Eu estarei lá, diante de ti
+ Waldemar Passini Dalbello
Administrador Apostólico da Arquidiocese de Brasília
Junto ao poço de Jacó, Jesus conversa com uma mulher samaritana. No diálogo, eles passam do tema da água ao da adoração. Tudo começa com um pedido de Jesus à mulher: “Dá-me de beber” (Jo 4,7). A conversa se aprofunda, ultrapassa o âmbito das necessidades imediatas e alcança o nível das principais buscas do ser humano. O diálogo entre eles é autêntico, verdadeiro, de modo que Jesus não induz a mulher a passar de um tema a outro, mas os dois se permitem manifestar progressivamente aquilo que desejam com intensidade, com grande sede.
A mulher vai ao poço de Jacó à procura de água e, depois do encontro casual com um desconhecido, se interessa pelo que esse homem tinha para lhe oferecer: a água que se torna, em quem dela bebe, “uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). A samaritana se encanta com a possibilidade, e reage: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la” (Jo 4,15).
O diálogo com Jesus reorientou a busca da mulher. Ela encontrou sua sede mais profunda (!): o desejo de comunhão com Deus-Amor, fonte perene de vida, que a tornasse um dom-amor para os outros. É isso que acontece conosco quando rezamos, ouvindo o Evangelho e conversando com Jesus.
A oração tem início lá onde estão nossas ‘sedes’ cotidianas, nossos interesses: o cuidado com a casa e o trabalho, a dificuldade com a saúde, a vida em família, a exigência na escola, o concurso, ou o encontro entre amigos... É dali, da situação em que cada um de nós vive, que tem início o diálogo com Jesus. Ele está junto a cada um de nós, se interessa pelo que buscamos, assume a nossa própria ‘sede’; e nos diz: “Dá-me de beber”. Na oração nos colocamos na presença do Senhor tal como nos encontramos, certos de que ele nos compreende e nos acolhe. Depois ele nos fala, nos questiona, nos propõe uma realidade nova. Ele se comunica a nós! É aí que passamos a tê-lo como nosso desejado, fonte de água jorrando em vida eterna.
Ao escutar um trecho do Evangelho, ouve-se o próprio Jesus. Se o fazemos com um desejo profundo de encontrá-lo, de nossa parte acolhemos a sede que lhe é própria: ‘sede’ de cada um de nós. Trata-se da mesma ‘busca’ do Pai, da qual Jesus é portador: “está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23). Na oração, os dois que se procuram – Deus e o homem – mergulham num encontro de intimidade. E os ídolos, falsos deuses, caem por terra...
“Eu estarei lá, diante de ti” (Ex 17,6), afirmou o Senhor a Moisés. O mesmo ele nos assegura. A oração é a possibilidade de uma vida cristã alegre e com o autêntico brilho da conversão. Quando rezamos, o “amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5) transborda em atenção e acolhida da sede – das necessidades – dos nossos irmãos, transborda também como respeito e cuidado por toda a criação que “geme em dores de parto” (Rm 8,22; Lema da Campanha da Fraternidade 2011).
“Dá-me de beber”!
Radio Católica On-line
Homens a Luz de Deus.
Aleluia! Tu é abênçoado, e a sua Graça ja estar sendo preparada por Jesus, chegará em uma boa hora, pois ele conhece o teu coração e seus problemas, ele sofre com vc, ele se alegra com vc, mais aquele seu desejo, será agora atendido, espere que um anjo trará sua Graça, apenas agradeça ao Senhor e assim que receber, fale em seu pensamento. AMEM !
2011/03/30
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2011/03/30
3º Domingo da Quaresma – 27.03.2011
Eu estarei lá, diante de ti
+ Waldemar Passini Dalbello
Administrador Apostólico da Arquidiocese de Brasília
Junto ao poço de Jacó, Jesus conversa com uma mulher samaritana. No diálogo, eles passam do tema da água ao da adoração. Tudo começa com um pedido de Jesus à mulher: “Dá-me de beber” (Jo 4,7). A conversa se aprofunda, ultrapassa o âmbito das necessidades imediatas e alcança o nível das principais buscas do ser humano. O diálogo entre eles é autêntico, verdadeiro, de modo que Jesus não induz a mulher a passar de um tema a outro, mas os dois se permitem manifestar progressivamente aquilo que desejam com intensidade, com grande sede.
A mulher vai ao poço de Jacó à procura de água e, depois do encontro casual com um desconhecido, se interessa pelo que esse homem tinha para lhe oferecer: a água que se torna, em quem dela bebe, “uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). A samaritana se encanta com a possibilidade, e reage: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la” (Jo 4,15).
O diálogo com Jesus reorientou a busca da mulher. Ela encontrou sua sede mais profunda (!): o desejo de comunhão com Deus-Amor, fonte perene de vida, que a tornasse um dom-amor para os outros. É isso que acontece conosco quando rezamos, ouvindo o Evangelho e conversando com Jesus.
A oração tem início lá onde estão nossas ‘sedes’ cotidianas, nossos interesses: o cuidado com a casa e o trabalho, a dificuldade com a saúde, a vida em família, a exigência na escola, o concurso, ou o encontro entre amigos... É dali, da situação em que cada um de nós vive, que tem início o diálogo com Jesus. Ele está junto a cada um de nós, se interessa pelo que buscamos, assume a nossa própria ‘sede’; e nos diz: “Dá-me de beber”. Na oração nos colocamos na presença do Senhor tal como nos encontramos, certos de que ele nos compreende e nos acolhe. Depois ele nos fala, nos questiona, nos propõe uma realidade nova. Ele se comunica a nós! É aí que passamos a tê-lo como nosso desejado, fonte de água jorrando em vida eterna.
Ao escutar um trecho do Evangelho, ouve-se o próprio Jesus. Se o fazemos com um desejo profundo de encontrá-lo, de nossa parte acolhemos a sede que lhe é própria: ‘sede’ de cada um de nós. Trata-se da mesma ‘busca’ do Pai, da qual Jesus é portador: “está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23). Na oração, os dois que se procuram – Deus e o homem – mergulham num encontro de intimidade. E os ídolos, falsos deuses, caem por terra...
“Eu estarei lá, diante de ti” (Ex 17,6), afirmou o Senhor a Moisés. O mesmo ele nos assegura. A oração é a possibilidade de uma vida cristã alegre e com o autêntico brilho da conversão. Quando rezamos, o “amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5) transborda em atenção e acolhida da sede – das necessidades – dos nossos irmãos, transborda também como respeito e cuidado por toda a criação que “geme em dores de parto” (Rm 8,22; Lema da Campanha da Fraternidade 2011).
“Dá-me de beber”!
+ Waldemar Passini Dalbello
Administrador Apostólico da Arquidiocese de Brasília
Junto ao poço de Jacó, Jesus conversa com uma mulher samaritana. No diálogo, eles passam do tema da água ao da adoração. Tudo começa com um pedido de Jesus à mulher: “Dá-me de beber” (Jo 4,7). A conversa se aprofunda, ultrapassa o âmbito das necessidades imediatas e alcança o nível das principais buscas do ser humano. O diálogo entre eles é autêntico, verdadeiro, de modo que Jesus não induz a mulher a passar de um tema a outro, mas os dois se permitem manifestar progressivamente aquilo que desejam com intensidade, com grande sede.
A mulher vai ao poço de Jacó à procura de água e, depois do encontro casual com um desconhecido, se interessa pelo que esse homem tinha para lhe oferecer: a água que se torna, em quem dela bebe, “uma fonte de água que jorra para a vida eterna” (Jo 4,14). A samaritana se encanta com a possibilidade, e reage: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la” (Jo 4,15).
O diálogo com Jesus reorientou a busca da mulher. Ela encontrou sua sede mais profunda (!): o desejo de comunhão com Deus-Amor, fonte perene de vida, que a tornasse um dom-amor para os outros. É isso que acontece conosco quando rezamos, ouvindo o Evangelho e conversando com Jesus.
A oração tem início lá onde estão nossas ‘sedes’ cotidianas, nossos interesses: o cuidado com a casa e o trabalho, a dificuldade com a saúde, a vida em família, a exigência na escola, o concurso, ou o encontro entre amigos... É dali, da situação em que cada um de nós vive, que tem início o diálogo com Jesus. Ele está junto a cada um de nós, se interessa pelo que buscamos, assume a nossa própria ‘sede’; e nos diz: “Dá-me de beber”. Na oração nos colocamos na presença do Senhor tal como nos encontramos, certos de que ele nos compreende e nos acolhe. Depois ele nos fala, nos questiona, nos propõe uma realidade nova. Ele se comunica a nós! É aí que passamos a tê-lo como nosso desejado, fonte de água jorrando em vida eterna.
Ao escutar um trecho do Evangelho, ouve-se o próprio Jesus. Se o fazemos com um desejo profundo de encontrá-lo, de nossa parte acolhemos a sede que lhe é própria: ‘sede’ de cada um de nós. Trata-se da mesma ‘busca’ do Pai, da qual Jesus é portador: “está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura” (Jo 4,23). Na oração, os dois que se procuram – Deus e o homem – mergulham num encontro de intimidade. E os ídolos, falsos deuses, caem por terra...
“Eu estarei lá, diante de ti” (Ex 17,6), afirmou o Senhor a Moisés. O mesmo ele nos assegura. A oração é a possibilidade de uma vida cristã alegre e com o autêntico brilho da conversão. Quando rezamos, o “amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5) transborda em atenção e acolhida da sede – das necessidades – dos nossos irmãos, transborda também como respeito e cuidado por toda a criação que “geme em dores de parto” (Rm 8,22; Lema da Campanha da Fraternidade 2011).
“Dá-me de beber”!
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