Radio Católica On-line

Homens a Luz de Deus.

Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !

2019/08/09

Mestre, onde moras.

Mestre, onde moras. - ppt video online carregar: Após as festas natalinas, iniciamos os domingos do Tempo Comum, apresentando nas leituras do Evangelho, o início da vida pública de Jesus e os primeiros encontros com os discípulos. A Leituras falam do CHAMADO de Deus.

2013/04/15

“Queremos que cada pessoa possa vivenciar e testemunhar a fé”, disse dom Sergio da Rocha

O arcebispo metropolitano de Brasília (DF), dom Sergio da Rocha tratou do tema Ano da Fé na coletiva de imprensa desta segunda-feira, 15 de abril, da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, é necessário refletir sobre as razões da ação evangelizadora da Igreja. Sobre o Ano da Fé proposto para 2012 e 2013 pelo Papa emérito Bento XVI, o arcebispo apontou que a temática não se reduz a um trabalho da Comissão da CNBB, mas é uma iniciativa que deve ser vivenciada pelo conjunto da Igreja. “Pelo sentir da própria Assembleia pode-se concluir que muitas coisas estão acontecendo em nível de formação neste Ano da Fé. Nas dioceses, paróquias e movimentos existe uma motivação para o conhecimento do catecismo e muitas outras atividades de formação”. O arcebispo destacou trechos de um texto refletido pelos bispos durante sessões desta da 51ª AG, que prosseguirá na pauta do encontro. “Um dos equívocos é que o ano da fé não tem a ver, unicamente, com doutrinas ou com o ato de crer. Queremos que cada pessoa possa vivenciar e testemunhar a fé. A fidelidade é o viver dessa fé”, destacou. Dom Sergio lembrou, ainda, dois instrumentos que considera necessários para a vivência da fé e que estão sendo oferecidos como proposta da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB: a nova versão do catecismo da Igreja Católica que celebra 20 anos de sua publicação e o resgate da Nova Evangelização, como caminho indicado pelo Sínodo dos Bispos. Assim, o Ano da Fé está em comunhão com essas duas vertentes, e segundo o arcebispo, “está animando e motivando” a vivência da fé. “É importante ter presente que o ato de crer está no conjunto da vida, deve passar pelo coração e se expressar em experiência vivencial e no testemunho”, concluiu Dom Sergio.

Bispo auxiliar de São Paulo fala sobre projeto "Comunhão e Partilha"da CNBB

Dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo (SP), responsável pela região episcopal Belém, postou em seu perfil no Facebook partilhando seu sentimento em relação a um dos temas tratados na tarde desta segunda-feira, 15 de abril, no plenário da assembleia geral dos bispos: "a solidariedade entre as dioceses". O assunto foi apresentado aos bispos por uma comissão especial presidida por dom Alfredo Schaffler, bispo de Paranaíba (PI). Leia o Post de dom Peron: "Nesta tarde – 15 de abril – vivi um dos momentos mais significativos na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Conversamos sobre a beleza da partilha entre as Dioceses e entre os Bispos. Entre as Dioceses e Prelazias, uma partilha mensal, feita ao Projeto 'Comunhão e Partilha'; entre os bispos, o rateio para que quem vem de longe pague como quem vem de perto (além da ajuda que alguns bispos fazem diretamente a algum irmão). E, em seguida, alguns dos Bispos deram testemunho sobre a beleza e a eficácia desses gestos de solidariedade. Como disse um dos Bispos da Comissão, Dom Alfredo: “encontrei corações e bolsos abertos”. Comecemos a realizar ações de solidariedade, ainda que pequenas!

2012/11/02

FILME * SÃO FELIPE NERI * PARTE 1/2 - PREFIRO O PARAÍSO

Filme: O Filho de Belém (2012).

Vatican: The Hidden World

FILME: MARCELINO PÃO E VINHO (1955) DUBLADO EM PORTUGUES

FILME - SANTO ANTONIO DE PÁDUA (DUBLADO PORTUGUÊS)

FILME - SÃO FELIPE NERI - Se se pode ser bom

Filme: João Paulo II - Uma vida pela Fé (Documentário)

Filme: SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE E O SAGRADO CORAÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

FILME INÉDITO - APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM LORETO - ITÁLIA - A CASA DA SAGRADA FAMÍLA

Documentário: Os Pergaminhos do Mar Morto

GENESIS - A CRIAÇÃO E O DILÚVIO - Filme Bíblico Dublado

Filme: Mártir de Cristo Rei

Desenhos biblicos - O Maior é o Menor

Lifehouse's Everything Skit

Filme: O Rei Davi e Golias - (Dublado)

Palestra - Quero ser curado - Padre Léo ( COMPLETA )

Palestra - Padre Léo - Conhecer para melhor amar.

APRENDENDO COM AS HISTÓRIAS DO Pe.LÉO

FILME DE SANTA LUZIA DE SIRACUSA - LUCIA -

FILME - REVELAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA - NOSSA SENHORA A SANTA CATARINA LABOURÉ

2012/10/24

FILME: VIDA DE SANTA LUZIA DE SIRACUSA -(SANTA LUCIA) SICILIA - SEDE SANTOS 6

Desenhos Bíblicos - O perdido é achado

Terço da Misericórdia Meditado

DOCUMENTÁRIO: A CIÊNCIA CONTIDA NA BÍBLIA - Explicações E COMPROVAÇÕES Científicas

Desenhos biblicos - Abraao e Isaac

DESENHO - A HISTÓRIA DE SANTA JOANA D'ARC

DESENHO - A HISTÓRIA DE SÃO PATRÍCIO DA IRLANDA - DUBLADO - COMPLETO

Desenhos biblicos - Saulo de Tarso

Filme: GENESIS - A CRIAÇÃO E O DILÚVIO - Filme Bíblico Dublado

SEDE SANTOS: 3/3 - FILME SÃO JOSÉ MOSCATI - O MÉDICO DOS POBRES - AMOR QUE CURA

SEDE SANTOS: SANTA TERESA DE JESUS - CAP. 1 E 2

DESENHOS BÍBLICOS - DIVERSOS

Segredos da Bíblia - O Evangelho proibido de Judas (Dublado)

Desenhos biblicos Elizeu

2012/07/09

Filme: São Francisco, Irmão Sol Irmã lua - Português

FILME: VIDA DE SANTA LUZIA DE SIRACUSA -(SANTA LUCIA) SICILIA - SEDE SANTOS 6

FILME: VIDA DE SANTA VERONICA GIULIANI - SEDE SANTOS II

FILME: SANTA RITA DE CASCIA OU CÁSSIA - SEDE SANTO I

FILME BÍBLICO: APOCALIPSE DE SÃO JOÃO

FILME BÍBLICO - ABRAÃO

Documentário: Virgem de Guadalupe

FILME BÍBLICO: JESUS SEGUNDO EVANGELIO DE SÃO LUCAS.

Filme: Santa Maria Goretti - El Cielo Sobre el Pantano - 1949

Glória Polo - UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE

FILME: O MILAGRE DE FÁTIMA (COMPLETO)

2011/09/06

Filme: Rei dos Reis

"Sed buenos, si podéis" - [Pelicula Entera] - San Felipe Neri

FILME:O CURA D'ARS-SÃO JOÃO MARIA VIANNEY-SUA VIDA-COMEMORAÇÃO DO SEU DIA 04 DE AGOSTO

FILME:APARIÇÕES DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS À MARGARIDA MARIA ALACOQUE - em PARAY-LE-MONIAL na …

FILME: MADRE TERESA DE CALCUTA

Filme: Não Matarás



Sinopse: Neste belo e perturbador filme, o diretor Kielowski analisa a Polônia moderna com seus princípios socialistas. Utilizando uma quantidade mínima de diálogos, o cineasta se concentra no poder da imagem e das cores.Quando um jovem polonês desempregado, obcecado pela violência, mata friamente um motorista de taxi, um advogado recém-formado é designado para defendê-lo. Kieslowski demonstra através dos três protagonistas a anatomia de um crime e os meandros da justiça de um Estado totalitário.

# Informações Técnicas
Título no Brasil: Não Matarás
Título Original: Krótki Film o Zabijaniu
País de Origem: Polônia
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 84 minutos
Ano de Lançamento: 1988
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: PLTF
Direção: Krysztof Kieslowski

# Elenco
Miroslaw Baka ... Jacek Lazar
Krzysztof Globisz ... Piotr Balicki (Advocate)

Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil – 2011-2015



http://www.cnbb.org.br/site/

2011/09/01

Filme: f351

Filme: Nazarin (1958)

O cartaz Hallel 2011 está no ar!!!


Galera!!!

O cartaz do Hallel já está no site!

Ajude-nos a divulgar! Passe para todos seus amigos, sites paroquiais, redes sociais!

Entre no espaço Casa do Hallel (inferior direito) e copie o link da imagem em alta definição.

O Hallel depende de você para acontecer!

Conheça o Dunga ou Ceremonya - Promoção Eu Divulgo o Hallel!


Você quer divulgar o Hallel e ainda concorrer a um encontro com o Dunga ou Ceremonya? Participe da promoção Eu Divulgo o Hallel]1 e descubra como.

Envie um vídeo de até 1 minuto divulgando o Hallel Brasília e os 2 vídeos mais acessados levarão você e mais 3 amigos para conhecer o Dunga ou o Ceremonya.
Veja como participar:
Envie um vídeo de até 1 minuto para o email promocao@hallelbrasilia.com.br, até dia 14 de setembro. Neste vídeo não pode faltar o dia, local e horário do Hallel Brasília. O resto fica por conta da sua criatividade e do amor pelo Hallel;
No email com o vídeo tem que ter seu nome, nome do cantor preferido, telefone e seu email para contato;
Se ele atender os requisitos básicos (ter o dia, local e horário correto do evento) e não possuir nenhum ato ofensivo a qualquer pessoa, instituição, ou crença, será postado no nosso canal do Youtube (www.youtube.com/hallelbrasilia). Os links dos vídeos estarão disponíveis no site do Hallel, desde que aprovados pela comissão de comunicação, conforme os quesitos já apresentados.
A Comissão de Comunicação não é obrigada a colocar todos os vídeos enviados para o email apresentado, ficando responsável apenas em postar os que apresentem os requisitos solicitados.
Não será aceito mais de 1 vídeo por representante ficando a comissão responsável em postar somente o primeiro vídeo enviado.
Os dois vídeos mais acessados sequentemente, serão os vencedores. O resultado estará no site do Hallel dia 16 de setembro às 8h. O vencedor de cada vídeo terá direito de levar mais 3 amigos para conhecer seu cantor predileto.
Ao participar da promoção, você e seus amigos concordam automaticamente no uso do som e imagem pela equipe de comunicação do Hallel, no site e redes sociais por tempo indeterminado.

ATENÇÃO!!! HALLEL DIVULGA SUAS ATRAÇÕES!!!


Promessa é dívida!!! As atrações do Hallel 2011 já estão no ar!!!

Veja quem estará no Hallel e programe-se! Hallel dia 17 de setembro no Ginásio Nilson Nelson


- Adoração e Vida

- Ceremonya

- Dunga

- Salete Ferreira

- Mariani

- Márcio Todeschini

- Via 33

- Hemerson Jean

- Marcos Bianq – Festival de Música


- Banda Sacra – Festival de Música


- Banda Neviim – Festival de Música


- Frei Alex Nuno – Festival de Música

2011/04/21

99 minutos en el cielo (OH MY GOD)

FILME: SANTO ANDRÉ BESSETTE -SANTO CONSTRUTOR DO MAIOR SANTUÁRIO DE SÃO JOSÉ NO MONT-ROYAL …

Filme: Compromisso precioso

Documentário: CATARINA SZYMON ESTIGMATIZADA POLACA em português

FILME: BERNADITA DE LOURDES (ESPANHOL) HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE LOURDES-1858 À SANTA …

FILME: A HISTÓRIA DE LOURDES

Filme: Jesús, el peregrino de la luz

FILME: VOZES DO CÉU 2 (AS APARIÇÕES DO SAGRADO CORAÇÃO À VIDENTE MARGARIDA MARIA ALACOQUE - …

FILME: MEDJUGORJE - O INÍCIO DAS APARIÇÕES

FILME: SÃO JOSÉ DE CUPERTINO - O SANTO RELUTANTE

Filme: José Pai de Jesus

Filme: Fray Escoba (Espanhol)

Filme: completo - Teresa de Jesús - 1961

Filme: Barrabas

Filme: A torre de Babel

Filme: Milagro em Megjugorje (espanhol)

Filme: O Papa Bom – Papa João XXIII

Filme - Francesco

FILME: O MILAGRE DE FÁTIMA (HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA AOS PASTORINHOS …

Filme: Jesus o Poder da Ressureição

Filme: Jerusalem O Berço da Fé (Documentário)

Filme: Santa Veronica (documentário)

Filme: A Crucificação (Documentário)

Documentário: Los sacramentos, signos del amor

Filme: Constantino e a Cruz

Filme: Dom Zeno

Filme: Nazarin (1958)

Filme: Pedro Apostolo

PAPA: DEUS SAI AO ENCONTRO DA INQUIETUDE DO NOSSO CORAÇÃO

Pontífice pede que Ocidente não deixe de ser “Povo de Deus”

Bento XVI afirmou hoje, durante a homilia da Missa Crismal, celebrada na Basílica de São Pedro, que os cristãos, “Povo de Deus”, correm o risco, sobretudo no Ocidente, de deixar de ser povo, por ter se afastado de Deus.
O pontífice dedicou a homilia a falar do significado dos Santos Óleos, que são abençoados neste dia na Igreja, e especialmente do Crisma, o mais nobre, utilizado na Confirmação e na Ordenação Sacerdotal.

Esta “unção sacerdotal” converte os cristãos em “santuário de Deus no mundo”, explicou. Mas questionou em seguida se esta missão está se realizando hoje, ou se, pelo contrário, em lugar de “abrimos aos homens o acesso a Deus”, “escondemo-lo?”
“Porventura nós, povo de Deus, não nos tornamos em grande parte um povo marcado pela incredulidade e pelo afastamento de Deus? Porventura não é verdade que o Ocidente, os países centrais do cristianismo se mostram cansados da sua fé e, enfastiados da sua própria história e cultura, já não querem conhecer a fé em Jesus Cristo?”
O Papa convidou todos os fiéis a “bradar a Deus: Não permitais que nos tornemos um ‘não povo’! Fazei que Vos reconheçamos de novo!”
Nesse sentido, afirmou a importância da beatificação de João Paulo II, “grande testemunha de Deus e de Jesus Cristo no nosso tempo, como homem cheio do Espírito Santo”.

“Apesar de toda a vergonha pelos nossos erros, não devemos esquecer que hoje existem também exemplos luminosos de fé; pessoas que, pela sua fé e o seu amor, dão esperança ao mundo.”

Buscar Deus


Falando do sentido do Óleo dos catecúmenos, que se impõe às pessoas que vão receber o Batismo, Bento XVI explicou que este sinal diz que “não só os homens procuram a Deus, mas o próprio Deus anda à nossa procura”.
“O fato de Ele mesmo Se ter feito homem descendo até aos abismos da existência humana, até à noite da morte, mostra-nos quanto Deus ama o homem, sua criatura. Movido pelo amor, Deus caminhou ao nosso encontro.”
Deus – afirmou o Papa – “sai ao encontro da inquietude do nosso coração, da inquietude que nos faz questionar e procurar, com a inquietude do seu próprio coração, que O induz a realizar o ato extremo por nós”.
“A inquietude por Deus, o caminhar para Ele, para melhor O conhecer e amar não deve apagar-se em nós. Neste sentido, nunca devemos deixar de ser catecúmenos”, disse.

Curar o homem

Sobre o significado do Óleo da Unção dos Enfermos, o Papa afirmou que “a primeira e fundamental cura tem lugar no encontro com Cristo, que nos reconcilia com Deus e sara o nosso coração despedaçado”.
“Mas, além deste dever central, faz parte da missão essencial da Igreja também a cura concreta da doença e do sofrimento. O óleo para a Unção dos Enfermos é expressão sacramental visível desta missão.”

O Papa agradeceu “a todos aqueles que, em virtude da fé e do amor, se põem ao lado dos doentes, dando assim, no fim das contas, testemunho da bondade própria de Deus”.
“O óleo para a Unção dos Enfermos é sinal deste óleo da bondade do coração, que estas pessoas – juntamente com a sua competência profissional – proporcionam aos doentes. Sem falar de Cristo, manifestam-n’O.”

A EUCARISTIA É A UNIÃO VISÍVEL ENTRE TODOS, DIZ PAPA

Pontífice reflete sobre a unidade dos cristãos na Missa da Ceia do Senhor

O Papa advogou nesta Quinta-feira Santa por uma unidade dos cristãos “tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai”.
Bento XVI celebrou a Missa da Ceia do Senhor no fim de tarde de hoje em Roma, na Basílica de São João de Latrão.
Em um momento de sua homilia, o Papa enfocou uma súplica da última ceia, “que, segundo João, Jesus repetiu quatro vezes na sua Oração Sacerdotal. Como O deve ter angustiado no seu íntimo! Tal súplica continua sem cessar sendo a sua oração ao Pai por nós: trata-se da oração pela unidade”, disse Bento XVI.
Jesus “pede que todos se tornem um só, ‘como Tu, ó Pai, estás em Mim, e Eu em Ti, que eles também estejam em nós, para que o mundo acredite’ (Jo 17, 21)”.
“Só pode haver a unidade dos cristãos se estes estiverem intimamente unidos com Ele, com Jesus. Fé e amor por Jesus: fé no seu ser um só com o Pai e abertura à unidade com Ele são essenciais.”
Portanto – afirmou Bento XVI –, “esta unidade não é algo somente interior, místico. Deve tornar-se visível; tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai”.
“Por isso, tal súplica tem escondido um sentido eucarístico que Paulo pôs claramente em evidência na Primeira Carta aos Coríntios: ‘Não é o pão que nós partimos uma comunhão com o Corpo de Cristo? Uma vez que existe um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos todos desse único pão’ (1 Cor 10, 16-17).”
Com a Eucaristia – disse o pontífice –, nasce a Igreja. “Todos nós comemos o mesmo pão, recebemos o mesmo corpo do Senhor, e isto significa: Ele abre cada um de nós para além de si mesmo. Torna-nos todos um só”.
“A Eucaristia é o mistério da proximidade e comunhão íntima de cada indivíduo com o Senhor. E, ao mesmo tempo, é a união visível entre todos. A Eucaristia é sacramento da unidade. Ela chega até ao mistério trinitário, e assim cria, ao mesmo tempo, a unidade visível.”
“Digamo-lo uma vez mais: a Eucaristia é o encontro pessoalíssimo com o Senhor, e no entanto não é jamais apenas um ato de devoção individual; celebramo-la necessariamente juntos. Em cada comunidade, o Senhor está presente de modo total; mas Ele é um só em todas as comunidades.”
“Por isso, fazem necessariamente parte da Oração Eucarística da Igreja as palavras: ‘una cum Papa nostro et cum Episcopo nostro’. Isto não é um mero acréscimo exterior àquilo que acontece interiormente, mas expressão necessária da própria realidade eucarística”, afirmou o Papa.
“E mencionamos o Papa e o Bispo pelo nome: a unidade é totalmente concreta, tem nome. Assim, a unidade torna-se visível, torna-se sinal para o mundo, e estabelece para nós mesmos um critério concreto.”
Segundo Bento XVI, “todos nós devemos aprender sempre de novo a aceitar Deus e Jesus Cristo como Ele é, e não como queríamos que fosse. A nós também nos custa aceitar que Ele esteja à mercê dos limites da sua Igreja e dos seus ministros”.
“Também não queremos aceitar que Ele esteja sem poder neste mundo. Também nos escondemos por detrás de pretextos, quando a pertença a Ele se nos torna demasiado custosa e perigosa.”
“Todos nós temos necessidade da conversão que acolhe Jesus no seu ser Deus e ser Homem. Temos necessidade da humildade do discípulo que segue a vontade do Mestre.”
“Nesta hora, queremos pedir-Lhe que nos fixe como fixou Pedro, no momento oportuno, com os seus olhos benévolos, e nos converta”, disse o Papa.

Filme: Sodoma e Gomorra

Filme: Aparecida O Milagre

Filme: Comunidade Sagrada

Filme: Joana D'Arc

Lava Pés

2011/04/11

Filme: The Passion Of The Christ

Filme: Damião O Santo de Molokai

Filme: O MIlagre

Filme: PATMOS- A ILHA DO APOCALIPSE

Vocação a Serviço da Vida



Pe. Toninho, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Ourinhos SP.

VIII Jornada Vocacional da Arquidiocese de Brasília



Dia 15 de Maio de 2011Local: Centro Educacional Católica - Taguatinga Norte DF

Inácio, o místico pragmático

É tarefa árdua falar em poucas palavras sobre uma pessoa que admiramos. Já foi dito alguma vez que Inácio de Loyola é o tipo de santo que a gente demora a conhecer, mas conforme o vamos descobrindo ele vai nos conquistando até chegar a nos cativar. Isto aconteceu comigo. Vou trazer para vocês a frase com que um jesuíta anônimo resumiu o espírito do santo, no ano de 1640, quando se comemorava o primeiro centenário da fundação da Companhia de Jesus. Non coerceri a maximo, contineri tamen a minimo, hoc divinum est. Traduzido seria algo assim como: não ter limites nas coisas grandes dando atenção às mais pequenas é algo divino. Em outras palavras, é admirável a pessoa que sonha alto, porém, se mantém capaz de dar atenção ao mais pequeno.

Esta é uma caraterística típica do caráter, da espiritualidade e da obra de Inácio de Loyola. Temperamento, educação e circunstâncias da vida moldaram seu modo de ser. No que diz respeito à sua espiritualidade basta observar como, na sua apresentação da contemplação da Encarnação de Jesus, ele desce do universal ao particular, isto é, das alturas da Trindade até o ponto concreto da pequena Nazaré. Contemplando as três pessoas divinas, Inácio nos convida a ver as pessoas humanas, “umas após outras, na face da Terra, em tanta diversidade de roupas e de fisionomias, uns brancos, outros negros; uns em paz, outros em guerra; uns chorando, outros rindo; uns sãos, outros enfermos; uns nascendo, outros morrendo”. A Trindade decide salvar o gênero humano e, com Inácio descemos até um ponto concreto, Nazaré, onde encontramos uma jovem simples chamada Maria.

A vida de Inácio também está marcada por esta dupla visão ou contraste. O peregrino que sonhava percorrer o mundo, uma vez eleito superior geral da Ordem dos Jesuítas, passou os 16 anos que lhe restaram de vida no pequeno quarto de Roma, desde onde enviava e acompanhava seus companheiros missionários pelos caminhos da Europa, Índia ou Brasil.
O segredo desta visão universal unida ao senso da realidade concreta tem a sua última raiz na sua experiência de Deus. Estando o recém convertido Inácio dedicado à oração na cova de Manresa, ele teve um período de ilustrações que, conforme ele mesmo confidenciou no seu Relato do Peregrino, “entendia e conhecia muitas coisas, tanto em assuntos espirituais como nos de fé e letras e ... lhe pareciam todas coisas novas”; “lhe parecia como se fosse outro homem e tivesse outra inteligência e não a que tinha antes”. Foi esta luz recebida que lhe fez sentir como todas as coisas brotam de Deus como fonte e a ele estão chamadas de volta. Foi um contemplativo não só na oração, mas também na ação pois captou claramente, e sempre unidos, Deus e mundo, Criador e criatura, mostrando assim que, com olhar de fé, estamos chamados a encontrar Deus presente em todas as coisas, pessoas e situações. Um Deus sempre maior que habita em toda criatura, em cada um de nós trabalha, age e deseja se comunicar nos revelando seu amor.

Eu penso que Santo Inácio traz para nós, que vivemos num mundo tão fragmentado, uma mensagem de harmonia, de síntese e de comunhão. Como é importante hoje esse toque pessoal e gratuito no relacionamento humano familiar e profissional. Tirar a pessoa do anonimato, do utilitarismo e da rotina. Inácio une Deus e mundo; contemplação e ação; experiência pessoal e organização metódica; razão e afeto; obediência amorosa e liberdade. Não é por acaso que tantos companheiros de Inácio foram, ao mesmo tempo, homens de fé e dedicados estudiosos, cientistas, poetas e artistas. Mateus Ricci na China, José de Anchieta no Brasil, as Reduções do Paraguai, Teilhard de Chardin e os mártires de El Salvador são apenas alguns exemplos da herança inaciana. É que lá no fundo mais profundo do ser humano, cada um de nós comunga com o universo todo e com Alguém que está por trás dele
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Um Deus em busca do ser humano

“Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhecer a Jesus Cristo” São Jerônimo.

Logo no início da Bíblia nos deparamos com a pergunta de Deus-Pai: “Adão onde estás”? (Gn 3,9) e na última página da Bíblia encontramos a oração na qual Cristo diz: “Eis que venho em breve” (Ap 22,7).
Entre estes dois extremos se desenvolve um longo caminho de uma humanidade que toma, progressivamente, consciência do amor de Deus. Neste itinerário podemos identificar 03 etapas principais.

1) A primeira é dominada pela pergunta de Deus. Tal pergunta envolve todo o Antigo Testamento, sublinhando a incansável busca do ser humano por parte de Deus. Deus convoca pessoas (Abraão, Isaac, Jacó); adota um povo inteiro, esse povo se revela incapaz de ser-lhe fiel; Deus então envia profetas para que denunciem com palavras e com a vida as incoerências do povo e o ajudem a reencontrar os horizontes que Deus reserva a todos os seus filhos.

2) Na segunda etapa, a pergunta “onde estás”? de Deus encontra sua expressão mais radical na vida de Jesus de Nazaré. Nele é o próprio Deus que se faz ser humano, padecendo nossas limitações. E o faz na condição de servo, Jesus se despoja de tudo e é elevado desnudo sobre uma cruz [1]. No Golgota, contemplamos um Deus totalmente desarmado abraçando toda a humanidade, estendendo a ela a dynamis (poder, milagre) da ressurreição.

3) A terceira etapa é, enfim, vivida pela humanidade renovada. Humanidade que vive e comunica o amor de Deus. Paulo, Pedro, Tiago, João com os seus escritos visam exprimir o eco de uma boa nova que enfrenta todos os obstáculos para alcançar todos os povos da terra.

A história da salvação perpassa páginas luminosas, mas também obscuras; personagens exemplares aparecem ao lado de outros nem tanto. Enfim, apresenta vicissitudes humanas nas quais ganha vida a paixão e a ternura de um Deus que é incansável na tarefa de buscar o ser humano.

Um álbum de família

A Bíblia pode ser comparada a um álbum de família [2] com recordações alegres, mas também tristes. Folheando a Bíblia se verifica diversos traços do rosto de Deus [3]:

O Deus artesão: inicialmente o ser humano bíblico pensa Deus de acordo com categorias antropomórficas (partindo sempre da experiência humana) [4]. A própria paz, o bem estar, a vitória sobre os inimigos são interpretados como prêmio a fidelidade à aliança, enquanto as derrotas, pelo contrário, são lidas como conseqüência da infidelidade e da desordem moral.

O pai que forma os seus filhos: é o anúncio dos profetas que iluminam a compreensão do rosto de Deus: ele é o amante apaixonado, o esposo ferido, a mãe que nutre, o pai que educa, o pastor que conduz, o vinhateiro paciente. A estas imagens se acrescem outras tiradas do mundo animal: a águia que protege o povo sobre suas asas, o leão em busca de presa...Lidas e meditadas à luz da experiência histórica vivida pelo povo, tais revelam um Deus que caminha com seu povo, com o rosto coberto de pó e sandálias gastas.

O pão repartido: A boa notícia de Jesus Cristo cai sobre este terreno predisposto, conduzindo uma revelação já iniciada, nessas imagens de Deus acima mencionadas, ao cumprimento. No Jardim do Golgota, lugar da morte e ressurreição de Jesus, Deus revela em plenitude o seu rosto.
“Sem o A. T., o N. T. seria um livro indecifrável, uma planta privada das suas raízes, destinada a secar-se” PCB 2001.


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José Abel de Sousa casino

4°. Dom. Quaresma

“Aquele que não se encontra com a natureza, dificilmente se encontrará consigo mesmo e com Deus”

“Pode parecer estranho que a figura de Inácio de Loyola tenha algo a nos dizer sobre ecologia.

A verdade é que a espiritualidade inaciana é muito mais integradora do que imaginamos. Inácio viveu e solidificou sua experiência de Deus de maneira unitiva, racional e afetiva. Sua relação com Deus e com a natureza se manifesta numa aplicação dos sentidos, da afetividade, como o olhar, o apalpar, o cheirar e o sentir, ajudando a interiorizar a sua experiência espiritual.

Pensar, viver e sentir os frutos espirituais só é possível numa visão de amor presente em todas as coisas. Trata-se de uma relação de amor em que não se pode separar o divino, o humano e o cósmico, pois Deus está presente em tudo e em todos” (Pe. Josafá Siqueira sj)

A experiência inaciana dos Exercícios desperta uma “atitude contemplativa” que nos impulsiona a buscar e encontrar Deus em todas as coisas da natureza e da vida humana. Para a pessoa que vive a experiência dos Exercícios, cada criatura torna-se uma revelação de Deus, uma faísca do Absoluto; tudo manifesta e revela o seu Amor; tudo pode ser lugar de encontro com o Criador.

A recomendação inaciana:“e sejam frequentemente exortados a procurar em todas as coisas a Deus nosso Senhor... amando-O em todas as coisas, e amando a todas n’Ele” (Const. 288) não significa frieza e distância da Criação, senão máximo respeito e cuidado para com as obras do Criador.
Para amar bem a todos e a tudo é preciso, antes, amar Alguém sobre todas as coisas. Pois bem, essa possibilidade é para S. Inácio fruto e manifestação da consolação divina.

Nesse sentido, a espiritualidade inaciana vai além de uma determinada experiência religiosa; ela se expressa como uma “atitude amorosa” para com a natureza e todas as criaturas.

O Universo inteiro é um imenso altar, no qual podemos contemplar a presença do Criador. A Natureza é sinfônica (harmonia de sons); estamos mergulhados num mundo formado por uma multiplicidade de notas, sons, sinais e mensagens diferentes. Formamos uma mesma realidade complexa, diversa e única. A Terra nos encanta e nos convida, constantemente, à admiração e ao cuidado.

A espiritualidade inaciana reconhece uma imanência de Deus no cosmos; há uma “divinização” do universo, enquanto Deus está presente nele. Deus está em tudo, tudo está em Deus. As criaturas existem e são sustentadas pela força criativa de Deus; Ele continua “trabalhando”, recriando, fazendo tudo novo.

A Criação, como dom recebido de Deus, situa-se no plano de uma “sacralidade” fundamental.

O Universo é um grande sacramento e se transforma no espaço e no lugar de manifestação da divin-dade. Tudo é sagrado; a Matéria é sagrada; a Natureza é espiritual, porque é Templo de Deus.
O sagrado invade todos as aspectos da vida e da criação. Todos os lugares da mãe-Terra pelos quais caminhados são “territórios sagrados”. Segundo a Bíblia, a Terra é um jardim onde Deus tem prazer em passear. E a primeira vocação do ser humano é a de ser jardineiro, pois recebeu do Criador a missão de cuidar e preservar o paraíso.

S. Inácio vê uma bondade e uma beleza presentes em todas as criaturas. O Amor se faz presença, se faz visível e se manifesta em cada detalhe da Criação. Tudo causa admiração e encantamento. Sentimos, estre-mecemos, vibramos, nos enternecemos, ficamos encantados com a Criação e sua insondável vitalidade.

“Ao ver uma planta, uma pequena erva, uma flor, uma fruta, um pequeno verme ou qualquer outro animal, S. Inácio contemplava e levantava os olhos aos céus, penetrando no mais interior e no mais remoto dos sentidos” (Pe. Ribadeneira).

S. Inácio considera Deus “habitando” nas criaturas, dando-lhes o ser, às plantas dando-lhes o cresci-mento, aos animais a sensação, aos seres humanos o entendimento (EE. 235)

Presença operativa e de amor, porque “Deus é amor”. E sendo amor, irradia vida, graça, dom...

Como tudo está ligado umbilicalmente a Deus, é a partir de Deus que encontramos o todo. Deus penetra no coração de cada coisa e cada coisa se encontra em Deus.

O horizonte da Criação, revelado pelo “Princípio e Fundamento” e pela “Contemplação para alcan-çar amor” suscita no exercitante uma atitude sabática de adoração.

De fato, na perspectiva bíblica, o ponto alto da Criação é o Sábado a partir do qual se entende a relação e a comunhão do ser humano com a natureza, numa atitude de permanente louvor (espanto, admiração diante da beleza da Criação e da presença divina que a conduz à plenitude).

O Princípio e Fundamento expressa, portanto, uma atitude espiritual ecológica.

Na Contemplação para alcançar amor, S. Inácio leva o exercitante a perceber a íntima presença de Deus na Criação. E dela decorre uma atitude de respeito, harmonia e sintonia.

As coisas, o mundo, a natureza, os outros, eu... existimos em Deus, não isoladamente, não paralelamen-te, não superpostos... “Nossa vida está escondida com Cristo em Deus”, diz S. Paulo.

Ele é o Elo que perpassa todos os seres, divinizando-os, interligando-os, favorecendo a relação, a vida, a comunhão... rumo a horizontes cada vez mais abertos.

É a partir desse pano de fundo que podemos compreender o significado da expressão “as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o ser humano...” (EE. 23).

Nesse sentido, espiritualidade inaciana, na perspectiva ecológica, se opõe ao utilitarismo e à depreda-ção da natureza. Ela não é vista como sendo uma mediação criada só para servir ao ser humano, mas também como lugar e meio para “louvar, reverenciar e servir o Criador”.

Sendo “criado e criativo”, o ser humano denuncia a destruição e morte da vida da natureza e dos seus irmãos, e anuncia um Reino de vida e de harmonia entre todas as criaturas.

Ele acolhe o dom da presença divina através de uma resposta oblativa e contemplativa e nunca como explorador que usa e abusa das criaturas.

É esta a “experiência mística” que brota da relação com as criaturas; mergulha-se diante da beleza da natureza até o coração do cosmos, sentindo pulsar aí uma vida maior.
Por isso a mística inaciana nos ajuda a superar as dicotomias na busca da unidade e da totalidade: ciência e mística, mundo físico e espiritual, corpo e espírito, céu e terra... tudo se encontra em profunda harmonia e em íntima intercomunicação.

Tal experiência nos propicia uma fecunda mística cósmico-ecológica. Sentimo-nos conduzidos pela força do Espírito que alimenta as energias do universo e a nossa própria energia vital e espiritual.

Pertencemos à Terra; somos filhos e filhas da Terra. O ser humano vem de húmus. Temos Terra dentro de nós: somos formados com as mesmas energias, com os mesmos elementos físico-químicos dentro da mesma rede de relações de tudo com tudo. “Somos Terra” que pensa, sente, canta, ama e abre-se ao Criador. Daqui brota uma atitude contemplativa na qual o belo, o fascinante e o diferente cativam os nossos olhos, enchem o nosso coração de “exclamação de admiração com intenso afeto, disco-rrendo por todas as criaturas...” (EE. 60)

A experiência dos Exercícios Espirituais nos possibilita, portanto, “mergulhar os pés na terra”.

É na obscuridade da terra que a planta vai buscar a força que a manterá viva, que lhe dará condição de expandir sua copa em direção à imensidão do céu. As raízes mergulham na terra de modo profundo, silencioso e lento. No “chão”, à primeira vista, estão todas as sujeiras, os detritos e as coisas em decomposição. Mas, para as raízes, tudo isso significa a origem da vida.

Na experiência espiritual nos é pedido que mergulhemos no “chão da vida”, como as raízes na obscuri-dade, na presen

3º domingo da Quaresma

Textos:
Êxodo 17,3-7
Salmo 94,1-2.6-9
Romanos 5,1-2.5-8
João 4,5-42.

Água é vida. Quando os astrônomos buscam pelas galáxias planetas capazes de vida, verificam a massa do planeta e da estrela-sol, a distância entre eles, a rotação e translação, para verem se é possível água liquida em abundância. Para o povo da Bíblia, água era mais fundamental, por ser escassa. Nós no Brasil não temos a experiência daqueles povos. Mesmo no sertão nordestino, o problema não é falta, é irregularidade. Assim que a solução apontada tem sido o armazenamento distribuído da água abundante de chuva em milhares de cisternas domésticas. Mas em Israel, o problema tem sido quantidade. O Israel moderno pós-1948, com técnicos formados nas melhores universidades do Ocidente, equacionou o problema em grande parte com água do mar dessalinizada. Para o povo da Bíblia, a associação entre água e vida é mais imediata que para nós, mexe mais com emoções.

O povo de Israel no deserto do Sinai protesta contra Moisés por causa das condições duras de nômades em região árida. Em passagem próxima da de hoje, diz: " melhor ser escravo dos egípcios, que morrer no deserto ". A liberdade e a vida a mais são desconfortáveis, às vezes. "Massa" e "Meriba" querem dizer "dissidência, divergência" e "provocação, protesto mal-humorado". Moisés deu este nome àquele lugar. "Fechar o coração" é ficar de mau humor a ponto de agir irracionalmente, bloquear-se afetivamente numa atitude. O que pode ser engraçadinho como no menino pirracento de quem a mãe diz " ah, deixa: quando resolver, ele merenda " e ele contrariado: " eu num resóvo !". Mas em adultos pode ser sério, porque se prejudicam com isso. Na cultura bíblica, "coração" é o que nos "guia" na vida, nos dá o para onde e o como estaremos indo. O que em parte em nossa cultura ocidental é papel do "cérebro", da "cabeça". Mas mesmo em nossas línguas a dimensão "condutiva" do coração aparece (por exemplo) em "coragem", que se deriva de "coração", da mesma raiz. "Fechar o coração" não deixa ir adiante.

Paulo diz aos romanos (e a nós) que a esperança não decepciona. O fundamento da esperança em termos de nossa realidade profunda é o Espírito Santo agindo em nós: é uma ação real, suave, faz parte da vida participada da Trindade que Ele instaura em nós. O fundamento da esperança em nossa visão das coisas, em nossa subjetividade, é o amor sem limites com que Deus nos amou. Jesus morreu por nós. Noite destas vi no jornal da TV pessoas entrevistadas na rua em São Paulo, sobre os técnicos japoneses que arriscavam a vida para reduzirem o vazamento radioativo em Fukushima. Vários elogiavam e diziam que era admirável, mas não seriam capazes de atitude assim. Mas um homem disse que algo assim não se justificava em caso algum, "nem para salvar um filho, quanto mais estranhos". Não deixa de ser um pouco decepcionante: pagãos formados na ética samurai de amor profundo e efetivo a seu povo (japonês) são capazes do que parece inaceitável a gente num país que se diz cristão.

Jesus Cristo é surpreendente e desconcertante. Sobretudo para meios muito piedosos e morais, ele é desconcertante.

Os rabis não falavam a mulheres sobre a Lei, sobre Javé, sobre vida no espírito. Com as da família, falavam de assuntos domésticos. Na sinagoga, as mulheres ocupavam bancada própria e os rabis ostensivamente não se dirigiam a elas, ignoravam-nas voltados para os homens. Jesus fala de Javé, de adoração em espírito e verdade, de vida no espírito a uma mulher. Os discípulos se espantam de que esteja conversando com ela. Engraçado, vocês não acham? A esta altura, ele tinha discípulas . Eles sabiam disto e quem eram .

Esta é samaritana. Sabem que no tempo do neto de Davi dez tribos romperam com ele e formaram reino à parte. A família de Davi reinou sobre o Sul, o reino de Judá. O norte era reino de Efraim, que os outros povos ao redor chamavam de "Israel". Dos dois lados, por séculos, muita gente misturou a adoração de Javé com os cultos dos deuses pagãos, porém ainda mais no Norte. Josias conseguiu por uns anos cerzir a unidade do tempo de Davi. Mas veio o segundo exílio (quando os caldeus destruíram Judá). Quando o rei da Pérsia derrotou a Caldéia e apoiou a volta dos israelitas a sua terra, os de Judá tinham conservado certa unidade e raízes; lideraram a volta e a reconstrução. Os do norte estavam muito misturados (por casamentos, por cultura) com gente de outros povos. Neste tempo se escrevem (no Sul) livros como Rute (" gente, a avó de Davi era moabita! ") e Jonas (" se assírios se convertem, Javé os perdoa! "); mas o purismo religioso (e nacional) venceu. Os samaritanos quiseram ajudar a reconstruir o Templo em Jerusalém, mas os donos da pureza religiosa não deixaram. Esta rejeição lascou de vez o racha e a vaca da separação foi inarredavelmente para o brejo. Irmãos rejeitados e renegados se odeiam pior do que estranhos hostis. A própria mulher objeta a Jesus, " Como tu, judeu, pedes água a mim, samaritana? ". Ela levanta a discussão, se "o certo" é adorar Javé no Garizim, onde "nosso pai" Jacó (meu e teu!) levantou um monumento de louvor a Javé, ou nesse Templo de Salomão em Jerusalém.

E mais. Esta mulher não é assim o exemplo que mães zelosas citariam a suas filhas mocinhas, no item (bom) comportamento sexual. Ela tem de buscar água ao meio dia (o usual era ao amanhecer ou depois do pôr do sol) porque as mulheres de Sicar a discriminam e marginalizam. Vocês adivinham, por que o mulherio sicarenho tem raiva dela? É verdade que os cinco homens que teve e o que não é dela agora, remetem simbolicamente à confusão religiosa sincrética da Samaria. Ela vai ser símbolo de seu povo, acolhido com afeto por Jesus do jeito que é, para ser ajudado a se libertar e viver melhor nos planos de Deus.

Jesus tem uma preferência - ideológica no melhor sentido - por quem está "por fora" e "por baixo". É muito desconcertante.

Instituto Nª. Sª. do Brasil (INOSEB) e
Capela Nª. Sª. dos Navegantes
Varjão DF

Quinta-feira do 2 Domingo da Quaresma

O tema das riquezas leva a Lucas a inserir, no seu evangelho, a parábola do rico esbanjador e do pobre sofredor. Lucas serve-se da versão de um conto egípcio, copiado na Palestina por judeus que moravam na Alexandria, onde o conto era muito conhecido. Foi Jesus quem a usou? É possível!.

A descrição do conto é minuciosa onde entram detalhes irreais (v. 20-24). Destacados, por Lucas, para conseguir melhor a finalidade do tema.. Trata-se de uma parábola. A finalidade dela é expressa no contraste das duas personagens: o pobre e o rico; duas sortes distintas: o rico, na terra, goza e, depois pena; o pobre, na terra pena, depois goza.

A finalidade da parábola oferece duas hipóteses: 1) Trata-se de expressar, apenas, a possibilidade de que o rico possa condenar-se, dado que as riquezas não garantem a salvação? A mentalidade do AT. supunha que as riquezas eram bênção de Deus dada por uma conduta reta; assim pensavam os fariseus; enquanto acreditavam que a pobreza era uma maldição de Deus.

Trata-se do resultado, apenas, do mau uso das riquezas que levam à maldição de Deus? Enquanto, que o pobre, por ser pobre ,”aní ”, submisso à vontade de Deus, se salva?

Na parábola, não se fala da possibilidade; trata-se de um fato: condenação ou salvação. A condenação supõe o uso errado das riquezas, pois elas, por si mesmas, nem são boas e nem más; tudo depende do uso que se fizer delas. Igualmente, a pobreza nem é má e nem é boa; depende da atitude assumida diante dela. Nesta parábola, não se fala somente da possibilidade de que, no outro mundo, se mude a sorte dos ricos e dos pobres, mentalidade do A.T., mas se trata da possibilidade da condenação pelo mau uso delas e a salvação pela resignação diante de pobreza.
Esta parábola é o mais belo detalhe dos ensinamentos do Senhor: “Bem-aventurados os pobres”. (Lc 6,20).

Um outro elemento doutrinal que aparece na parábola é o grande valor dado ao testemunho de Moisés e dos profetas (v.13). sobre a existência das sortes distintas no “sheol ”. Com relação à existência de outra vida, além desta, estaria indigitando os saduceus que negavam a vida eterna.
O nome de Lázaro é abreviatura de Eleazar e significa: “ Deus ajuda ”. Versões posteriores, dão-se ao rico os nomes de “ ninive ” ou “ Fineas ”. (v. 20).

O seio de Abraão está expresso na literatura extra-bíblica. Mais do que indicar o lugar onde moram as almas dos justos, é o estado afetivo da alma em que se encontram os crentes. “ Lázaro foi levado pelos anjos ”. A literatura rabínica afirma, em diversas passagens, que no paraíso só entravam os que eram levados pelos anjos (v.22).

“ O rico foi sepultado ” (v.23). A tradução “ sepultus est in inferno ” da Vulgata não é exata. “No inferno ele levanto os olhos e viu a Abraão” . É o “ sheol ”, nesta época, inferno dos condenados e que Lucas traduz como estados próximos, onde podem ver-se e falar-se; a possibilidade aumenta o sofrimento dos condenados (4 Esd 7,85-93; Henoc 9,13). É o que insinuam os elementos descritivos da parábola.

As regiões são infranqueáveis; “ Há, entre elas, um abismo. Não é possível passar de um lugar ao outro ”. Refere-se à eternidade dos destinos (vv.26 e 23).

” O rico foi condenado e pede a Abraão, que preside a mansão dos justos, que envie a Lázaro a seus irmãos para que corrijam seu comportamento e não venham cair neste abismo ” (v 27-31); a resposta é negativa: “eles têm Moisés e aos profetas, que ouvem nas sinagogas; seus irmãos sabem o que tem que fazer para não vir ao inferno ”. Nem fariam caso a um morto que lhes viesse a avisar. Pensariam ser um fantasma, como pensavam de Jesus ressuscitado. O que pensavam os saduceus das ressurreições que Cristo fez na sua vida? No fundo, não está o problema em avisos extraordinários, mas na atitude moral de cada dia. Eles já acreditam no que Deus exige para salvar-se: Cumprir o que Moisés e os profetas afirmam.

Comentaristas acham que a parábola responde a uma situação de “crise ” da primeira comunidade cristã que acreditava na vinda iminente do Senhor, Jesus. A acentuação, no segundo ponto da parábola, (vv.27-31) era a urgência de que os cinco irmãos assumissem uma atitude decisiva de modificar sua conduta para escapar da condenação eterna. O que podemos esperar do mau uso das riquezas? O que podemos esperar do bom uso da pobreza? Ficha limpa ou ficha suja. Também vale na eternidade.

Pe. Victoriano Baquero,sj.

Homilia - 1° Dom. - Quaresma

A vida está cheia de provas. Superá-las é vontade do Pai.
Os primeiros pais tiveram provas (Dt 11,18ss). Os judeus tiveram provas; Jesus teve provas, os primeiros cristãos tiveram provas. Nós temos provas, mas podemos vencer.

É um fato que Jesus foi posto a duras provas na sua vida. Os adversários lhe exigiam que realizasse sinais espetaculares que provassem seu messianismo. Queriam forçá-lo a tomar o caminho da ostentação; torná-lo rei poderoso. Insistente era o apelo sedutor das esperanças populares, cristalizadas no movimento político dos zelotas. Esperava-se um militar poderoso contra a opressão estrangeira e conquista do mundo. O ápice da prova foi representado pela tentativa de Pedro de desviar Jesus do projeto de subir a Jerusalém, cidade da paixão e morte (Mt 16,21-22). Para Jesus essa tentativa era uma sugestão diabólica visando desviá-lo de missão salvadora. Deus o tinha escolhido e enviado como Messias, mas na linha do servo sofredor (Rm 5,12-19) Tratava-se agora de mostrar sua fidelidade ao Pai ou ceder às tentações do poder e da glória. Resistiu aos chefes dos judeus, ao povo e aos discípulos. A Pedro replicou: “Longe de mim, Satanás” (Mt 16,23). Desiludiu o povo indo à crucifixão. Realizou a vontade do Pai. Escolheu ser Filho de Deus privado de poder, débil e frágil.

A Comunidade cristã primitiva estava em situação parecida à de Jesus. O movimento zelota, ano sessenta, desencadeia uma guerra contra os romanos. Os cristãos se interrogavam: O que fazer? Refletindo sobre Cristo nas tentações do deserto, concluíram ser tentação diabólica entrar na onda da violência. A Igreja nascente não tomou parte nesta sublevação. Para ajudar os novos cristãos a assumir a atitude de Jesus, criou-se o relato das tentações de Jesus. Como Jesus agiu, assim os cristãos deviam agir. O que Jesus experimentou, na sua vida pública, foi formalizado e ligado à tradição histórica de sua permanência no deserto, que, na tradição, significava o lugar da preparação para uma missão divina. O confronto com a opinião pública, luta contra Satanás, desenhou a experiência de Jesus: efeito dramático, e expressivo de um profundo significado oculto atrás dos movimentos de massa. Preparou-se um diálogo fechado entre o tentador e Cristo, precisamente, uma disputa feita na base de textos bíblicos. Um midrash.

As esperanças messiânicas evoluíam na base do Êxodo, do Templo e da mentalidade do tempo As tentações eram uma repetição das tentações do povo na travessia pelo deserto, 40 anos, Jesus 40 dias.. Contra a tentação de converter as pedras em pães: resposta: “Não só de pão vive o homem, mas da palavra de Deus”. Mt 8,3). Contra atirar-se do pináculo do Templo: “Não tentarás ao Senhor teu Deus” (Mt 6,13). E contra a tentação da adoração para receber todo o poder sobre as nações: “Só a Deus adorarás e só a ele servirás” (Mt 6,16). O modo de Jesus cortar as tentações era fechar o diálogo com citação da palavra. Deus e: Pronto!

Nós estamos tentados da mesma forma: O mundo moderno quer fazer o milagre de industrializar a terra em pão para enriquecer-se; Quer o malabarismo dos feitos mirabolantes, ir à Lua, Vênus, etc. e o mundo um bilhão morrendo de fome. O domínio das armas sofisticadas para dominar o mundo. Bomba atômica. Ele mesmo se vai destruir. Deus não precisa fazer coisa de estardalhaço. Nós mesmos estamos destruindo a mãe terra. A Campanha da Fraternidade nos está alertando sobre a destruição do planeta terra. Aprendamos de Jesus e dos primeiros cristãos a eliminar os caminhos da destruição e seguirmos o Caminho da Verdade da Vida e da paz que Jesus nos ensinou, Amém.

Pe. Victoriano Baquero, sj.

2019/08/09

Mestre, onde moras.

Mestre, onde moras. - ppt video online carregar: Após as festas natalinas, iniciamos os domingos do Tempo Comum, apresentando nas leituras do Evangelho, o início da vida pública de Jesus e os primeiros encontros com os discípulos. A Leituras falam do CHAMADO de Deus.

2013/04/15

“Queremos que cada pessoa possa vivenciar e testemunhar a fé”, disse dom Sergio da Rocha

O arcebispo metropolitano de Brasília (DF), dom Sergio da Rocha tratou do tema Ano da Fé na coletiva de imprensa desta segunda-feira, 15 de abril, da 51ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, é necessário refletir sobre as razões da ação evangelizadora da Igreja. Sobre o Ano da Fé proposto para 2012 e 2013 pelo Papa emérito Bento XVI, o arcebispo apontou que a temática não se reduz a um trabalho da Comissão da CNBB, mas é uma iniciativa que deve ser vivenciada pelo conjunto da Igreja. “Pelo sentir da própria Assembleia pode-se concluir que muitas coisas estão acontecendo em nível de formação neste Ano da Fé. Nas dioceses, paróquias e movimentos existe uma motivação para o conhecimento do catecismo e muitas outras atividades de formação”. O arcebispo destacou trechos de um texto refletido pelos bispos durante sessões desta da 51ª AG, que prosseguirá na pauta do encontro. “Um dos equívocos é que o ano da fé não tem a ver, unicamente, com doutrinas ou com o ato de crer. Queremos que cada pessoa possa vivenciar e testemunhar a fé. A fidelidade é o viver dessa fé”, destacou. Dom Sergio lembrou, ainda, dois instrumentos que considera necessários para a vivência da fé e que estão sendo oferecidos como proposta da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB: a nova versão do catecismo da Igreja Católica que celebra 20 anos de sua publicação e o resgate da Nova Evangelização, como caminho indicado pelo Sínodo dos Bispos. Assim, o Ano da Fé está em comunhão com essas duas vertentes, e segundo o arcebispo, “está animando e motivando” a vivência da fé. “É importante ter presente que o ato de crer está no conjunto da vida, deve passar pelo coração e se expressar em experiência vivencial e no testemunho”, concluiu Dom Sergio.

Bispo auxiliar de São Paulo fala sobre projeto "Comunhão e Partilha"da CNBB

Dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo (SP), responsável pela região episcopal Belém, postou em seu perfil no Facebook partilhando seu sentimento em relação a um dos temas tratados na tarde desta segunda-feira, 15 de abril, no plenário da assembleia geral dos bispos: "a solidariedade entre as dioceses". O assunto foi apresentado aos bispos por uma comissão especial presidida por dom Alfredo Schaffler, bispo de Paranaíba (PI). Leia o Post de dom Peron: "Nesta tarde – 15 de abril – vivi um dos momentos mais significativos na 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Conversamos sobre a beleza da partilha entre as Dioceses e entre os Bispos. Entre as Dioceses e Prelazias, uma partilha mensal, feita ao Projeto 'Comunhão e Partilha'; entre os bispos, o rateio para que quem vem de longe pague como quem vem de perto (além da ajuda que alguns bispos fazem diretamente a algum irmão). E, em seguida, alguns dos Bispos deram testemunho sobre a beleza e a eficácia desses gestos de solidariedade. Como disse um dos Bispos da Comissão, Dom Alfredo: “encontrei corações e bolsos abertos”. Comecemos a realizar ações de solidariedade, ainda que pequenas!

2012/11/02

FILME * SÃO FELIPE NERI * PARTE 1/2 - PREFIRO O PARAÍSO

Filme: O Filho de Belém (2012).

Vatican: The Hidden World

FILME: MARCELINO PÃO E VINHO (1955) DUBLADO EM PORTUGUES

FILME - SANTO ANTONIO DE PÁDUA (DUBLADO PORTUGUÊS)

FILME - SÃO FELIPE NERI - Se se pode ser bom

Filme: João Paulo II - Uma vida pela Fé (Documentário)

Filme: SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE E O SAGRADO CORAÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

FILME INÉDITO - APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA EM LORETO - ITÁLIA - A CASA DA SAGRADA FAMÍLA

Documentário: Os Pergaminhos do Mar Morto

GENESIS - A CRIAÇÃO E O DILÚVIO - Filme Bíblico Dublado

Filme: Mártir de Cristo Rei

Desenhos biblicos - O Maior é o Menor

Lifehouse's Everything Skit

Filme: O Rei Davi e Golias - (Dublado)

Palestra - Quero ser curado - Padre Léo ( COMPLETA )

Palestra - Padre Léo - Conhecer para melhor amar.

APRENDENDO COM AS HISTÓRIAS DO Pe.LÉO

FILME DE SANTA LUZIA DE SIRACUSA - LUCIA -

FILME - REVELAÇÃO DA MEDALHA MILAGROSA - NOSSA SENHORA A SANTA CATARINA LABOURÉ

2011/09/06

Filme: Rei dos Reis

"Sed buenos, si podéis" - [Pelicula Entera] - San Felipe Neri

FILME:O CURA D'ARS-SÃO JOÃO MARIA VIANNEY-SUA VIDA-COMEMORAÇÃO DO SEU DIA 04 DE AGOSTO

FILME:APARIÇÕES DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS À MARGARIDA MARIA ALACOQUE - em PARAY-LE-MONIAL na …

FILME: MADRE TERESA DE CALCUTA

Filme: Não Matarás



Sinopse: Neste belo e perturbador filme, o diretor Kielowski analisa a Polônia moderna com seus princípios socialistas. Utilizando uma quantidade mínima de diálogos, o cineasta se concentra no poder da imagem e das cores.Quando um jovem polonês desempregado, obcecado pela violência, mata friamente um motorista de taxi, um advogado recém-formado é designado para defendê-lo. Kieslowski demonstra através dos três protagonistas a anatomia de um crime e os meandros da justiça de um Estado totalitário.

# Informações Técnicas
Título no Brasil: Não Matarás
Título Original: Krótki Film o Zabijaniu
País de Origem: Polônia
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 84 minutos
Ano de Lançamento: 1988
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: PLTF
Direção: Krysztof Kieslowski

# Elenco
Miroslaw Baka ... Jacek Lazar
Krzysztof Globisz ... Piotr Balicki (Advocate)

Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil – 2011-2015



http://www.cnbb.org.br/site/

2011/09/01

Filme: f351

Filme: Nazarin (1958)

O cartaz Hallel 2011 está no ar!!!


Galera!!!

O cartaz do Hallel já está no site!

Ajude-nos a divulgar! Passe para todos seus amigos, sites paroquiais, redes sociais!

Entre no espaço Casa do Hallel (inferior direito) e copie o link da imagem em alta definição.

O Hallel depende de você para acontecer!

Conheça o Dunga ou Ceremonya - Promoção Eu Divulgo o Hallel!


Você quer divulgar o Hallel e ainda concorrer a um encontro com o Dunga ou Ceremonya? Participe da promoção Eu Divulgo o Hallel]1 e descubra como.

Envie um vídeo de até 1 minuto divulgando o Hallel Brasília e os 2 vídeos mais acessados levarão você e mais 3 amigos para conhecer o Dunga ou o Ceremonya.
Veja como participar:
Envie um vídeo de até 1 minuto para o email promocao@hallelbrasilia.com.br, até dia 14 de setembro. Neste vídeo não pode faltar o dia, local e horário do Hallel Brasília. O resto fica por conta da sua criatividade e do amor pelo Hallel;
No email com o vídeo tem que ter seu nome, nome do cantor preferido, telefone e seu email para contato;
Se ele atender os requisitos básicos (ter o dia, local e horário correto do evento) e não possuir nenhum ato ofensivo a qualquer pessoa, instituição, ou crença, será postado no nosso canal do Youtube (www.youtube.com/hallelbrasilia). Os links dos vídeos estarão disponíveis no site do Hallel, desde que aprovados pela comissão de comunicação, conforme os quesitos já apresentados.
A Comissão de Comunicação não é obrigada a colocar todos os vídeos enviados para o email apresentado, ficando responsável apenas em postar os que apresentem os requisitos solicitados.
Não será aceito mais de 1 vídeo por representante ficando a comissão responsável em postar somente o primeiro vídeo enviado.
Os dois vídeos mais acessados sequentemente, serão os vencedores. O resultado estará no site do Hallel dia 16 de setembro às 8h. O vencedor de cada vídeo terá direito de levar mais 3 amigos para conhecer seu cantor predileto.
Ao participar da promoção, você e seus amigos concordam automaticamente no uso do som e imagem pela equipe de comunicação do Hallel, no site e redes sociais por tempo indeterminado.

ATENÇÃO!!! HALLEL DIVULGA SUAS ATRAÇÕES!!!


Promessa é dívida!!! As atrações do Hallel 2011 já estão no ar!!!

Veja quem estará no Hallel e programe-se! Hallel dia 17 de setembro no Ginásio Nilson Nelson


- Adoração e Vida

- Ceremonya

- Dunga

- Salete Ferreira

- Mariani

- Márcio Todeschini

- Via 33

- Hemerson Jean

- Marcos Bianq – Festival de Música


- Banda Sacra – Festival de Música


- Banda Neviim – Festival de Música


- Frei Alex Nuno – Festival de Música

2011/04/21

99 minutos en el cielo (OH MY GOD)

FILME: SANTO ANDRÉ BESSETTE -SANTO CONSTRUTOR DO MAIOR SANTUÁRIO DE SÃO JOSÉ NO MONT-ROYAL …

Filme: Compromisso precioso

Documentário: CATARINA SZYMON ESTIGMATIZADA POLACA em português

FILME: BERNADITA DE LOURDES (ESPANHOL) HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE LOURDES-1858 À SANTA …

FILME: A HISTÓRIA DE LOURDES

Filme: Jesús, el peregrino de la luz

FILME: VOZES DO CÉU 2 (AS APARIÇÕES DO SAGRADO CORAÇÃO À VIDENTE MARGARIDA MARIA ALACOQUE - …

FILME: MEDJUGORJE - O INÍCIO DAS APARIÇÕES

FILME: SÃO JOSÉ DE CUPERTINO - O SANTO RELUTANTE

Filme: José Pai de Jesus

Filme: Fray Escoba (Espanhol)

Filme: completo - Teresa de Jesús - 1961

Filme: Barrabas

Filme: A torre de Babel

Filme: Milagro em Megjugorje (espanhol)

Filme: O Papa Bom – Papa João XXIII

Filme - Francesco

FILME: O MILAGRE DE FÁTIMA (HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA AOS PASTORINHOS …

Filme: Jesus o Poder da Ressureição

Filme: Jerusalem O Berço da Fé (Documentário)

Filme: Santa Veronica (documentário)

Filme: A Crucificação (Documentário)

Documentário: Los sacramentos, signos del amor

Filme: Constantino e a Cruz

Filme: Dom Zeno

Filme: Nazarin (1958)

Filme: Pedro Apostolo

PAPA: DEUS SAI AO ENCONTRO DA INQUIETUDE DO NOSSO CORAÇÃO

Pontífice pede que Ocidente não deixe de ser “Povo de Deus”

Bento XVI afirmou hoje, durante a homilia da Missa Crismal, celebrada na Basílica de São Pedro, que os cristãos, “Povo de Deus”, correm o risco, sobretudo no Ocidente, de deixar de ser povo, por ter se afastado de Deus.
O pontífice dedicou a homilia a falar do significado dos Santos Óleos, que são abençoados neste dia na Igreja, e especialmente do Crisma, o mais nobre, utilizado na Confirmação e na Ordenação Sacerdotal.

Esta “unção sacerdotal” converte os cristãos em “santuário de Deus no mundo”, explicou. Mas questionou em seguida se esta missão está se realizando hoje, ou se, pelo contrário, em lugar de “abrimos aos homens o acesso a Deus”, “escondemo-lo?”
“Porventura nós, povo de Deus, não nos tornamos em grande parte um povo marcado pela incredulidade e pelo afastamento de Deus? Porventura não é verdade que o Ocidente, os países centrais do cristianismo se mostram cansados da sua fé e, enfastiados da sua própria história e cultura, já não querem conhecer a fé em Jesus Cristo?”
O Papa convidou todos os fiéis a “bradar a Deus: Não permitais que nos tornemos um ‘não povo’! Fazei que Vos reconheçamos de novo!”
Nesse sentido, afirmou a importância da beatificação de João Paulo II, “grande testemunha de Deus e de Jesus Cristo no nosso tempo, como homem cheio do Espírito Santo”.

“Apesar de toda a vergonha pelos nossos erros, não devemos esquecer que hoje existem também exemplos luminosos de fé; pessoas que, pela sua fé e o seu amor, dão esperança ao mundo.”

Buscar Deus


Falando do sentido do Óleo dos catecúmenos, que se impõe às pessoas que vão receber o Batismo, Bento XVI explicou que este sinal diz que “não só os homens procuram a Deus, mas o próprio Deus anda à nossa procura”.
“O fato de Ele mesmo Se ter feito homem descendo até aos abismos da existência humana, até à noite da morte, mostra-nos quanto Deus ama o homem, sua criatura. Movido pelo amor, Deus caminhou ao nosso encontro.”
Deus – afirmou o Papa – “sai ao encontro da inquietude do nosso coração, da inquietude que nos faz questionar e procurar, com a inquietude do seu próprio coração, que O induz a realizar o ato extremo por nós”.
“A inquietude por Deus, o caminhar para Ele, para melhor O conhecer e amar não deve apagar-se em nós. Neste sentido, nunca devemos deixar de ser catecúmenos”, disse.

Curar o homem

Sobre o significado do Óleo da Unção dos Enfermos, o Papa afirmou que “a primeira e fundamental cura tem lugar no encontro com Cristo, que nos reconcilia com Deus e sara o nosso coração despedaçado”.
“Mas, além deste dever central, faz parte da missão essencial da Igreja também a cura concreta da doença e do sofrimento. O óleo para a Unção dos Enfermos é expressão sacramental visível desta missão.”

O Papa agradeceu “a todos aqueles que, em virtude da fé e do amor, se põem ao lado dos doentes, dando assim, no fim das contas, testemunho da bondade própria de Deus”.
“O óleo para a Unção dos Enfermos é sinal deste óleo da bondade do coração, que estas pessoas – juntamente com a sua competência profissional – proporcionam aos doentes. Sem falar de Cristo, manifestam-n’O.”

A EUCARISTIA É A UNIÃO VISÍVEL ENTRE TODOS, DIZ PAPA

Pontífice reflete sobre a unidade dos cristãos na Missa da Ceia do Senhor

O Papa advogou nesta Quinta-feira Santa por uma unidade dos cristãos “tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai”.
Bento XVI celebrou a Missa da Ceia do Senhor no fim de tarde de hoje em Roma, na Basílica de São João de Latrão.
Em um momento de sua homilia, o Papa enfocou uma súplica da última ceia, “que, segundo João, Jesus repetiu quatro vezes na sua Oração Sacerdotal. Como O deve ter angustiado no seu íntimo! Tal súplica continua sem cessar sendo a sua oração ao Pai por nós: trata-se da oração pela unidade”, disse Bento XVI.
Jesus “pede que todos se tornem um só, ‘como Tu, ó Pai, estás em Mim, e Eu em Ti, que eles também estejam em nós, para que o mundo acredite’ (Jo 17, 21)”.
“Só pode haver a unidade dos cristãos se estes estiverem intimamente unidos com Ele, com Jesus. Fé e amor por Jesus: fé no seu ser um só com o Pai e abertura à unidade com Ele são essenciais.”
Portanto – afirmou Bento XVI –, “esta unidade não é algo somente interior, místico. Deve tornar-se visível; tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai”.
“Por isso, tal súplica tem escondido um sentido eucarístico que Paulo pôs claramente em evidência na Primeira Carta aos Coríntios: ‘Não é o pão que nós partimos uma comunhão com o Corpo de Cristo? Uma vez que existe um só pão, nós, que somos muitos, formamos um só corpo, visto participarmos todos desse único pão’ (1 Cor 10, 16-17).”
Com a Eucaristia – disse o pontífice –, nasce a Igreja. “Todos nós comemos o mesmo pão, recebemos o mesmo corpo do Senhor, e isto significa: Ele abre cada um de nós para além de si mesmo. Torna-nos todos um só”.
“A Eucaristia é o mistério da proximidade e comunhão íntima de cada indivíduo com o Senhor. E, ao mesmo tempo, é a união visível entre todos. A Eucaristia é sacramento da unidade. Ela chega até ao mistério trinitário, e assim cria, ao mesmo tempo, a unidade visível.”
“Digamo-lo uma vez mais: a Eucaristia é o encontro pessoalíssimo com o Senhor, e no entanto não é jamais apenas um ato de devoção individual; celebramo-la necessariamente juntos. Em cada comunidade, o Senhor está presente de modo total; mas Ele é um só em todas as comunidades.”
“Por isso, fazem necessariamente parte da Oração Eucarística da Igreja as palavras: ‘una cum Papa nostro et cum Episcopo nostro’. Isto não é um mero acréscimo exterior àquilo que acontece interiormente, mas expressão necessária da própria realidade eucarística”, afirmou o Papa.
“E mencionamos o Papa e o Bispo pelo nome: a unidade é totalmente concreta, tem nome. Assim, a unidade torna-se visível, torna-se sinal para o mundo, e estabelece para nós mesmos um critério concreto.”
Segundo Bento XVI, “todos nós devemos aprender sempre de novo a aceitar Deus e Jesus Cristo como Ele é, e não como queríamos que fosse. A nós também nos custa aceitar que Ele esteja à mercê dos limites da sua Igreja e dos seus ministros”.
“Também não queremos aceitar que Ele esteja sem poder neste mundo. Também nos escondemos por detrás de pretextos, quando a pertença a Ele se nos torna demasiado custosa e perigosa.”
“Todos nós temos necessidade da conversão que acolhe Jesus no seu ser Deus e ser Homem. Temos necessidade da humildade do discípulo que segue a vontade do Mestre.”
“Nesta hora, queremos pedir-Lhe que nos fixe como fixou Pedro, no momento oportuno, com os seus olhos benévolos, e nos converta”, disse o Papa.

Filme: Sodoma e Gomorra

Filme: Aparecida O Milagre

Filme: Comunidade Sagrada

Filme: Joana D'Arc

Lava Pés

2011/04/11

Filme: The Passion Of The Christ

Filme: Damião O Santo de Molokai

Filme: O MIlagre

Filme: PATMOS- A ILHA DO APOCALIPSE

Vocação a Serviço da Vida



Pe. Toninho, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Ourinhos SP.

VIII Jornada Vocacional da Arquidiocese de Brasília



Dia 15 de Maio de 2011Local: Centro Educacional Católica - Taguatinga Norte DF

Inácio, o místico pragmático

É tarefa árdua falar em poucas palavras sobre uma pessoa que admiramos. Já foi dito alguma vez que Inácio de Loyola é o tipo de santo que a gente demora a conhecer, mas conforme o vamos descobrindo ele vai nos conquistando até chegar a nos cativar. Isto aconteceu comigo. Vou trazer para vocês a frase com que um jesuíta anônimo resumiu o espírito do santo, no ano de 1640, quando se comemorava o primeiro centenário da fundação da Companhia de Jesus. Non coerceri a maximo, contineri tamen a minimo, hoc divinum est. Traduzido seria algo assim como: não ter limites nas coisas grandes dando atenção às mais pequenas é algo divino. Em outras palavras, é admirável a pessoa que sonha alto, porém, se mantém capaz de dar atenção ao mais pequeno.

Esta é uma caraterística típica do caráter, da espiritualidade e da obra de Inácio de Loyola. Temperamento, educação e circunstâncias da vida moldaram seu modo de ser. No que diz respeito à sua espiritualidade basta observar como, na sua apresentação da contemplação da Encarnação de Jesus, ele desce do universal ao particular, isto é, das alturas da Trindade até o ponto concreto da pequena Nazaré. Contemplando as três pessoas divinas, Inácio nos convida a ver as pessoas humanas, “umas após outras, na face da Terra, em tanta diversidade de roupas e de fisionomias, uns brancos, outros negros; uns em paz, outros em guerra; uns chorando, outros rindo; uns sãos, outros enfermos; uns nascendo, outros morrendo”. A Trindade decide salvar o gênero humano e, com Inácio descemos até um ponto concreto, Nazaré, onde encontramos uma jovem simples chamada Maria.

A vida de Inácio também está marcada por esta dupla visão ou contraste. O peregrino que sonhava percorrer o mundo, uma vez eleito superior geral da Ordem dos Jesuítas, passou os 16 anos que lhe restaram de vida no pequeno quarto de Roma, desde onde enviava e acompanhava seus companheiros missionários pelos caminhos da Europa, Índia ou Brasil.
O segredo desta visão universal unida ao senso da realidade concreta tem a sua última raiz na sua experiência de Deus. Estando o recém convertido Inácio dedicado à oração na cova de Manresa, ele teve um período de ilustrações que, conforme ele mesmo confidenciou no seu Relato do Peregrino, “entendia e conhecia muitas coisas, tanto em assuntos espirituais como nos de fé e letras e ... lhe pareciam todas coisas novas”; “lhe parecia como se fosse outro homem e tivesse outra inteligência e não a que tinha antes”. Foi esta luz recebida que lhe fez sentir como todas as coisas brotam de Deus como fonte e a ele estão chamadas de volta. Foi um contemplativo não só na oração, mas também na ação pois captou claramente, e sempre unidos, Deus e mundo, Criador e criatura, mostrando assim que, com olhar de fé, estamos chamados a encontrar Deus presente em todas as coisas, pessoas e situações. Um Deus sempre maior que habita em toda criatura, em cada um de nós trabalha, age e deseja se comunicar nos revelando seu amor.

Eu penso que Santo Inácio traz para nós, que vivemos num mundo tão fragmentado, uma mensagem de harmonia, de síntese e de comunhão. Como é importante hoje esse toque pessoal e gratuito no relacionamento humano familiar e profissional. Tirar a pessoa do anonimato, do utilitarismo e da rotina. Inácio une Deus e mundo; contemplação e ação; experiência pessoal e organização metódica; razão e afeto; obediência amorosa e liberdade. Não é por acaso que tantos companheiros de Inácio foram, ao mesmo tempo, homens de fé e dedicados estudiosos, cientistas, poetas e artistas. Mateus Ricci na China, José de Anchieta no Brasil, as Reduções do Paraguai, Teilhard de Chardin e os mártires de El Salvador são apenas alguns exemplos da herança inaciana. É que lá no fundo mais profundo do ser humano, cada um de nós comunga com o universo todo e com Alguém que está por trás dele
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Um Deus em busca do ser humano

“Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhecer a Jesus Cristo” São Jerônimo.

Logo no início da Bíblia nos deparamos com a pergunta de Deus-Pai: “Adão onde estás”? (Gn 3,9) e na última página da Bíblia encontramos a oração na qual Cristo diz: “Eis que venho em breve” (Ap 22,7).
Entre estes dois extremos se desenvolve um longo caminho de uma humanidade que toma, progressivamente, consciência do amor de Deus. Neste itinerário podemos identificar 03 etapas principais.

1) A primeira é dominada pela pergunta de Deus. Tal pergunta envolve todo o Antigo Testamento, sublinhando a incansável busca do ser humano por parte de Deus. Deus convoca pessoas (Abraão, Isaac, Jacó); adota um povo inteiro, esse povo se revela incapaz de ser-lhe fiel; Deus então envia profetas para que denunciem com palavras e com a vida as incoerências do povo e o ajudem a reencontrar os horizontes que Deus reserva a todos os seus filhos.

2) Na segunda etapa, a pergunta “onde estás”? de Deus encontra sua expressão mais radical na vida de Jesus de Nazaré. Nele é o próprio Deus que se faz ser humano, padecendo nossas limitações. E o faz na condição de servo, Jesus se despoja de tudo e é elevado desnudo sobre uma cruz [1]. No Golgota, contemplamos um Deus totalmente desarmado abraçando toda a humanidade, estendendo a ela a dynamis (poder, milagre) da ressurreição.

3) A terceira etapa é, enfim, vivida pela humanidade renovada. Humanidade que vive e comunica o amor de Deus. Paulo, Pedro, Tiago, João com os seus escritos visam exprimir o eco de uma boa nova que enfrenta todos os obstáculos para alcançar todos os povos da terra.

A história da salvação perpassa páginas luminosas, mas também obscuras; personagens exemplares aparecem ao lado de outros nem tanto. Enfim, apresenta vicissitudes humanas nas quais ganha vida a paixão e a ternura de um Deus que é incansável na tarefa de buscar o ser humano.

Um álbum de família

A Bíblia pode ser comparada a um álbum de família [2] com recordações alegres, mas também tristes. Folheando a Bíblia se verifica diversos traços do rosto de Deus [3]:

O Deus artesão: inicialmente o ser humano bíblico pensa Deus de acordo com categorias antropomórficas (partindo sempre da experiência humana) [4]. A própria paz, o bem estar, a vitória sobre os inimigos são interpretados como prêmio a fidelidade à aliança, enquanto as derrotas, pelo contrário, são lidas como conseqüência da infidelidade e da desordem moral.

O pai que forma os seus filhos: é o anúncio dos profetas que iluminam a compreensão do rosto de Deus: ele é o amante apaixonado, o esposo ferido, a mãe que nutre, o pai que educa, o pastor que conduz, o vinhateiro paciente. A estas imagens se acrescem outras tiradas do mundo animal: a águia que protege o povo sobre suas asas, o leão em busca de presa...Lidas e meditadas à luz da experiência histórica vivida pelo povo, tais revelam um Deus que caminha com seu povo, com o rosto coberto de pó e sandálias gastas.

O pão repartido: A boa notícia de Jesus Cristo cai sobre este terreno predisposto, conduzindo uma revelação já iniciada, nessas imagens de Deus acima mencionadas, ao cumprimento. No Jardim do Golgota, lugar da morte e ressurreição de Jesus, Deus revela em plenitude o seu rosto.
“Sem o A. T., o N. T. seria um livro indecifrável, uma planta privada das suas raízes, destinada a secar-se” PCB 2001.


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José Abel de Sousa casino

4°. Dom. Quaresma

“Aquele que não se encontra com a natureza, dificilmente se encontrará consigo mesmo e com Deus”

“Pode parecer estranho que a figura de Inácio de Loyola tenha algo a nos dizer sobre ecologia.

A verdade é que a espiritualidade inaciana é muito mais integradora do que imaginamos. Inácio viveu e solidificou sua experiência de Deus de maneira unitiva, racional e afetiva. Sua relação com Deus e com a natureza se manifesta numa aplicação dos sentidos, da afetividade, como o olhar, o apalpar, o cheirar e o sentir, ajudando a interiorizar a sua experiência espiritual.

Pensar, viver e sentir os frutos espirituais só é possível numa visão de amor presente em todas as coisas. Trata-se de uma relação de amor em que não se pode separar o divino, o humano e o cósmico, pois Deus está presente em tudo e em todos” (Pe. Josafá Siqueira sj)

A experiência inaciana dos Exercícios desperta uma “atitude contemplativa” que nos impulsiona a buscar e encontrar Deus em todas as coisas da natureza e da vida humana. Para a pessoa que vive a experiência dos Exercícios, cada criatura torna-se uma revelação de Deus, uma faísca do Absoluto; tudo manifesta e revela o seu Amor; tudo pode ser lugar de encontro com o Criador.

A recomendação inaciana:“e sejam frequentemente exortados a procurar em todas as coisas a Deus nosso Senhor... amando-O em todas as coisas, e amando a todas n’Ele” (Const. 288) não significa frieza e distância da Criação, senão máximo respeito e cuidado para com as obras do Criador.
Para amar bem a todos e a tudo é preciso, antes, amar Alguém sobre todas as coisas. Pois bem, essa possibilidade é para S. Inácio fruto e manifestação da consolação divina.

Nesse sentido, a espiritualidade inaciana vai além de uma determinada experiência religiosa; ela se expressa como uma “atitude amorosa” para com a natureza e todas as criaturas.

O Universo inteiro é um imenso altar, no qual podemos contemplar a presença do Criador. A Natureza é sinfônica (harmonia de sons); estamos mergulhados num mundo formado por uma multiplicidade de notas, sons, sinais e mensagens diferentes. Formamos uma mesma realidade complexa, diversa e única. A Terra nos encanta e nos convida, constantemente, à admiração e ao cuidado.

A espiritualidade inaciana reconhece uma imanência de Deus no cosmos; há uma “divinização” do universo, enquanto Deus está presente nele. Deus está em tudo, tudo está em Deus. As criaturas existem e são sustentadas pela força criativa de Deus; Ele continua “trabalhando”, recriando, fazendo tudo novo.

A Criação, como dom recebido de Deus, situa-se no plano de uma “sacralidade” fundamental.

O Universo é um grande sacramento e se transforma no espaço e no lugar de manifestação da divin-dade. Tudo é sagrado; a Matéria é sagrada; a Natureza é espiritual, porque é Templo de Deus.
O sagrado invade todos as aspectos da vida e da criação. Todos os lugares da mãe-Terra pelos quais caminhados são “territórios sagrados”. Segundo a Bíblia, a Terra é um jardim onde Deus tem prazer em passear. E a primeira vocação do ser humano é a de ser jardineiro, pois recebeu do Criador a missão de cuidar e preservar o paraíso.

S. Inácio vê uma bondade e uma beleza presentes em todas as criaturas. O Amor se faz presença, se faz visível e se manifesta em cada detalhe da Criação. Tudo causa admiração e encantamento. Sentimos, estre-mecemos, vibramos, nos enternecemos, ficamos encantados com a Criação e sua insondável vitalidade.

“Ao ver uma planta, uma pequena erva, uma flor, uma fruta, um pequeno verme ou qualquer outro animal, S. Inácio contemplava e levantava os olhos aos céus, penetrando no mais interior e no mais remoto dos sentidos” (Pe. Ribadeneira).

S. Inácio considera Deus “habitando” nas criaturas, dando-lhes o ser, às plantas dando-lhes o cresci-mento, aos animais a sensação, aos seres humanos o entendimento (EE. 235)

Presença operativa e de amor, porque “Deus é amor”. E sendo amor, irradia vida, graça, dom...

Como tudo está ligado umbilicalmente a Deus, é a partir de Deus que encontramos o todo. Deus penetra no coração de cada coisa e cada coisa se encontra em Deus.

O horizonte da Criação, revelado pelo “Princípio e Fundamento” e pela “Contemplação para alcan-çar amor” suscita no exercitante uma atitude sabática de adoração.

De fato, na perspectiva bíblica, o ponto alto da Criação é o Sábado a partir do qual se entende a relação e a comunhão do ser humano com a natureza, numa atitude de permanente louvor (espanto, admiração diante da beleza da Criação e da presença divina que a conduz à plenitude).

O Princípio e Fundamento expressa, portanto, uma atitude espiritual ecológica.

Na Contemplação para alcançar amor, S. Inácio leva o exercitante a perceber a íntima presença de Deus na Criação. E dela decorre uma atitude de respeito, harmonia e sintonia.

As coisas, o mundo, a natureza, os outros, eu... existimos em Deus, não isoladamente, não paralelamen-te, não superpostos... “Nossa vida está escondida com Cristo em Deus”, diz S. Paulo.

Ele é o Elo que perpassa todos os seres, divinizando-os, interligando-os, favorecendo a relação, a vida, a comunhão... rumo a horizontes cada vez mais abertos.

É a partir desse pano de fundo que podemos compreender o significado da expressão “as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o ser humano...” (EE. 23).

Nesse sentido, espiritualidade inaciana, na perspectiva ecológica, se opõe ao utilitarismo e à depreda-ção da natureza. Ela não é vista como sendo uma mediação criada só para servir ao ser humano, mas também como lugar e meio para “louvar, reverenciar e servir o Criador”.

Sendo “criado e criativo”, o ser humano denuncia a destruição e morte da vida da natureza e dos seus irmãos, e anuncia um Reino de vida e de harmonia entre todas as criaturas.

Ele acolhe o dom da presença divina através de uma resposta oblativa e contemplativa e nunca como explorador que usa e abusa das criaturas.

É esta a “experiência mística” que brota da relação com as criaturas; mergulha-se diante da beleza da natureza até o coração do cosmos, sentindo pulsar aí uma vida maior.
Por isso a mística inaciana nos ajuda a superar as dicotomias na busca da unidade e da totalidade: ciência e mística, mundo físico e espiritual, corpo e espírito, céu e terra... tudo se encontra em profunda harmonia e em íntima intercomunicação.

Tal experiência nos propicia uma fecunda mística cósmico-ecológica. Sentimo-nos conduzidos pela força do Espírito que alimenta as energias do universo e a nossa própria energia vital e espiritual.

Pertencemos à Terra; somos filhos e filhas da Terra. O ser humano vem de húmus. Temos Terra dentro de nós: somos formados com as mesmas energias, com os mesmos elementos físico-químicos dentro da mesma rede de relações de tudo com tudo. “Somos Terra” que pensa, sente, canta, ama e abre-se ao Criador. Daqui brota uma atitude contemplativa na qual o belo, o fascinante e o diferente cativam os nossos olhos, enchem o nosso coração de “exclamação de admiração com intenso afeto, disco-rrendo por todas as criaturas...” (EE. 60)

A experiência dos Exercícios Espirituais nos possibilita, portanto, “mergulhar os pés na terra”.

É na obscuridade da terra que a planta vai buscar a força que a manterá viva, que lhe dará condição de expandir sua copa em direção à imensidão do céu. As raízes mergulham na terra de modo profundo, silencioso e lento. No “chão”, à primeira vista, estão todas as sujeiras, os detritos e as coisas em decomposição. Mas, para as raízes, tudo isso significa a origem da vida.

Na experiência espiritual nos é pedido que mergulhemos no “chão da vida”, como as raízes na obscuri-dade, na presen

3º domingo da Quaresma

Textos:
Êxodo 17,3-7
Salmo 94,1-2.6-9
Romanos 5,1-2.5-8
João 4,5-42.

Água é vida. Quando os astrônomos buscam pelas galáxias planetas capazes de vida, verificam a massa do planeta e da estrela-sol, a distância entre eles, a rotação e translação, para verem se é possível água liquida em abundância. Para o povo da Bíblia, água era mais fundamental, por ser escassa. Nós no Brasil não temos a experiência daqueles povos. Mesmo no sertão nordestino, o problema não é falta, é irregularidade. Assim que a solução apontada tem sido o armazenamento distribuído da água abundante de chuva em milhares de cisternas domésticas. Mas em Israel, o problema tem sido quantidade. O Israel moderno pós-1948, com técnicos formados nas melhores universidades do Ocidente, equacionou o problema em grande parte com água do mar dessalinizada. Para o povo da Bíblia, a associação entre água e vida é mais imediata que para nós, mexe mais com emoções.

O povo de Israel no deserto do Sinai protesta contra Moisés por causa das condições duras de nômades em região árida. Em passagem próxima da de hoje, diz: " melhor ser escravo dos egípcios, que morrer no deserto ". A liberdade e a vida a mais são desconfortáveis, às vezes. "Massa" e "Meriba" querem dizer "dissidência, divergência" e "provocação, protesto mal-humorado". Moisés deu este nome àquele lugar. "Fechar o coração" é ficar de mau humor a ponto de agir irracionalmente, bloquear-se afetivamente numa atitude. O que pode ser engraçadinho como no menino pirracento de quem a mãe diz " ah, deixa: quando resolver, ele merenda " e ele contrariado: " eu num resóvo !". Mas em adultos pode ser sério, porque se prejudicam com isso. Na cultura bíblica, "coração" é o que nos "guia" na vida, nos dá o para onde e o como estaremos indo. O que em parte em nossa cultura ocidental é papel do "cérebro", da "cabeça". Mas mesmo em nossas línguas a dimensão "condutiva" do coração aparece (por exemplo) em "coragem", que se deriva de "coração", da mesma raiz. "Fechar o coração" não deixa ir adiante.

Paulo diz aos romanos (e a nós) que a esperança não decepciona. O fundamento da esperança em termos de nossa realidade profunda é o Espírito Santo agindo em nós: é uma ação real, suave, faz parte da vida participada da Trindade que Ele instaura em nós. O fundamento da esperança em nossa visão das coisas, em nossa subjetividade, é o amor sem limites com que Deus nos amou. Jesus morreu por nós. Noite destas vi no jornal da TV pessoas entrevistadas na rua em São Paulo, sobre os técnicos japoneses que arriscavam a vida para reduzirem o vazamento radioativo em Fukushima. Vários elogiavam e diziam que era admirável, mas não seriam capazes de atitude assim. Mas um homem disse que algo assim não se justificava em caso algum, "nem para salvar um filho, quanto mais estranhos". Não deixa de ser um pouco decepcionante: pagãos formados na ética samurai de amor profundo e efetivo a seu povo (japonês) são capazes do que parece inaceitável a gente num país que se diz cristão.

Jesus Cristo é surpreendente e desconcertante. Sobretudo para meios muito piedosos e morais, ele é desconcertante.

Os rabis não falavam a mulheres sobre a Lei, sobre Javé, sobre vida no espírito. Com as da família, falavam de assuntos domésticos. Na sinagoga, as mulheres ocupavam bancada própria e os rabis ostensivamente não se dirigiam a elas, ignoravam-nas voltados para os homens. Jesus fala de Javé, de adoração em espírito e verdade, de vida no espírito a uma mulher. Os discípulos se espantam de que esteja conversando com ela. Engraçado, vocês não acham? A esta altura, ele tinha discípulas . Eles sabiam disto e quem eram .

Esta é samaritana. Sabem que no tempo do neto de Davi dez tribos romperam com ele e formaram reino à parte. A família de Davi reinou sobre o Sul, o reino de Judá. O norte era reino de Efraim, que os outros povos ao redor chamavam de "Israel". Dos dois lados, por séculos, muita gente misturou a adoração de Javé com os cultos dos deuses pagãos, porém ainda mais no Norte. Josias conseguiu por uns anos cerzir a unidade do tempo de Davi. Mas veio o segundo exílio (quando os caldeus destruíram Judá). Quando o rei da Pérsia derrotou a Caldéia e apoiou a volta dos israelitas a sua terra, os de Judá tinham conservado certa unidade e raízes; lideraram a volta e a reconstrução. Os do norte estavam muito misturados (por casamentos, por cultura) com gente de outros povos. Neste tempo se escrevem (no Sul) livros como Rute (" gente, a avó de Davi era moabita! ") e Jonas (" se assírios se convertem, Javé os perdoa! "); mas o purismo religioso (e nacional) venceu. Os samaritanos quiseram ajudar a reconstruir o Templo em Jerusalém, mas os donos da pureza religiosa não deixaram. Esta rejeição lascou de vez o racha e a vaca da separação foi inarredavelmente para o brejo. Irmãos rejeitados e renegados se odeiam pior do que estranhos hostis. A própria mulher objeta a Jesus, " Como tu, judeu, pedes água a mim, samaritana? ". Ela levanta a discussão, se "o certo" é adorar Javé no Garizim, onde "nosso pai" Jacó (meu e teu!) levantou um monumento de louvor a Javé, ou nesse Templo de Salomão em Jerusalém.

E mais. Esta mulher não é assim o exemplo que mães zelosas citariam a suas filhas mocinhas, no item (bom) comportamento sexual. Ela tem de buscar água ao meio dia (o usual era ao amanhecer ou depois do pôr do sol) porque as mulheres de Sicar a discriminam e marginalizam. Vocês adivinham, por que o mulherio sicarenho tem raiva dela? É verdade que os cinco homens que teve e o que não é dela agora, remetem simbolicamente à confusão religiosa sincrética da Samaria. Ela vai ser símbolo de seu povo, acolhido com afeto por Jesus do jeito que é, para ser ajudado a se libertar e viver melhor nos planos de Deus.

Jesus tem uma preferência - ideológica no melhor sentido - por quem está "por fora" e "por baixo". É muito desconcertante.

Instituto Nª. Sª. do Brasil (INOSEB) e
Capela Nª. Sª. dos Navegantes
Varjão DF

Quinta-feira do 2 Domingo da Quaresma

O tema das riquezas leva a Lucas a inserir, no seu evangelho, a parábola do rico esbanjador e do pobre sofredor. Lucas serve-se da versão de um conto egípcio, copiado na Palestina por judeus que moravam na Alexandria, onde o conto era muito conhecido. Foi Jesus quem a usou? É possível!.

A descrição do conto é minuciosa onde entram detalhes irreais (v. 20-24). Destacados, por Lucas, para conseguir melhor a finalidade do tema.. Trata-se de uma parábola. A finalidade dela é expressa no contraste das duas personagens: o pobre e o rico; duas sortes distintas: o rico, na terra, goza e, depois pena; o pobre, na terra pena, depois goza.

A finalidade da parábola oferece duas hipóteses: 1) Trata-se de expressar, apenas, a possibilidade de que o rico possa condenar-se, dado que as riquezas não garantem a salvação? A mentalidade do AT. supunha que as riquezas eram bênção de Deus dada por uma conduta reta; assim pensavam os fariseus; enquanto acreditavam que a pobreza era uma maldição de Deus.

Trata-se do resultado, apenas, do mau uso das riquezas que levam à maldição de Deus? Enquanto, que o pobre, por ser pobre ,”aní ”, submisso à vontade de Deus, se salva?

Na parábola, não se fala da possibilidade; trata-se de um fato: condenação ou salvação. A condenação supõe o uso errado das riquezas, pois elas, por si mesmas, nem são boas e nem más; tudo depende do uso que se fizer delas. Igualmente, a pobreza nem é má e nem é boa; depende da atitude assumida diante dela. Nesta parábola, não se fala somente da possibilidade de que, no outro mundo, se mude a sorte dos ricos e dos pobres, mentalidade do A.T., mas se trata da possibilidade da condenação pelo mau uso delas e a salvação pela resignação diante de pobreza.
Esta parábola é o mais belo detalhe dos ensinamentos do Senhor: “Bem-aventurados os pobres”. (Lc 6,20).

Um outro elemento doutrinal que aparece na parábola é o grande valor dado ao testemunho de Moisés e dos profetas (v.13). sobre a existência das sortes distintas no “sheol ”. Com relação à existência de outra vida, além desta, estaria indigitando os saduceus que negavam a vida eterna.
O nome de Lázaro é abreviatura de Eleazar e significa: “ Deus ajuda ”. Versões posteriores, dão-se ao rico os nomes de “ ninive ” ou “ Fineas ”. (v. 20).

O seio de Abraão está expresso na literatura extra-bíblica. Mais do que indicar o lugar onde moram as almas dos justos, é o estado afetivo da alma em que se encontram os crentes. “ Lázaro foi levado pelos anjos ”. A literatura rabínica afirma, em diversas passagens, que no paraíso só entravam os que eram levados pelos anjos (v.22).

“ O rico foi sepultado ” (v.23). A tradução “ sepultus est in inferno ” da Vulgata não é exata. “No inferno ele levanto os olhos e viu a Abraão” . É o “ sheol ”, nesta época, inferno dos condenados e que Lucas traduz como estados próximos, onde podem ver-se e falar-se; a possibilidade aumenta o sofrimento dos condenados (4 Esd 7,85-93; Henoc 9,13). É o que insinuam os elementos descritivos da parábola.

As regiões são infranqueáveis; “ Há, entre elas, um abismo. Não é possível passar de um lugar ao outro ”. Refere-se à eternidade dos destinos (vv.26 e 23).

” O rico foi condenado e pede a Abraão, que preside a mansão dos justos, que envie a Lázaro a seus irmãos para que corrijam seu comportamento e não venham cair neste abismo ” (v 27-31); a resposta é negativa: “eles têm Moisés e aos profetas, que ouvem nas sinagogas; seus irmãos sabem o que tem que fazer para não vir ao inferno ”. Nem fariam caso a um morto que lhes viesse a avisar. Pensariam ser um fantasma, como pensavam de Jesus ressuscitado. O que pensavam os saduceus das ressurreições que Cristo fez na sua vida? No fundo, não está o problema em avisos extraordinários, mas na atitude moral de cada dia. Eles já acreditam no que Deus exige para salvar-se: Cumprir o que Moisés e os profetas afirmam.

Comentaristas acham que a parábola responde a uma situação de “crise ” da primeira comunidade cristã que acreditava na vinda iminente do Senhor, Jesus. A acentuação, no segundo ponto da parábola, (vv.27-31) era a urgência de que os cinco irmãos assumissem uma atitude decisiva de modificar sua conduta para escapar da condenação eterna. O que podemos esperar do mau uso das riquezas? O que podemos esperar do bom uso da pobreza? Ficha limpa ou ficha suja. Também vale na eternidade.

Pe. Victoriano Baquero,sj.

Homilia - 1° Dom. - Quaresma

A vida está cheia de provas. Superá-las é vontade do Pai.
Os primeiros pais tiveram provas (Dt 11,18ss). Os judeus tiveram provas; Jesus teve provas, os primeiros cristãos tiveram provas. Nós temos provas, mas podemos vencer.

É um fato que Jesus foi posto a duras provas na sua vida. Os adversários lhe exigiam que realizasse sinais espetaculares que provassem seu messianismo. Queriam forçá-lo a tomar o caminho da ostentação; torná-lo rei poderoso. Insistente era o apelo sedutor das esperanças populares, cristalizadas no movimento político dos zelotas. Esperava-se um militar poderoso contra a opressão estrangeira e conquista do mundo. O ápice da prova foi representado pela tentativa de Pedro de desviar Jesus do projeto de subir a Jerusalém, cidade da paixão e morte (Mt 16,21-22). Para Jesus essa tentativa era uma sugestão diabólica visando desviá-lo de missão salvadora. Deus o tinha escolhido e enviado como Messias, mas na linha do servo sofredor (Rm 5,12-19) Tratava-se agora de mostrar sua fidelidade ao Pai ou ceder às tentações do poder e da glória. Resistiu aos chefes dos judeus, ao povo e aos discípulos. A Pedro replicou: “Longe de mim, Satanás” (Mt 16,23). Desiludiu o povo indo à crucifixão. Realizou a vontade do Pai. Escolheu ser Filho de Deus privado de poder, débil e frágil.

A Comunidade cristã primitiva estava em situação parecida à de Jesus. O movimento zelota, ano sessenta, desencadeia uma guerra contra os romanos. Os cristãos se interrogavam: O que fazer? Refletindo sobre Cristo nas tentações do deserto, concluíram ser tentação diabólica entrar na onda da violência. A Igreja nascente não tomou parte nesta sublevação. Para ajudar os novos cristãos a assumir a atitude de Jesus, criou-se o relato das tentações de Jesus. Como Jesus agiu, assim os cristãos deviam agir. O que Jesus experimentou, na sua vida pública, foi formalizado e ligado à tradição histórica de sua permanência no deserto, que, na tradição, significava o lugar da preparação para uma missão divina. O confronto com a opinião pública, luta contra Satanás, desenhou a experiência de Jesus: efeito dramático, e expressivo de um profundo significado oculto atrás dos movimentos de massa. Preparou-se um diálogo fechado entre o tentador e Cristo, precisamente, uma disputa feita na base de textos bíblicos. Um midrash.

As esperanças messiânicas evoluíam na base do Êxodo, do Templo e da mentalidade do tempo As tentações eram uma repetição das tentações do povo na travessia pelo deserto, 40 anos, Jesus 40 dias.. Contra a tentação de converter as pedras em pães: resposta: “Não só de pão vive o homem, mas da palavra de Deus”. Mt 8,3). Contra atirar-se do pináculo do Templo: “Não tentarás ao Senhor teu Deus” (Mt 6,13). E contra a tentação da adoração para receber todo o poder sobre as nações: “Só a Deus adorarás e só a ele servirás” (Mt 6,16). O modo de Jesus cortar as tentações era fechar o diálogo com citação da palavra. Deus e: Pronto!

Nós estamos tentados da mesma forma: O mundo moderno quer fazer o milagre de industrializar a terra em pão para enriquecer-se; Quer o malabarismo dos feitos mirabolantes, ir à Lua, Vênus, etc. e o mundo um bilhão morrendo de fome. O domínio das armas sofisticadas para dominar o mundo. Bomba atômica. Ele mesmo se vai destruir. Deus não precisa fazer coisa de estardalhaço. Nós mesmos estamos destruindo a mãe terra. A Campanha da Fraternidade nos está alertando sobre a destruição do planeta terra. Aprendamos de Jesus e dos primeiros cristãos a eliminar os caminhos da destruição e seguirmos o Caminho da Verdade da Vida e da paz que Jesus nos ensinou, Amém.

Pe. Victoriano Baquero, sj.