmo os cristãos encontram frequentemente difícil falar da dimensão transcendente da nossa existência, temos de encontrar novas maneiras de ensinar aos jovens a beleza ea riqueza da amizade com Jesus Cristo em comunhão da sua Igreja. Ao abordar a actual crise, as medidas para combater crimes adequadamente individuais são essenciais, mas sozinhos não são o suficiente: precisamos de uma nova visão que inspira gerações atuais e futuras para o tesouro do dom de nossa fé comum. Seguindo o caminho indicado pelo Evangelho, observando os mandamentos e moldar a sua vida mais e mais para a pessoa de Jesus Cristo, sofrerá profunda renovação certamente necessita urgentemente de nossa época. Eu convido a todos a perseverar neste caminho.
13. Queridos irmãos e irmãs em Cristo, profundamente preocupado com todos vocês neste momento de dor, onde a fragilidade da condição humana é revelada de forma tão clara, eu queria oferecer estas palavras de encorajamento e apoio. Espero que o aceptéis como um sinal da minha proximidade espiritual e minha confiança na sua capacidade para enfrentar os desafios do momento, utilizando, como fonte de inspiração e força renovada para as nobres tradições da Irlanda fidelidade ao Evangelho, a perseverança em fé e determinação em busca da santidade. Junto com você, a insistência de ouro que, com a graça de Deus, para curar as feridas infligidas à tantas pessoas e famílias, e para a Igreja em Portugal vai experimentar um tempo de renascimento e renovação espiritual
14. Eu quero propor, além disso, algumas medidas específicas para resolver a situação.
No final do encontro com os bispos da Irlanda, pedi-lhes para a Quaresma deste ano é considerado um tempo de oração para a efusão da misericórdia de Deus e os dons de santidade e força do Espírito Santo sobre a Igreja no seu país. Agora eu convido todos vocês a oferta de um ano a partir de agora até a Páscoa de 2011, sexta-feira da penitência para este fim. Peço-lhe para apresentar o seu jejum, sua oração, a leitura das Escrituras e suas obras de misericórdia para com a graça da cura e da renovação da Igreja na Irlanda. Encorajo-vos a redescobrir o sacramento da Reconciliação com mais freqüência e aproveitar o poder transformador da sua graça.
Temos também uma atenção especial à adoração eucarística, e cada diocese deve ter igrejas ou capelas dedicadas especificamente para esta finalidade. Peço as paróquias, seminários, casas religiosas e mosteiros para organizar momentos de adoração eucarística, para dar a todos a oportunidade de participar. Com fervorosa oração a presença real do Senhor, você pode executar a reparação pelos pecados dos abusos que causaram tanto dano e ao mesmo tempo, implorar a graça de uma força renovada e um profundo senso de missão todos os bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis.
Tenho certeza que este programa vai levar a um renascimento da Igreja na Irlanda, na plenitude da verdade de Deus, porque é verdade que nos torna livres (cf. Jo 8, 32).
Além disso, após ter rezado e consultados sobre este assunto, tenho a intenção de convocar uma visita apostólica em algumas dioceses de Portugal, bem como seminários e congregações religiosas. A visita destina-se a ajudar a Igreja local na forma de renovação e é feito em colaboração com os Dicastérios competentes da Cúria Romana e da Conferência Episcopal Irlandesa. Os detalhes serão anunciados em devido tempo.
Eu também propor a convocação de uma missão nacional para todos os bispos, sacerdotes e religiosos. Espero que, graças à competência de especialistas e organizadores pregadores de retiros em Portugal e noutros países, e re-examinar os documentos conciliares, os ritos litúrgicos da organização e da profissão, e os recentes ensinamentos do Papa, você vem para uma apreciação mais profunda do sua respectivas vocações, para redescobrir as raízes da sua fé em Jesus Cristo e bebida em abundância nos rios de água viva que oferece através de Sua Igreja.
Neste ano dedicado aos sacerdotes, proponho uma maneira especial a figura de São João Maria Vianney, que entendeu tão profundamente o mistério do sacerdócio. "O padre escreveu," é a chave para os tesouros do céu: é ele quem abre a porta, é o ecónomo do bom Deus, o administrador dos seus bens. " O Cura d'Ars entendi completamente o que uma bênção para a comunidade é um bom sacerdote e santo: "Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina ". Que por intercessão de São João Maria Vianney revitalizar o sacerdócio na Irlanda e toda a Igreja em Portugal vai crescer na estima do grande dom do ministério sacerdotal.
Aproveito esta oportunidade para agradecer antecipadamente a todos aqueles que estarão envolvidos na tarefa de organizar a visita e missão apostólica e para muitos homens e mulheres em toda a Irlanda e estamos trabalhando para proteger as crianças em círculos da Igreja . Desde que começou a compreender plenamente a gravidade ea magnitude do problema do abuso sexual infantil em instituições católicas, a Igreja tem feito uma imensa quantidade de trabalho em muitas partes do mundo para enfrentar e resolver. Embora não devem ser poupados esforços para melhorar e actualizar os procedimentos existentes, congratulo-me que as actuais práticas de cuidado pelas igrejas locais são consideradas em algumas partes do mundo, um modelo para outras instituições.
Termino esta carta com um Uma oração especial para a Igreja na Irlanda Eu envio com o pedido de um pai para seus filhos e do carinho de um cristão como você, chocado e magoado com o que aconteceu em nossa amada Igreja. Que, quando você esta oração em suas famílias, paróquias e comunidades, a Virgem Maria será proteger e guiar cada um para uma união mais íntima com seu Filho, crucificado e ressuscitado. Com muito carinho e confiança firme nas promessas de Deus, de coração concedo a minha Bênção Apostólica a todos, como penhor de fortaleza e de paz no Senhor.
Vaticano, 19 de março de 2010, a Solenidade de S. José.
BENEDICTUS PP. XVI
ORAÇÃO PELA IGREJA NA IRLANDA
Deus de nossos pais,
renovar-nos na fé que é a nossa vida e salvação,
na esperança de que as promessas de perdão e renovação interior,
na caridade purifica e abre os nossos corações
amar você, e você, nossos irmãos e irmãs.
Senhor Jesus Cristo,
Igreja na Irlanda renovar seu compromisso antigo
na formação dos nossos jovens na estrada
da verdade e da bondade, santidade e serviço desinteressado para a sociedade.
Espírito Santo, consolador, defensor e guia,
inspira uma nova primavera de santidade e de zelo apostólico
para a Igreja na Irlanda.
A nossa dor e nossas lágrimas,
nosso esforço sincero para corrigir os erros do passado
e firme propósito de emenda,
dão uma colheita abundante de graça
para o aprofundamento da fé
em nossas famílias, paróquias, escolas e comunidades
para o progresso espiritual da sociedade irlandesa,
eo crescimento da caridade
justiça, a alegria ea paz da família humana inteira.
Para você, Trinidad,
com confiança na protecção amorosa de Maria,
Rainha da Irlanda, nossa Mãe,
e São Patrício, Santa Brígida e todos os santos,
elogiamos a nós mesmos,
e os nossos filhos
e as necessidades da Igreja na Irlanda.
Amen.
© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana
2010/05/07
VII Jornada Vocacional foi para todos nós, um encontro de Bênçãos e alegrias.
Passamos o ano nos preparando para esse evento que alimentou a alma de muitos jovens, homens e mulheres que sentiram em seus corações o Chamado de Jesus.
A cada Reunião que tínhamos eram propostas idéias aos quais foram acatadas e discutidas entre a Coordenação Geral para que ao final tudo fosse executada com ênfase e alegria, e assim foi.
Tivemos uma abençoada Missa de envio, que desde então já preencheu de Amor os Corações de todas as equipes que iam estar presente e trabalhando na VII Jornada Vocacional.
Foi feito também uma excelente divulgação nas Paróquias, Comunidades, Rádios, Sites, Blogs, etc. Todos os meios de comunicações possíveis nos levaram ao conhecimento deste evento que é o chamado a conhecer esse Ápice das Vocações.
É muito gratificante ver o empenho dos Coordenadores, dos Sacerdotes e Seminaristas que lutaram dia a dia, minuto a minuto para que os convidados ao chegarem se sentissem bem acolhidos e sentissem no ambiente a presença de Deus.
As Palestras foram bem elaboradas, os Palestrantes com muito amor e dedicação falaram cada um do seu modo e maneira sobre as diversidades da VOCAÇÃO. Os Módulos sendo visitados e cada um em sua simplicidade mostrando a riqueza de suas comunidade. Como foi Belo.
VII Jornada Vocacional 2010, um dia de Luz para Muitos.
Pontos Positivos: Trabalho, união, conjunto, fé, acreditaram e levaram adiante o convite que Jesus nos fez: Ide Vós Também...
Pontos Negativos: Havia nos ambientes vários jovens dispersos.
Em alguns pontos deixamos muitos Jovens sem respostas, jovens que sentado ao centro do pátio, ali ficaram, sem ser questionados, sem se quer observados.
Sugestão: Que no próximo ano visemos o publico alvo que é a juventude e não os deixemos mais sem respostas. Que os grupos animadores incentivem os jovens a participarem dos pólos, dos stands, capela, cinema, música, etc.
Agradecemos a Deus por tão maravilhoso chamado a cada um de Nós que sem medo também dizemos o nosso SIM.
2010/05/06
Teologia moral católica
Segundo a Igreja Católica, a teologia moral é a parte da Teologia católica "que se ocupa do estudo sistemático dos princípios éticos da doutrina sobrenatural revelada", aplicando-os de seguida à vida quotidiana do católico e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática [1].
O Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral. "A doutrina revelada, a rigor, é uma ética, pois apresenta, no seu conjunto, as normas exigidas para o relacionamento dos homens entre si e para com Deus" [1]. Esta ética e moral, que "preparam-nos para sermos o tipo de pessoa que pode viver com Deus" na vida eterna, giram por isso à volta do "desafio da dádiva de si mesmo aos outros" e a Deus [2]. Por isso, estas normas devem ser praticadas no quotidiano "como expressão da plena aceitação da mensagem evangélica" e da vontade de Deus pela humanidade [1]. A prática desta moral católica, cuja parte fundamental e obrigatória são os Dez Mandamentos, serve para libertar o Homem da "escravidão do pecado" [3], que é um autêntico "abuso da liberdade" [4]. Isto porque "só nos tornamos livres se conseguirmos ser melhores" e ser "atraídos para o bem e o belo" [5], visto que a bondade e as bem-aventuranças "definem o contexto para a vida moral cristã" [6].
Segundo a doutrina da Igreja Católica, "a questão moral é o cerne da problemática soteriológica, pois a salvação depende da nossa conduta, após a justificação recebida com a graça do batismo". O objetivo da teologia moral "é levar as virtudes cristãs à excelência", até o fim das vidas de cada católico [1].
Moralidade dos actos
Segundo a doutrina da Igreja Católica, "a moralidade dos actos humanos depende de três fontes: do objecto escolhido, ou seja, dum bem verdadeiro ou aparente; da intenção do sujeito que age, isto é, do fim que ele tem em vista ao fazer a acção; das circunstâncias da acção, onde se incluem as suas consequências". Estas circunstâncias podem anular, "atenuar ou aumentar a responsabilidade de quem age, mas não podem modificar a qualidade moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má", visto que "o fim não justifica os meios". Por isso, a transgressão de uma regra moral implica a escolha do mal e por isso o cometimento de pecados [7].
Moralidade das paixões
Segundo a concepção católica, as paixões são "os afectos, as emoções ou os movimentos da sensibilidade – componentes naturais da psicologia humana – que inclinam a agir ou a não agir em vista do que se percebeu como bom ou como mau. As principais são o amor e o ódio, o desejo e o medo, a alegria, a tristeza e a cólera. A paixão fundamental é o amor, provocado pela atracção do bem." [8].
Ainda segundo a doutrina católica, "as paixões não são nem boas nem más em si mesmas: são boas quando contribuem para uma acção boa; são más, no caso contrário." Logo, elas podem ser assumidas, guiadas e ordenadas pelas virtudes ou pervertidas e desorientadas pelos vícios [9].
Dignidade, Liberdade e Consciência moral
Ver artigo principal: Dignidade e Direitos humanos, Liberdade, Livre-arbítrio e Consciência (moral)
Como já foi tratado nas secções "Homem, a sua Queda e o Pecado original", "Demónios e Mal" e "Justificação, Graça, Misericórdia, Mérito e Liberdade, o Homem possui dignidade, que está radicada na sua "criação à imagem e semelhança de Deus", o que implica necessariamente que o Homem possui liberdade e consciência moral. A liberdade é uma capacidade inseparável e inalienável do Homem [10], dado por Deus, "de agir e não agir", "de escolher entre o bem e o mal", "praticando assim por si mesmo acções deliberadas". Este poder único, que "atinge a perfeição quando é ordenada para Deus" [11], "torna o homem responsável pelos seus actos, na medida em que são voluntários, embora a imputabilidade e a responsabilidade de um acto possam ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência suportada, o medo, as afeições desordenadas e os hábitos" [12]. A "escolha do mal é um abuso da liberdade, que conduz à escravatura do pecado", porque o Homem tem uma consciência moral [11].
Quando escuta esta consciência, "o homem prudente pode ouvir a voz de Deus" [13], que o ordena a praticar o bem e a evitar o mal, em conformidade e guiada pela razão, pela doutrina e pela Lei de Deus, especialmente pela regra de ouro e pelos mandamentos de amor [14]. "Graças a ela, a pessoa humana percebe a qualidade moral dum acto a realizar ou já realizado, permitindo-lhe assumir a responsabilidade." [13]. O Homem, como possui dignidade, não deve ser impedido ou obrigado "a agir contra a sua consciência" [14], devendo por isso "obedecer sempre ao juízo certo da sua consciência, mas esta também pode emitir juízos erróneos" [15]. Para que isto não aconteça, é preciso rectificá-la e torná-la perfeita, para ela estar em sintonia com a vontade divina, através da educação, "da assimilação da Palavra de Deus e do ensino da Igreja". "Além disso, ajudam muito na formação moral a oração e o exame de consciência", bem como os dons do Espírito Santo e "os conselhos de pessoas sábias" [16].
Lei moral
A Lei moral ou Lei de Deus, sendo uma obra divina, "prescreve-nos caminhos e normas de conduta que levam à bem-aventurança prometida, proibindo-nos os caminhos que nos desviam de Deus" [19]. A Lei moral é percebida pelo Homem devido à sua consciência moral e à sua razão. Esta lei é constituída pela Lei natural, que está "escrita pelo Criador no coração de cada ser humano" [20]; pela Antiga Lei, revelada no Antigo Testamento; e pela Nova Lei, revelada no Novo Testamento por Jesus.
A Lei natural, sendo "universal e imutável", "manifesta o sentido moral originário que permite ao homem discernir, pela razão, o bem e o mal". Como todos os homens (fiéis ou infiéis) a percebam, ela é de cumprimento obrigatório [20], mas ela nem sempre é totalmente compreendida, devido ao pecado. Por isso, Santo Agostinho afirma que "Deus «escreveu nas tábuas da Lei o que os homens não conseguiam ler nos seus corações»" [21], dando assim origem à Antiga Lei, que "é o primeiro estádio da Lei revelada". Resumida nos Dez Mandamentos, ela "exprime muitas verdades que são naturalmente acessíveis à razão", coloca "os alicerces da vocação do homem, proíbe o que é contrário ao amor de Deus e do próximo e prescreve o que lhe é essencial" [22].
A Antiga Lei, sendo ainda imperfeita, "prepara e dispõe à conversão e ao acolhimento do Evangelho" [23] e da Nova Lei, que é a "perfeição e cumprimento", mas não a substituição, da Lei natural e da Antiga Lei [18]. Esta Nova Lei ou Lei evangélica "encontra-se em toda a vida e pregação de Cristo e na catequese moral dos Apóstolos", sendo o Sermão da Montanha "a sua principal expressão" [17]. Esta Lei já perfeita e plenamente revelada "resume-se no mandamento do amor a Deus e ao próximo", e é considerada por São Tomás de Aquino como «a própria graça do Espírito Santo, dada aos crentes em Cristo» [18].
Virtude
A virtude, que se opõe ao pecado, é uma qualidade moral, "uma disposição habitual e firme para fazer o bem", sendo "o fim de uma vida virtuosa tornar-se semelhante a Deus" [30]. Segundo a Igreja Católica, existe uma grande variedade de virtudes que derivam da razão e da fé humanas. Estas, que se chamam virtudes humanas, regulam os actos, as paixões e a conduta moral humanas [31], sendo as mais importantes as virtudes cardinais, que são quatro [32]:
a Prudência, que "dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir" [33].
a Justiça, que é uma "constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido" [34].
a Fortaleza que "assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem" [35].
a Temperança que "modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados" [36].
Mas, para que as virtudes humanas se atinjam a sua plenitude, elas têm que ser vivificadas e animadas pelas virtudes teologais, que têm "como origem, motivo e objecto imediato o próprio Deus". Elas são infundidas no homem com a graça santificante e tornam os homens capazes de viver em relação com a Santíssima Trindade [37]. As virtudes teologais são três:
Fé: por causa dela, o homem acredita e "entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus" [38].
Esperança: por meio dela, os crentes esperam a vida eterna e o Reino de Deus, colocando a sua confiança perseverante nas promessas de Cristo [39].
Caridade (ou Amor): através dela, "amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da Lei", sendo por isso «o vínculo da perfeição» (Col 3,14) [40]. O Amor é também visto como uma "dádiva de si mesmo" e "o oposto de usar" (ver subsecção Amor, Sexualidade e Castidade) [41].
Pecado
Segundo Santo Agostinho, o pecado "é «uma palavra, um acto ou um desejo contrários à Lei eterna»", causando por isso ofensa a Deus e ao seu amor. Logo, este acto do mal fere a natureza e a solidariedade humanas. "Cristo, na sua morte na cruz, revela plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia" [42]. Há uma grande variedade de pecados, distinguindo-lhes "segundo o seu objecto, ou segundo as virtudes ou os mandamentos a que se opõem. Podem ser directamente contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos. Podemos ainda distinguir entre pecados por pensamentos, por palavras, por acções e por omissões" [43].
A repetição de pecados gera vícios, que "'são hábitos perversos que obscurecem a consciência e inclinam ao mal. Os vícios podem estar ligados aos chamados sete pecados capitais, que são: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência" [44]. A Igreja ensina também que temos responsabilidade "nos pecados cometidos por outros, quando culpavelmente neles cooperamos" [45].
Quanto à sua gravidade, os pecados cometidos pela humanidade podem ser divididos em:
pecados mortais, que são cometidos quando "há matéria grave [...] e deliberado consentimento". Ao afastarem o Homem da caridade e da graça santificante, eles "conduz-nos à morte eterna do Inferno, se deles não nos arrependermos" sinceramente [46];
pecados veniais, que são cometidos "sem pleno consentimento" ou "se trata de matéria leve". Eles, apesar de afectar o nosso caminho de santificação, merece apenas "penas purificatórias temporais", nomeadamente no Purgatório [47].
Todos estes pecados pessoais devem-se ao enfraquecimento da natureza humana, que passou a ficar "submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado". Isto é causada pelo pecado original (veja a subsecção Homem, a sua Queda e o Pecado original), que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser actualmente perdoado (mas não eliminado) pelo Baptismo. [48]
Perdão e Indulgências
Porém, como o amor de Deus é infinito e como Jesus já se sacrificou na cruz, todos os homems, católicos ou não, podem ser perdoados por Deus a qualquer momento, desde que eles se arrependam de um modo livre e sincero[49] e se comprometam em fazer os possíveis para perdoar os seus inimigos [50]. Os católicos que cometem pecados mortais são considerados membros imperfeitos do Corpo Místico de Cristo, logo é necessário arrependerem-se e serem perdoados para entrarem novamente na comunhão dos santos [51]. Este perdão tão necessário pode ser concedido por Deus sacramentalmente e por meio da Igreja, pela primeira vez, através do Baptismo e depois, ordinariamente, através da Reconciliação [46].
Mas, Deus também pode conceder este perdão através de muitas maneiras diferentes (ou até mesmo directamente), para todos aqueles que se arrependeram (incluindo os não-católicos) [52]. Mas, o perdão divino não significa a eliminação das penas temporais, ou seja, do mal causado como consequência dos pecados cuja culpa já está perdoada. Neste caso, para as eliminar, é necessário obter indulgências e praticar boas obras durante a vida terrena ou ainda, depois de morrer, uma purificação da alma no Purgatório, com a finalidade de entrar puro e santo no Céu [53].
Amor, Sexualidade e Castidade
Em relação à sexualidade, a Igreja Católica convida todos os seus fiéis a viverem na castidade, que é uma "virtude moral e um dom de Deus" [56] que permite a "integração positiva da sexualidade na pessoa" [56]. Esta integração tem por objectivo tornar possível "a unidade interior do homem no seu ser corporal e espiritual" [57], supondo por isso de "uma aprendizagem do domínio de si, que é uma pedagogia da liberdade humana. A alternativa é clara: ou o homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz" [58]. "A virtude da castidade gira na órbita da virtude cardinal da temperança" [59].
Logo, "todo o baptizado é chamado à castidade" [60] porque a sexualidade só se "torna pessoal e verdadeiramente humana quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher" [57], ambos unidos pelo sacramento do Sagrado Matrimónio (que é indissolúvel) [61]. Por isso, os actos sexuais só podem "ter lugar exclusivamente no Matrimónio; fora dele constituem sempre um pecado grave" [62]. Por estas razões, o sexo pré-marital [63], "o adultério, a masturbação, a fornicação, a pornografia, a prostituição, o estupro" e os actos sexuais entre homossexuais são condenados pela Igreja como sendo "expressões do vício da luxúria" [64].
Para a Igreja, o Amor é uma virtude teologal [40], uma "dádiva de si mesmo" e "é o oposto de usar" [41] e de afirmar-se a si mesmo [65]. Aplicado nas relações conjugais humanas, o Amor verdadeiramente vivido e plenamente realizado é uma "comunhão de entrega e receptividade" [66], de "dádiva mútua do eu e [...] de afirmação mútua da dignidade de cada parceiro". Esta comunhão "do homem e da mulher" [66] é "um ícone da vida do próprio Deus" [67] e "leva não apenas à satisfação, mas à santidade" [66]. Este tipo de relação conjugal proposto pela Igreja "exige permanência e compromisso", que só pode ser autenticamente vivido "no seio dos laços do Matrimónio" [68].
Por esta razão, a sexualidade não exerce só a função de procriar, mas também um papel importante na vida íntima conjugal. Usando as palavras do Catecismo da Igreja Católica, a sexualidade, que "é fonte de alegria e de prazer" [70], "ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher" [71] e para "a transmissão da vida" [72]. A sexualidade (e o sexo) é também considerada como a grande expressão "humana e totalmente humanizada" do Amor recíproco, que é assente na "dádiva de si mesmo", "no encontro de duas liberdades em entrega e receptividade mútuas", onde o homem e a mulher se unem e se complementam [73]. Este verdadeiro e íntegro amor conjugal, onde a relação sexual é vivida honesta e dignamente, só é possível graças à castidade conjugal [74]. Esta virtude permite uma vivência conjugal perfeita assente "na fidelidade e na fecundidade" matrimoniais [72].
Para além da castidade conjugal (que não implica a abstinência sexual dos casados), existem ainda diversos regimes de castidade: a virgindade ou o celibato consagrado (para, como por exemplo, os religiosos, as pessoas consagradas e os clérigos), e "a castidade na continência" ou abstinência (para os não casados) [75].
Preservativos e DSTs
Os actos sexuais entre pessoas com tendências homossexuais são considerados moralmente errados porque "violam a iconografia de diferenciação e complementariedade sexuais [a união homem-mulher], que tornam o amor sexual possível como acto de entrega e reciprocidade mútuas, e porque são, de natureza, incapazes de gerar vida" [77]. Entretanto, para a Igreja, ter tendências homosexuais não é considerado um pecado, mas apenas uma "depravação grave" e uma "provação". O pecado está em ceder a essas tendências e adoptá-las na prática [78]. Na mesma linha de pensamento, a Igreja repudia qualquer reconhecimento legal das uniões entre pessoas do mesmo sexo [79].
Mas, a Igreja Católica não discrimina os homossexuais e pretende ajudá-los a viver na castidade e "na integridade do amor na entrega de si mesmos e para evitarem actos sexuais que são, pela natureza, moralmente desordenados, porque são actos de afirmação de si mesmo e não dádiva de si mesmo" [77]. A Igreja ainda convida os homossexuais a "aproximarem-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã", através do oferecimento das suas dificuldades e sofrimentos como um sacrifício para Deus, das "virtudes do autodomínio [...], do apoio duma amizade desinteressada, da oração e da graça sacramental" [78].
Vida, Planejamento familiar e Contracepção
A Igreja Católica considera a Vida humana como "sagrada" e como uma das maiores dádivas e criações divinas (logo, é um valor absoluto e inalienável) [81], por isso condena, entre outras práticas, a violência [82], o homicídio, o suicídio, o aborto induzido, a eutanásia [83], a clonagem humana (seja ela reprodutiva ou terapêutica) [84] e as pesquisas ou práticas científicas que usam células-tronco extraídas do "embrião humano vivo" (o que provocam a morte do embrião) [85]. Para a Igreja, a Vida humana deve ser gerada naturalmente pelo sexo conjugal [86] e tem início na fecundação (ou "concepção") e o seu fim na morte natural [87] [88]. Segundo esta lógica, a reprodução medicamente assistida é também considerada imoral porque "dissocia a procriação" do acto sexual conjugal, "instaurando assim um domínio da técnica sobre a origem e o destino da pessoa humana" [89].
Quanto à regulação dos nascimentos, a Igreja defende-a como uma expressão e "componente da paternidade e maternidade responsáveis" à construção prudente de famílias, desde que não seja realizada com base no egoísmo ou em "imposições externas" [90]. Mas, esta regulação só pode ser feita através do Planeamento familiar natural, que utiliza métodos de planeamento naturais como a continência periódica e o recurso aos períodos infecundos [90]. Os outros métodos de contracepção, nomeadamente a pílula, a esterilização directa e o preservativo, são expressamente condenados [91].
A Igreja ensina inclusivamente que os métodos naturais são formas mais humanistas e responsáveis de viver a responsabilidade procriadora porque, quando usados correctamente, aumentam e fortalecem a comunicação e o amor entre os cônjuges; promovem o auto-conhecimento do corpo; nunca tem efeitos colaterais no organismo; e promovem a ideia de que a fertilidade é uma riqueza e dádiva divina que pode e deve ser utilizada em momento oportuno [92].
Fonte: http://pt.wikipedia.org/
Dez Mandamentos e a Moral
Existem várias representações dos Dez Mandamentos, que é a base e o mínimo fundamental da Lei moral (ou Lei de Deus), devido à diversidade de traduções existentes. A mais utilizada é aquela ensinada actualmente na catequese de língua portuguesa da Igreja Católica:
1º Amar a Deus sobre todas as coisas.2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
3º Guardar domingos e festas de guarda.
4º Honrar pai e mãe.
5º Não matar.
6º Guardar castidade nas palavras e nas obras.
7º Não roubar.
8º Não levantar falsos testemunhos.
9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
10º Não cobiçar as coisas alheias.
Para os católicos, eles são de observância e cumprimento obrigatórios, porque "enuncia deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo" e dão a conhecer também a vontade divina sobre a conduta moral dos homens
Ceia do Senhor
Ex 12,1-8.11-14
Sl 115(116B)
1 Cor 11,23-26
Jo 13,1-15
Iniciamos o tríduo pascal com este celebração da Ceia do Senhor. O clima da última Ceia é diferente para nós que já conhecemos a unidade do mistério pascal e o clima que os apóstolos estavam vivendo sem saber o que viria depois. Um clima de alegria misturada com lágrimas. É a única festa em que cantamos o Glória e não cantamos o Aleluia.
A Igreja comemora a instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial. Esta aparece nos evangelhos Sinóticos e na carta aos Coríntios. O evangelho de João não fala da instituição eucarística, mas faz questão de deixar claro que o lava-pés expressa o significado da Eucaristia na vida.
A Eucaristia tem as suas raízes nas festas judaicas dos pastores nômades que ofereciam a Deus as primícias do seu rebanho que se uniu depois à festa dos agricultores que, por sua vez, ofereciam a Deus os frutos da terra representados pelos pães ázimos. Estas festas serviram de base para a recordação da saída do povo de Israel do Egito, a Páscoa judaica.
É importante entender a Páscoa judaica para uma melhor compreensão da Eucaristia. O livro do êxodo relata o que aconteceu naquela noite da libertação da escravidão do Egito e o rito que até hoje os judeus celebram uma vez por ano “por todas as gerações como instituição perpétua”. Existe um sinal profético: o sacrifício do cordeiro, o sinal do sangue nas casas dos israelitas, a comida apressada e a passagem do Senhor que liberta seu Povo. O evento fundador da vida em liberdade vai se realizar na travessia do mar Vermelho, passagem da escravidão para a liberdade.
O rito instituído em perpetuidade é o que acontece uma vez por ano na celebração da Páscoa. É importante entender o que “memorial” significa para Israel. É muito mais que uma mera recordação! É uma reapresentação ao evento, de tal maneira que através do sinal o povo que celebra a Páscoa, uma vez por ano, “está presente” na passagem do Mar Vermelho.
Na última Ceia de Jesus o sinal profético com o pão e o vinho faz estar presente ao evento fundador que vai acontecer ao dia seguinte. , a morte e a ressurreição de Jesus. “Todas as vezes” que celebramos o rito eucarístico, os nossos pés teológicos sobem ao Calvário e ao túmulo do ressuscitado. “Memorial” é estarmos presentes lá em todos os tempos.
A cerimônia do Lava-pés traduz o significado da Eucaristia. A Cruz é a expressão do amor que serve; a doação até o fim; a entrega da vida por amor. Lavar os pés é um serviço de escravos assim como a cruz é a morte de escravo. Viver eucaristicamente é deixar um rastro de vida. Alimentados pelo pão e o vinho convertidos no Corpo e no Sangue de Jesus vivemos em comunhão de vida com ele; a vida de Jesus. Compreendeis o que acabo de fazer?Vós também deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
Uma coisa me tocou no domingo de Ramos. Após a leitura da Paixão, na hora que nos ajoelhamos na hora da morte de Jesus, uma criança começou a chorar, quebrando o silêncio. Esse choro ressoou em mim como o choro da humanidade de todos os tempos, crianças, pobres e pecadores, que tem em Jesus a sua única esperança. O Amor morreu, e agora que será de nós? Na tarde do mesmo dia levei a comunhão a uma pessoa doente e senti como a sua fé lhe dava força e consolo para suportar as dores com a ajuda de Jesus que carrega nossos sofrimentos. Finalmente, a anoitecer um grupo celebrou o Sêder, a Páscoa judaica. Num momento da celebração os comensais misturam ervas amargas, símbolo da amargura no Egito, com um molho doce e avermelhado, harósset, da cor dos tijolos que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito. A vida humana está feita de acontecimentos doces e amargos, sendo que a presença de Deus alivia os sofrimentos e mantém viva a esperança.
Manuel Eduardo Iglesias S.J.
Orações do Cristão
Introdução
Este breve guia tem por finalidade auxiliar na pré-iniciação cristã, contendo as orações básicas do catolicismo. A primeira catequese deve não só em primeiro lugar ministrada, mas constantemente incentivada pelos pais. A oração deve ser posta como algo preciosíssimo e necessário e a prova disto encontramos na Bíblia, onde lemos que o próprio Jesus passava noites inteiras rezando. Uma vida verdadeiramente cristã não é imaginável, sem que haja uma vida de oração.
Os santos todos eram amigos e cultivadores do espírito de oração. Para perder as almas, o demônio procura tirar-lhes o gosto, o amor por ela. A busca desenfreada por divertimentos, paganização da moda, má imprensa (jornais, revistas, televisão, internet) são muitas vezes instrumentos na mão de Satanás para afastar os fiéis da prática da oração. Quem não reza cai em tentação, como aconteceu com os Apóstolos, no horto das Oliveiras. Não só cairá em tentação: corre o risco de perder a fé e todo o fundamento religioso. A oração é o termômetro da vida na alma.
SINAL DA CRUZ - Há dois modos:
1. Pelo sinal da santa cruz , livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. (Usando a mão direita, com o polegar, faz-se uma pequena cruz na testa, outra nos lábios e outra no peito). Mais propriamente, denominamos este sinal: Benzer-se ou persignar-se.
2. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (Usando a mão direita, encosta-se a ponta do indicador na testa, depois no peito, na extremidade esquerda do ombro e em seguida na extremidade direita do ombro).
CREDO (ou CREIO)
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu na Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.
PAI NOSSO
Pai nosso , que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
AVE-MARIA
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
GLÓRIA AO PAI
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
SALVE RAINHA
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
SANTO ANJO
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde governe, ilumine. Amém.
ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO
São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, cobri-nos com vosso escudo, contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o, Deus, instantemente o pedimos e vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
São Miguel Arcanjo, protegei-nos na luta para que não pereçamos no tremendo juízo.
Sacratíssimo Coração de Jesus. Tende piedade de nós! (3 X)
ORAÇÃO DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que tem recorrido a vossa proteção, implorando o vosso auxílio, e reclamando o vosso socorro, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, ó Virgem das virgens, como à Mãe recorro e de vós me valho e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus, mas dignai-vos de as ouvir propícia e me alcançar o que vos rogo. À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.
ALMA DE CRISTO
Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para vós,
para que com os vossos Santos vos louve,
por todos os séculos dos séculos.
Amém.
ORAÇÃO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO
Vinde, Espírito Santo,
enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
Oremos
Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com
a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas
segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
Amém.
OBRIGADO, SENHOR!
Obrigado, Senhor, pela tua presença constante ao meu lado! Tu és a força no momento de fraqueza, a alegria no momento de tristeza. Tu és a paz na tribulação e na angústia, és a rocha que alicerça meus projetos, e o embalo harmonioso que me acalma nas noites de inquietação. Tu és a luz que ilumina o meu caminho e a luz que me faz caminhar. Tu envolves toda a minha vida e estás presente em cada momento que vacilo. Quando caio, me levantas; quando me decepciono, me animas; quando sinto medo, me fortaleces. Em ti confio plenamente e a todo momento rendo graças pelas bênçãos e maravilhas que realizas a cada novo dia. Amém!
Seleção de Maria Regina Neves Ramos - Caetité/BA
ATO DE CONTRIÇÃO (antes de confessar)
Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também por perdido o céu e merecido o inferno, e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da vossa divina graça, emendar-me e nunca mais vos tornar a ofender, e espero alcançar o perdão das minhas culpas, pela vossa infinita misericórdia. Amém.
ATO DE FÉ
Eu creio firmemente que há um só Deus, em três pessoas, realmente distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, que dá o céu aos bons e o inferno aos maus, para sempre. Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar, e que ao terceiro dia ressuscitou. Creio tudo o mais que ensina a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, porque Deus, verdade infalível, lho revelou. E nesta crença, quero viver e morrer. Amém.
ATO DE ESPERANÇA
Eu espero, meu Deus, com firme confiança, que pelos merecimentos de meu Senhor Jesus Cristo me dareis a salvação eterna e as graças necessárias para consegui-la, porque vós, sumamente bom e poderoso, o haveis prometido a quem observar fielmente os vossos Mandamentos, como eu proponho fazer com o vosso auxílio. Amém.
ATO DE CARIDADE
Eu vos amo, meu Deus, de todo o meu coração e sobre todas as coisas, porque sois infinitamente bom e amável, e antes quero perder tudo do que vos ofender. Por amor de vós amo meu próximo como a mim mesmo. Amém.
OBRAS DE MISERICÓRDIA
São as ações ou atitudes que, quando tomadas por um indivíduo, provam o seu amor ao próximo:
- Dar a comer a quem tem fome.
- Dar de beber a quem tem sede.
- Vestir os nus e dar roupas aos que precisam.
- Tratar de doentes e cuidar dos presos.
- Remir os cativos ou ajudar os apenados em suas necessidades materiais e espirituais.
- Hospedar peregrinos ou dar casa aos que não tem.
- Enterrar os mortos.
- Dar bons conselhos.
- Ensinar os ignorantes ou instruir e orientar os deficientes.
- Consolar os aflitos.
- Corrigir os que erram.
- Perdoar as ofensas e injúrias.
- Rezar pelos vivos e falecidos.
- Suportar os defeitos alheios.
OS 5 MANDAMENTOS DA IGREJA
Conforme compêndio do Catecismo da Igreja Católica,
promulgado pelo Papa Bento XVI em 28.06.2005
1° - Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias
"A Igreja obriga os fiéis a participar da santa missa todo domingo e nas festas de preceito, e recomenda que dela se participe também nos outros dias". "Os cristãos santificam o domingo e outras festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também daquelas atividades que impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o necessário descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde". (Itens 289 e 453)
2° - Confessar os próprios pecados, recebendo o sacramento da Reconciliação
pelo menos uma vez ao ano
"O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite da Páscoa, apareceu aos seus Apóstolos e lhes disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos' (Jo 20, 22-23)". "O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores". "Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão" (Itens 298, 299 e 304)
3° - Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa
"A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício". "A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa". (Itens 287 e 290)
4° - Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
"A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencial da sexta-feira". (Item 301)
5° - Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades
promulgado pelo Papa Bento XVI em 28.06.2005
1° - Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias
"A Igreja obriga os fiéis a participar da santa missa todo domingo e nas festas de preceito, e recomenda que dela se participe também nos outros dias". "Os cristãos santificam o domingo e outras festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também daquelas atividades que impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o necessário descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde". (Itens 289 e 453)
2° - Confessar os próprios pecados, recebendo o sacramento da Reconciliação
pelo menos uma vez ao ano
"O Senhor ressuscitado instituiu esse sacramento quando, na noite da Páscoa, apareceu aos seus Apóstolos e lhes disse: 'Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, serão retidos' (Jo 20, 22-23)". "O apelo de Cristo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados. Essa conversão é um compromisso contínuo para toda a Igreja, que é santa, mas reúne em seu seio os pecadores". "Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados de que alguém se lembra depois de um diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão" (Itens 298, 299 e 304)
3° - Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa
"A Eucaristia é o banquete pascal, porquanto Cristo, ao realizar sacramentalmente a sua Páscoa, nos dá o seu Corpo e o seu Sangue, oferecidos como alimento e bebida, e nos une a si e entre nós no seu sacrifício". "A Igreja recomenda aos fiéis que participam da santa missa que recebam com as devidas disposições também a santa Comunhão, prescrevendo a obrigação de comungar pelo menos na Páscoa". (Itens 287 e 290)
4° - Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
"A penitência se exprime de formas muito variadas, em particular com o jejum, a oração, a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da Quaresma e no dia penitencial da sexta-feira". (Item 301)
5° - Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades
2010/05/02
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo
A santidade do Senhor Jesus.
Eis que o Senhor é Santo e Pai de todos nós.
O Senhor é o nosso Rei, bendito é todo aquele que vem em nome do Senhor. Hosana nas Alturas, bendito é todo aquele que vem em Nome do Senhor.
Falar da Santidade de Deus é falar do próprio amor que Ele tem para com cada um de seus filhos amados. Falar de Deus como Pai é falar do zelo que Ele tem por todos os seus assim como o Pastor cuida de suas Ovelhas Ele cuida de cada um de nós com o seu puro amor. A cada dia que passa o Senhor Deus nos olha desdos Céus com amor e compaixão e deposita em nossos corações porções de amor com fragrâncias de felicidades.
Nem todos usufruem desta mesma felicidade porque não percebe o quando é valioso esta próximo da Luz e longe das trevas. Quando abrimos os nossos corações para Deus Ele se faz presente com sua compaixão de Pai para com filhos por isso devemos a todos os momentos estar a dizer com todo o coração: Hosana, Hosana, Hosana ao Filho de Davi que se fez Carne para assim nos ensinar mais e mais sobre o amor, o verdadeiro amor.
Louvado seja Deus do Universo.
Ronaldo Alves
Eis que o Senhor é Santo e Pai de todos nós.
O Senhor é o nosso Rei, bendito é todo aquele que vem em nome do Senhor. Hosana nas Alturas, bendito é todo aquele que vem em Nome do Senhor.
Falar da Santidade de Deus é falar do próprio amor que Ele tem para com cada um de seus filhos amados. Falar de Deus como Pai é falar do zelo que Ele tem por todos os seus assim como o Pastor cuida de suas Ovelhas Ele cuida de cada um de nós com o seu puro amor. A cada dia que passa o Senhor Deus nos olha desdos Céus com amor e compaixão e deposita em nossos corações porções de amor com fragrâncias de felicidades.
Nem todos usufruem desta mesma felicidade porque não percebe o quando é valioso esta próximo da Luz e longe das trevas. Quando abrimos os nossos corações para Deus Ele se faz presente com sua compaixão de Pai para com filhos por isso devemos a todos os momentos estar a dizer com todo o coração: Hosana, Hosana, Hosana ao Filho de Davi que se fez Carne para assim nos ensinar mais e mais sobre o amor, o verdadeiro amor.
Louvado seja Deus do Universo.
Ronaldo Alves
MATRIMÔNIO ESPIRITUAL COM DEUS
por Pe. Reginaldo Manzotti
“O rei fez um grande banquete, o povo já foi convidado, a mesa já está preparada, já foi o cordeiro imolado”. Quem já tem mais tempo de caminhada na Igreja, deve lembrar-se desse refrão que tem haver com a Parábola contada por Jesus, no Evangelho de São Mateus: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. E mandou seus empregados chamarem os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir.
O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram.
O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’.
Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. “Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos.” (Mt 22,1-14)
Trata-se de uma parábola que traz duas partes, distinta e complementar. Complementar por ser sequência, e distinta porque trata de dois temas diferentes.
Deus fez um grande banquete, o detalhe é que trata de um banquete de casamento, uma festa de casamento, mas não diz o nome dos noivos.
Aqui eu gostaria de saltar para um Livro do Antigo Testamento, Cântico dos Cânticos. São João da Cruz, com muita propriedade toma esse livro do Cântico dos Cânticos e faz um dos mais belos poemas, que diz: “Caminho em noite escura, mas ó feliz ventura do amante em seu amado, no repouso descansado”. Porque, nesse casamento o esposo é Deus e a esposa, nossa alma.
É um casamento entre nossa alma e Deus. Esse é o casamento que Deus quer, esse é o casamento que Jesus preparou, porque nossa alma andará inquieta até um dia encontrar repouso em Deus (Santo Agostinho).
Nossa alma, naturalmente, anseia pelo convívio em Deus, mas esse banquete nupcial, esse banquete matrimonial, essa fusão de nossa alma com Deus, muitos não aceitam.
Uns, diz o texto não aceitam esse matrimonio com Deus, porque vão para o campo.
Significa: vão para o trabalho, e às vezes, o trabalho quando desenfreado, quando desproporcional é um empecilho para nossa comunhão com Deus. Os nossos afazeres, o nosso corre-corre, a nossa escravidão do fazer, o nosso ativismo são empecilhos para a oração, e a oração é um banquete com Deus. O campo significa a lida, quando durante o dia nós não temos nem um tempo para rezar, estamos nos privando de Deus.
Outros vão para os negócios que significam o ter. Se o campo é o fazer, os negócios são o ter. A ânsia de sempre querer ter mais, o apego às coisas materiais, são empecilhos para o casamento com Deus.
Nossa alma fica aflita, nossa alma se perde, nossa alma fica cega. A alma pode ficar cega, o espírito nunca. São Paulo faz essa distinção entre alma e espírito. Sobre isso, explica o Prof. Felipe Aquino: “São Paulo diz que a palavra de Deus é como uma espada de dois gumes que penetra entre a alma e o ‘espírito’, isto é, entre a sensibilidade (alma) e o espírito (inteligência e vontade)” (Hb 4, 12; ITs). Então, a alma pode ser prejudicada pelas opções que fazemos. A cegueira da alma, esse anseio de “ter”, impede nosso matrimonio com Deus.
No Antigo Testamento, o relacionamento de Deus com seu Povo é comparado com um casamento. Deus faz uma aliança de amor com seu povo: Israel. Através do casamento de Oséias com uma mulher infiel é apresentada a relação amorosa de Deus com seu povo que se torna infiel a Ele, seu "esposo".
Israel é comparada a uma esposa que abandona seu marido para se prostituir e, na sua infidelidade espiritual não consegue mais sequer estar com ele. Deus é um marido que tem motivo plausível para repudiar Israel: As prostituições e adultérios dela, mas o juízo de Deus contra ela não é de cólera, é conseqüência de um amor desiludido e não correspondido. Um amor que é maior que a humilhação, um amor desesperado para salvar que alimenta a esperança de que ela mude de atitude volte para Ele, seu esposo, e demonstre seu amor e fidelidade. Deus se dispôs a tomá-la de volta e constituir com ela uma nova aliança nupcial (Os 2, 4-25).
Da mesma forma, Deus anseia para perdoar e restaurar seu povo hoje. Muitas vezes, como nos tempos de Oséias, Deus é rejeitado, esquecido, ignorado e traído, mesmo assim não desiste de nós. Castigo e abandono não são gestos de Deus, ao contrário, mesmo diante da infidelidade espiritual, a alma que se arrepende e o busca, Ele diz: “Desposar-te-ei para sempre, desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com benevolência e ternura. Desposar-te-ei com fidelidade, e conhecerás o Senhor” (Os 2, 21-22).
Continua a parábola: “Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram”. Significa matar o anseio de Deus dentro de nós, matar o anseio do eterno.
Estamos tão conformados nessa vida, estamos tão acomodados no pecado, tão acomodados na lama, que matamos em nós o desejo de Deus, então o banquete não se realiza. A comunhão não se realiza.
Isto é um tratado de espiritualidade, isto é, um itinerário. Essa parábola é muito forte, fala das coisas interiores da nossa vida, fala das nossas resistências a conversão.
É certo que os destinatários desta parábola são os sumos sacerdotes, são os anciãos. Estes é que se negaram ao banquete com Jesus. Mas, os destinatários hoje somos nós, os cristãos.
Jesus está dizendo para nós, e nesse contexto, Jesus está dizendo que, nós somos os primeiros convidados para o banquete, e aqui já entendendo o banquete comunhão. A comunhão que se faz na Eucaristia, a comunhão que se faz no sacrifício da missa, a comunhão que se faz na Palavra, a comunhão que se faz na oração.
A palavra é aberta a todos e todos são convidados. Porém o final do texto apresenta algo até violento, quando todos vieram, alguém apareceu sem o veste da festa e o rei manda amarrar e jogar para fora.
A veste é revestir-se das virtudes de Deus, é revestir-se da prática justiça, é estar vestido do projeto de Jesus. É essa a veste, que como diz no Apocalipse, com a qual devemos nos apresentar diante de Deus, com a veste branca, alvejada no sangue do cordeiro. É a veste de nossa alma alvejada no sangue do cordeiro sacrificado no banquete.
Esse é o itinerário de Jesus. É bem verdade que tratasse de uma parábola um tanto obscura, que num primeiro momento nos passa despercebida, mas já fomos convidados para esse banquete. Hoje, qual esta sendo a nossa desculpa?
Antigamente se casava muito cedo, com quinze ou dezesseis anos, atualmente, é uma enrolação danada, cinco, sete anos de namoro, trinta dois anos de vida e não se decidem a casar.
Acredito que esta mesma morosidade esta acontecendo na nossa decisão da comunhão com Deus. Às vezes, nós passamos a vida inteira no namoro com Deus, até no noivado com Deus. Mas, assim como os jovens estão enrolando com desculpas, eu não caso porque não tenho dinheiro, eu não caso porque não me sinto maduro, eu não caso porque não tenho casa, eu não caso porque não tenho certeza. Qual esta sendo a nossa desculpa para sairmos do namoro com Deus, e fazermos o matrimônio com Deus? Qual esta sendo a nossa desculpa, hoje? É o campo, são os negócios, ou porque já matamos o anseio, a sede de Deus dentro de nós?
Qual está sendo a nossa desculpa para fazermos este matrimônio com Deus e como consequência que nossa alma repouse no amado que é Deus?
Deixemos que nossa alma encontre felicidade. Deixemos que nosso espírito, como diz Jesus, possa encontrar segurança num matrimônio que nunca acabará. Numa aliança eterna no Cordeiro de Deus.
Acordemos, despertemos, a parábola é atualíssima. Muitos foram chamados, mas poucos deram a resposta.
Padre Reginaldo Manzotti
www.padrereginaldomanzotti.org.br
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